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quinta-feira, maio 21, 2015

POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA NOVA FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO E PRENDE LOBISTA LIGADO AO JOSÉ DIRCEU E VINCULADO AO PETROLÃO

Milton Pascowitch no momento de sua prisão em São Paulo. (Foto: Veja)
A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã desta quinta-feira a 13ª fase da Operação Lava Jato e cumpre mandado de prisão preventiva contra o lobista Milton Pascowitch, amigo do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), condenado no mensalão. Pascowitch é apontado pelos investigadores como um dos operadores financeiros que atuavam em contratos entre as empreiteiras integrantes do "Clube do Bilhão" e a Petrobras.
Na 13ª fase da Lava Jato a PF cumpre ao todo seis mandados judiciais: além da prisão de Pascowitch, há mais quatro ordens de busca e apreensão, e uma de condução coercitiva contra José Adolfo Pascowitch, irmão dele. Depois de ser preso na capital paulista, Pascowitch será levado para a Superintendência da PF em Curitiba (PR), que coordena a Lava Jato.
As buscas estão sendo realizadas por dezesseis policiais federais nas capitais do Rio e de São Paulo, além do município de Itanhandu, no interior de Minas Gerais. A cidade fica a 15 quilômetros de distância de Passa Quatro, onde Dirceu nasceu.
O Ministério Público Federal já investigava a empresa de fachada Jamp Engenheiros Associados, ligada a Pascowitch e usada para lavar dinheiro do escândalo do petrolão. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, disse que Dirceu fazia "lobby internacional" em nome da empreiteira, enquanto Milton Pascowitch atuava como mediador das "relações partidárias" da construtora.
A Engevix pagou pouco mais de 1 milhão de reais à JD Assessoria e Consultoria, empresa de Dirceu, conforme mostrou o site de VEJA. Pascowitch já havia sido detectado também na lista de supostos clientes da "consultoria" de José Dirceu. No rol de contratantes compilados pela Receita Federal, aparece a Jamp - ela pagou 1,457 milhão de reais para Dirceu.
De acordo com Gerson Almada, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na fase anterior da Operação Lava Jato, e o próprio Pascowitch pediram que a empresa fizesse doações a petistas. Coube a Pascowitch, por exemplo, pedir à construtora doações para a campanha do filho de Dirceu, o atual deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).
"A ideia dele [Pascowitch] era fazer com que a nossa empresa ficasse conhecida pelo partido [PT], já que nós não tínhamos relacionamento nenhum, fazer apresentações de pessoas. Se eu tivesse a intenção de participar de outras concorrências, ele me proporia fazer ajuda. Nesse relacionamento estaria envolvido o repasse de valores, um percentual dos contratos que variava de 0,5% a 1%", declarou Gerson Almada em depoimento à Justiça Federal. Do site da revista Veja

Um comentário:

schroeder disse...

Quem sabe agora chegam nos cabeças do esquema