Não apenas o público que tem lotado as arenas para ver a bola rolar como também os políticos separam completamente a Copa do Mundo da política.
E enquanto bola rola e sacode as redes para o delírio da platéia, os políticos mantém um olho na Seleção Brasileira como torcedores e outro da arena política tendo em mira eleição presidencial de outubro.
Destaco do site da Folha de S. Paulo uma matéria que indica uma nova defecção na denominada “base aliada” do PT, aquele bloco supostamente monolítico. Refiro-me à possibilidade do PTB apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves.
Mas não é apenas o PTB que está sentindo o cheiro de carne queimada. Outros partidos da dita “base”, embora tenham anunciado o alinhamento nacional à candidatura da Dilma, ensaiam uma “saída à francesa”. Em alguns estados, como no Piauí o PSDB está aliado ao PMDB.
No Rio Grande do Sul, a candidata Ana Amélica Lemos, do PP, até agora a mais bem avaliada em pesquisas eleitorais, está com Aécio Neves, enquanto no Rio de Janeiro, o tucano tem o apoio de boa parte do PMDB.
São indicadores nítidos de que desta vez os prognósticos eleitorais pendem para o lado da Oposição e a tendência é aumentar os apoios ao candidato Aécio Neves.
Em todas as pesquisas eleitorais divulgadas até o momento, os índices de repúdio ao governo do PT são evidentes. Outro dado significativo são as oscilações da Bovespa. Os operadores do mercado estão com os olhares presos às pesquisas. Toda vez que Dilma cai, a bolsa se aquece, ou seja, os agentes econômicos ficam animados.
Enquanto a bola rola nos estádios de futebol podem ocorrer vaias à Dilma, como de fato vêm ocorrendo. Isso todavia é o de menos. Vaias em campos de futebol sempre ocorreram. O que importa são dados concretos, ou seja, como agem os líderes políticos.
Por exemplo, o fato de que Lula, que teria tido até mais de 80% de popularidade enquanto presidente, não arriscar a ver ao vivo - pelo menos por enquanto - os jogos da Copa do Mundo, não deixa de ser um fato emblemático. Dilma cumpriu a contragosto o ritual de abertura dos jogos e bateu em retirada.
Como foi Lula quem trouxe a Copa para o Brasil e Dilma executou a empreitada na qualidade de Presidente da República, o fato de Lula permanecer praticamente escondido durante os fabulosos jogos é uma realidade que corrobora os índices de repúdio ao PT registrados nas pesquisas.
Aliás, há 1 ano e 7 meses que Lula foge da imprensa como o diabo foge da cruz. Só concede entrevistas a blogueiros militantes do PT ou então a algum jornalista estrangeiro. As palavras ditas por Lula chegam à imprensa por meio de terceiros. Esse sumiço de Lula, normalmente falastrão, começou quando veio a público o rumoroso escândalo envolvendo a sua namorada Rosemary Noronha, que chefiava a representação do Governo Federal em São Paulo.
Tudo isso combinado com as defecções no arco de apoio multipartidário ao PT, demonstra uma nova realidade política. A eleição presidencial de outubro deste ano é um jogo que está para ser jogado. Ganha ou perca nas arenas da Copa o Brasil de 2014 não é mais aquele do passado recente no que respeita aos embates eleitorais.
A democracia é a melhor escola política. Quanto mais permanece em vigor mais ensina, ou seja, politiza as massas e também adverte os políticos. Não é para menos que os partidos totalitários, como o PT, odeiam a democracia, embora possam falar nela o tempo todo. Todavia, não suportam o mínimo dissenso, o que é normal em qualquer democracia verdadeira e, de uma maneira ou de outra, acaba acontecendo como de fato está acontecendo agora no Brasil.
Transcrevo duas matérias do site da Folha: uma sobre o PTB e outra sobre a aliança PMDB-PSDB no Piauí que servem para mostrar o evidente e arrasador desgaste do PT. Ganhe ou perca nos gramados, o Brasil tem tudo para vencer de goleada na arena política e livrar-se do caboclo tranca-rua encastelado no Palácio do Planalto. Pelo menos é isso que os fatos estão indicado. Leiam:
PTB AMEAÇA ABANDONAR DILMA
Cerca de um mês após declarar oficialmente apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, dirigentes do PTB afirmam que estão "90% fechados" com o candidato dos tucanos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB-MG). Ato que será realizado neste sábado (21) definirá a posição final do partido nas eleições deste ano.
Se confirmada, a adesão leva para o palanque de Aécio uma sigla que nos últimos anos esteve na base de apoio da presidente no Congresso Nacional. O PTB leva ao presidenciável que apoiar 1min15s a mais na propaganda eleitoral.
As negociações, até agora em sigilo, estão sendo tocadas por alguns dos nomes mais importantes do partido e que, até pouco tempo, estavam bem alinhados com o PT no Planalto.
O presidente nacional da sigla, Benito Gama, é um dos protagonistas. Ex-filiado ao PFL (antigo nome do DEM) e ao PMDB, ele fez carreira sempre como opositor ao PT. Neste governo, se aliou a Dilma e passou a ocupar, a convite do Palácio do Planalto, uma vice-presidência no Banco do Brasil.
Outro nome que passou a trabalhar pelo apoio a Aécio é o senador Gim Argello (PTB-DF). Por anos, Gim atuou para manter o PTB ao lado do Planalto. Ele aparece como vice-líder do governo no Senado.
Para tentar amarrar o partido, Dilma chegou a reabilitar o PTB que estava escanteado do governo desde a revelação do mensalão, maior escândalo de corrupção do governo Lula, oferecendo cargos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. O caso foi denunciado pelo então presidente da sigla, Roberto Jefferson, que foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por participação no esquema.
Segundo petebistas ouvidos pela Folha a mudança foi motivada pela "falta de sintonia" entre as bases do partido nos Estados e o PT.
Os debates devem seguir pela madrugada e a decisão será anunciada oficialmente neste sábado. Há possibilidade de o ato ser realizado em Salvador ou Brasília. Do site da Folha de São Paulo
ALIANÇA OPOSICIONISTA NO PIAUÍ
O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) anunciou na manhã desta sexta-feira (20) o apoio de seu partido à reeleição de José Filho (PMDB), governador do Piauí. Compondo a chapa, Silvio Mendes, do PSDB, será o vice.
José Filho veio ao Rio para oficializar a aliança em um encontro com Aécio, que conquistou assim um dissidente da aliança nacional firmada entre o PT e o PMDB.
Na mesma chapa, o ex-governador do Piauí Wilson Martins (PSB) concorre como candidato ao Senado. Do site da Folha de S. Paulo
7 comentários:
só um detalhe. A senadora Ana Amélia Lemos é do PP e não do PT...não maltrata a pobre senadora
Quando a Copa acabar e mais ainda, quando os políticos estiverem em campanha e tiverem os debates, imagino as cobras e lagartos que Aécio mostrará na tv, pois mudou o discursinho de academia, de debates no Senado e partiu com outra estratégia em cima do PT, ele tem apoio do povo, e eles estão é desesperados, isso sim, pois até Gilberto Carvalho teria dito que "respingou" inclusive para as classes mais pobres que PT-corrupções-bandalheiras-uma-coisa-só já foram assimilados pelo povo como sendo uma coisa só, mas é um fato mesmo.
Nunca se viu um partido tão corrupto que goste tanto de trapaças e bandidagem.
Anônimo,
grato pelo aviso..hehe... já fiz a correção.
Anônimo,
grato pelo aviso..hehe... já fiz a correção.
E aqueles que restarem apoiando a dilma e PT, vamos guardar bem quem são para extirpar o câncer junto com o PT.
A única nota positiva na adesão de um Gim Argello (rejeitado para o TCU), um Carlos Lupi (cuja fama dispensa apresentação), e outros do mesmo naipe, ao candidato do PSDB é a confirmação de que o PT não tem mais nenhum agrado a lhes oferecer: como cracas do Poder, os protopolíticos do PMDB e PTB são cães farejadores amestrados. Resta ao Aécio e equipe saber administrar o apetite desses predadores.
Confio tanto na vitória da oposição que vai varrer o PT da presidência da República, que chego ao ponto de dar uma dica para a Dilma.
Para desacelerar o des'crescimento nas pesquisas, dá tempo construir e INAUGURAR alguns banheiros públicos em todo o país (bastaria umas cabinezinhas que caibam uma pessoa por vez), mas têm que ser bonitinhos no padrão FIFA.
Vai ter dinheiro suficiente e temos tempo até outubro, caso seja apenas nas capitais e num total de três milhões de unidades.
Nem mesmo a avançadíssima Cuba tem isso.
Depois, é só aparecer no telão "pra galera".
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