Dalmey Werlang, um dos agentes acusados, durante depoimento na CPI da Petrobrás . Foto: Estadão.
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O Ministério Público Federal denunciou na última semana formalmente por calúnia o delegado e o agente da Polícia Federal que acusaram irregularidades e coação envolvendo a cúpula de delegados da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR) – onde estão concentradas as apurações de corrupção e cartel na Petrobrás.
A acusação entregue à Justiça Federal no dia 11 é a primeira ofensiva contra suposta tática de contrainteligência que investigadores da Lava Jato identificaram, a partir do final de 2014. A estratégia seria desestabilizar as apurações e tentar algum tipo de nulidade legal na condução do caso, que atingiu a partir de novembro do ano passado as maiores empreiteiras do País e seu papel e conluio com os dois principais partidos do governo federal, PT e PMDB. Um rombo de pelo menos R$ 19 bilhões nos cofres públicos até aqui.
O delegado Mário Renato Castanheira Fanton e o agente federal Dalmey Fernando Werlang foram denunciados criminalmente à Justiça Federal pelo procurador Daniel Holzmann Coimbra, do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial da Procuradoria.
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ODEBRECHT ENVOLVIDO, SEGUNDO A PF.
Marcelo Odebrecht continua preso |
A denúncia do órgão, externo à Lava Jato, reforça as suspeitas dos investigadores de que o episódio pode ter relação com suposta tática adotada por empreiteiras do cartel para tentar anular a Lava Jato.
Em maio, investigadores descobriram que assessorias de imprensa contratadas por empreiteiras do cartel, entre elas a da construtora Norberto Odebrecht, ajudaram a “difundir” para os jornais, rádios e TVs o conteúdo dos depoimentos dos dois federais denunciados.
No dia 2 de julho, os dois policiais federais foram convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, após essa divulgação dos depoimentos dos dois acusados, onde confirmaram a existência das supostas escutas ilegais.
No relatório que pediu seu indiciamento, a PF aponta como figura central desse suposto plano o presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht – preso desde o início de julho.
O delegado Eduardo Mauat da Silva chama a atenção para as anotações do empresário feitas após sua prisão, que registram “trabalhar para anular (dissidentes PF…)”.
“Uma referência clara à Polícia Federal, ou pelo menos a alguns de seus servidores”, informa o delegado. “Marcelo teria a intenção de usar os ‘dissidentes’ para de alguma forma atrapalhar o andamento das investigações, e, se levarmos em consideração as matérias (grampo na cela, descoberta de escuta, vazamento de gás, dossiês) veiculadas nos vários meios de comunicação, nos últimos meses, que versam sobre uma possível crise dentro do Departamento de Polícia Federal, poder-se-ia, hipoteticamente, concluir que tal plano já estaria em andamento.”
Os policiais federais Fanton e Werlang não foram localizados pela reportagem para comentar o caso. A Odebrecht nega que tenha adotado medidas para atrapalhar as apurações da Lava Jato. Leia TUDO no blog do Fausto Macedo/Estdão
3 comentários:
Quem é esse dono de empreiteira, quem são esses que se acham no direito de lesar uma país inteiro e sair ilesos?
É muito abuso, muito descaramento, é tripudiar de 200 milhões de pessoas...é se pensar dono de 8.516.OOO Km², área total do território brasileiro...
Como cidadâ que paga todos os impostos devidos, assalariada, pagadora de plano de saúde, pois não me arrisco a esperar um atendimento pelo SUS, enfim, vítima, como todo brasileiro decente, do histórico de pilantragem que se instalou nessa terra, espero que sofrer o pão que o diabo amassou ainda será pouco para quem semeou a desgraça.
Agentes dissidentes = agentes petralhas.
Esse câncer está espalhado por todas as instituições!
Foi a mais típica ação de contrainteligência acionada pela esquerdalha - mas que os verdadeiros patriotas, na pessoa do Juiz Sergio Moro e equipe, farejaram a trama e melaram tudo. A eles minha mais sincera gratidão e apreço: que Deus os ilumine e os protejam.
Quanto aos malacas do pt: Mais uma invertida!!!
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