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domingo, agosto 02, 2015

FLÁVIO MORGENSTERN: "O BRASIL ESTÁ CONHECENDO A DIREITA, E A ESQUERDA ESTÁ DESESPERADA". UMA SUPER ENTREVISTA.

O diário espanhol El País, fez uma ótima entrevista com o escritor e tradutor Flávio Morgenstern, autor do livro Por Trás da Máscara, lançado recentemente. Trancrevo a parte inicial da entrevista com link ao final para leitura completa. A entrevista está muito interessante oferecendo uma excelente análise sobre a atualidade política brasileira.
Morgenstern é mais um dos jovens expoentes da intelectualidade conservadora brasileira que rema contra a maré vermelha que até há pouco tempo dava o tom para qualquer debate político. Entretanto, os papéis se inverteram. Os conservadores é que se tornaram “progressistas” para recolocar no seu devido lugar um conceito por longo tempo aprisionado por uma suposta intelectualidade que hoje perdeu o discurso e sequer pode falar alto em lugares públicos. Seus líderes não podem andar nas ruas sem serem admoestados por uma massa de brasileiros irados. 
O jogo se inverteu e os brasileiros pela primeira vez na vida estão começando a conhecer o que é na realidade o conservadorismo, já que até então ser conservador era uma espécie de “pecado mortal” no Brasil. 
Ninguém melhor do que Flávio Morgenstern para colocar as coisas no seu devido lugar. Está aí uma ótima oportunidade, a partir desta entrevista, para que as pessoas iniciem uma reflexão fundamental que pode mudar para muito melhor as suas vidas e, em decorrência disso, salvar o Brasil desse atoleiro em que foi mergulhado pelo esquerdismo delirante, mentiroso e ladravaz. Ah! e você pode comprar o livro de Morgenstern aqui mesmo no blog clicando no anúncio da Amazon na coluna ao lado acima. Leiam:  
Flávio Morgenstein em foto da orelha de seu livro: Por Trás da Máscara. 
“Se eu fizesse ciência política [em universidade] no Brasil, não aprenderia nenhuma das citações deste livro”, diz Flavio Morgenstern, em referência a Por trás da máscara (Editora Record), obra em que se propõe a analisar os protesto de junho de 2013. Um dos expoentes da jovem intelectualidade brasileira de direita, que encontrou terreno fértil para se desenvolver na internet, Morgenstern (“estrela da manhã” em alemão, um nickname herdado dos tempos de chats online) se vale de pensadores conservadores como Ortega y Gasset, Thomas Sowell e Eric Hoffer para criticar as ações dos black blocs, expor semelhanças entre os métodos dos protestos brasileiros e os do Occupy Wall Street e apontar os riscos de totalitarismo naqueles movimentos de rua puxados pelo Movimento Passe Livre.
“A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta (...) Quando está todo mundo com o mesmo slogan, quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some”, analisa em entrevista ao EL PAÍS o escritor e tradutor de 30 anos — sua descrição no portal do Instituto Millenium, think tank do pensamento liberal, acrescenta ator e designer free-lance ao currículo. Morgenstern estuda Letras-Alemão na Universidade de São Paulo (USP) e se formou analista político por conta própria.
Na conversa abaixo, o analista, que colabora com publicações como Gazeta do Povo e escreve em sites como Implicante e Instituto Liberal, diz que a “onda conservadora” por que o país passa é positiva, mas pondera que “o conservador quer conservar leis eternas, e não a sociedade como ela é”. O autor também aproveita para marcar posição em relação aos políticos brasileiros. “Esses livros [conservadores] que estão sendo lançados vão demorar até chegar à política. O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa direita”.
Pergunta. Por que os brasileiros foram às ruas em junho de 2013?
Resposta. Ninguém sabe. É bizarro dizer isso, mas vários teóricos de esquerda dizem que o importante é ir para a rua; depois você discute por que está ali. A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta. Num primeiro momento, houve a pauta dos transportes, que já vinha sendo mapeada pela esquerda brasileira há bastante tempo. Depois, virou movimento de massa. Isso vinha sendo tentado desde 2010, com outras manifestações, e finalmente desta vez eles conseguiram que essa pauta se tornasse chamativa para a população.
P. Você diz no livro que o Brasil esteve à beira do totalitarismo. Por quê?
R. Havia três milhões de pessoas nas ruas no Brasil, no principal dia de manifestações, gritando “quero saúde, educação, transporte, segurança”. Como o Estado vai te dar tudo isso? Ele precisa se agigantar e dominar a economia. Na hora em que você pede transporte de graça, o Estado precisa estatizar todas as companhias, proibir qualquer iniciativa particular e dominar tudo. Se ele vai fazer isso com todas as áreas, precisamos de um Estado muito maior do que a estrutura inchada que a gente já tem. Todos os movimentos de massa na história do mundo geraram totalitarismo. O grande risco de uma manifestação como essa é derrubar a ordem vigente. Os livros de esquerda que eu estava estudando antes de 2013 usam a palavra ruptura o tempo todo.
P. Se houve risco de totalitarismo no Brasil, por que ele não se confirmou?
R. Para ter ruptura, é preciso ter um confronto enorme. O maior risco estava nos confrontos com a polícia, que são provocados em busca de um apelo social que comprove que a ordem social está errada. E ocorreram agressões horrendas e absolutamente criminosas por parte da polícia. Ninguém gosta disso, é um perigo. Mas o pior confronto aconteceu, por coincidência, quando os aumentos de passagem estavam sendo revogados. O principal deles foi em Brasília, no Itamaraty. Foi estarrecedor e perigosíssimo, mas virou nota de rodapé de jornal. Por que uma manifestação sobre preço de passagem tem de ir para o Ministério das Relações Exteriores, e não, por exemplo, para o Ministério da Justiça, que fica do outro lado da rua? Como cuida de coisas ultramar, o Itamaraty é guardado pela Marinha. Se houvesse confronto entre manifestantes e Forças Armadas, duvido que dali a uma semana não teria acontecido um golpe. Provavelmente 99% da manifestação não sabia disso, mas a linha de frente sabia: se você tem uma cacetada entre um membro das Forças Armadas e um manifestante, ainda mais com o histórico de ditadura militar que nós tivemos, o Brasil hoje seria outro, seria difícil eu conseguir escrever um livro desses.
P. Mas teria de aparecer alguém para assumir o comando do país.
R. Exatamente, para salvar tudo. Meu grande problema com esse personalismo é que quando está todo mundo com o mesmo slogan, de que “o Brasil acordou”, “vem pra rua”, coisas genéricas, todo mundo concorda, todo mundo quer mais saúde, mais educação, tudo coisas muito abstratas, e quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some. Para que imprensa livre ou eleições se está todo mundo pensando a mesma coisa? O totalitarismo começa com esse discurso de participação nas ruas, esse ativismo cívico de micareta que acaba sendo péssimo.
P. O que diferencia as manifestações de 2013 para a manifestações contra o Governo federal neste ano?
R. Em 2015, a manifestação já não é mais aberta como foi em 2013. A manifestação de esquerda tem a ver com estatização, com poder, com democracia direta, com a força do Estado. Em 2015 há um fato claro, de a [presidenta] Dilma ter sido reeleita de uma forma muito controversa, sem representatividade. Quando isso acontece, ninguém aguentava mais, inclusive petistas de 30 anos de militância. Já são manifestações que têm a ver com o Fora Collor, as Diretas já, a Marcha da Família pela Liberdade, com um foco objetivo. Mesmo manifestações de esquerda, como a Marcha da Maconha, podem ter um foco claro. Concordando ou não com o tipo de demanda, elas são boas, porque pelo menos promovem discussão. CLIQUE AQUI para LER TUDO

7 comentários:

Anônimo disse...

Boa reportagem. Deve ser um bom livro, por fazer uma analise, uma pesquisa, um levantamento histórico do que aconteceu, ao contrário de muitos publicados ultimamente, que são apenas copilações de artigos publicados por seus autores.
Pretendo comprar.

TERMINATOR disse...

¨O Brasil acordou¨. Só tem um problema nesta teoria: Para acordar é preciso que estivesse dormindo e o Brasil estava (e está!) é MORTO e estava caminhando as últimas décadas (ou séculos) iguais a zumbis mortos-vivos batendo cabeça aqui a acolá, errando a maioria das vezes, às vezes acertando em alguma coisa mas rapidamente pondo tudo a perder o pouco que conquistou. Quando Cabral encontrou o Brasil começou aí a pregar o prego no caixão que virou essa pocilga que vivemos hoje. Dane-se o politicamente correto. A ¨etnia¨ da maioria mestiça dos brasileiros é fadada ao fracasso e ponto final.

Anônimo disse...

Vale a pena ver um pequeno vídeo com uma grande analise:


https://youtu.be/pmuwqBzerbA

Anônimo disse...

O site aluizioamorim é muito rico em diversos textos, fotos, videos e episódios da agora FAVELA VENEZUELA - outra rica e próspera nação quando sob a DEMOCRACIA - não sob a chamada DEMOCRACIA POPULAR do Chávez e Maduro, uma fraude - para começar, de popular nada tem, só nome, mas ESCRAVAGISMO DE ESTADO!
Eis pois o adotado pelos comunistas, como nos esgotos a ceu aberto Cuba, Coreia do Norte agora na miserável e esfomeada Venezuela - gôndolas dos supermercados vazias e filas direto para conseguirem alimentos básicos muito caros!
SONEGAM OS ALIMENTOS pro povo não ter tempo de se manifestar contra o governo!
Dessa forma, a Venezuela também está sob as patas dos comunonazifascistas do mesmo regime do ditador e déspota Fidel Castro e sua Mafia castrista herdeira, com o poder doravante repassado a seu irmão, mesma merda Raúl Castro!
Eis pois a porra louca que o PT quer implantar no Brasil e não podemos aceitar passivos; temos de ser como o Cunha, que encara de frente, que não dá moleza a bandidos!

Anônimo disse...

A entrevista pode ter sido boa, mas a esquerdice do El País me causa embrulhos no estômago...

Unknown disse...

Com todo respeito a esta página do Aluízio, mas este Instituto Millenium é patrocinado pela Nova Orem Mundial - NOM, portanto fiquem de olho neste novo "talento" USPiniano, que mais parece ser um "infiltrado".
Desculpe-me, mas são estas as informação que tenho acerca deste tal instituto, através de fontes verdadeiramente confiáveis.
Por favor, pesquisem sobre este Instituto Milenium

Francisco disse...

Concordo com o de Nigris