O Ministério Público e a Polícia Militar apreenderam pelo menos R$ 1,5 milhão - entre cédulas da moeda nacional, dólares e euros - na casa do prefeito de Indaiatuba (SP), Reinaldo Nogueira (PMDB), nesta segunda-feira (5). Durante a operação, também foram encontrados R$ 400 mil na Prefeitura e quatro armas na casa do prefeito de Bragança Paulista (SP), Fernão Dias (PT).
A ação, realizada em parceria entre promotores designados pela Procuradoria-Geral de Justiça com apoio de 180 homens do Batalhão de Ações Especiais (Baep), cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, dois deles em Bragança e os demais em Indaiatuba. A suspeita da promotoria é de irregularidades na desapropriação de terrenos para beneficiar empresários.
O carro de uma empresa especializada em transportes de valores foi acionado para auxiliar a equipe a levar a quantia apreendida na casa de Nogueira até o 1º Distrito Policial de Campinas(SP), onde a apreensão de todos os objetos será formalizada. A equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, apurou que entre o R$ 1,5 milhão, havia pelo menos 50 mil dólares.
O prédio da Prefeitura foi cercado por volta das 6h. Do lado de fora, muitas viaturas do Baep e vários promotores, de outras cidades além de Campinas, entravam e saíam do prédio a todo momento com documentos. O helicóptero Águia da PM também deu apoio à operação.
Alguns servidores que chegavam para trabalhar no momento do cerco foram impedidos de entrar no paço. O acesso ao prédio ocorreu só após o andamento das buscas, que terminaram às 11h.
TRANSAÇÃO MILIONÁRIA
Segundo informações apuradas pelo G1, uma das transações que estão sendo investigadas pela Procuradoria é a negociação de um terreno, no valor de R$ 450 mil. A área foi comprada por uma das empresas investigadas e, posteriormente, pela Prefeitura. O terreno teria sido desapropriado pela administração municipal de Indaiatuba pelo valor de R$ 9,9 milhões.
Segundo informações apuradas pelo G1, uma das transações que estão sendo investigadas pela Procuradoria é a negociação de um terreno, no valor de R$ 450 mil. A área foi comprada por uma das empresas investigadas e, posteriormente, pela Prefeitura. O terreno teria sido desapropriado pela administração municipal de Indaiatuba pelo valor de R$ 9,9 milhões.
A Prefeitura de Indaiatuba afirmou que ainda não foi informada do motivo do cumprimento dos mandados. Segundo o secretário de Comunicação, Odair Gonçalves de Oliveira, ao final da operação, integrantes do Executivo se reunirão com a promotoria e, só então, se posicionarão sobre toda a investigação. O secretário disse, ainda, que o prefeito não estava na Prefeitura no momento do cumprimento dos mandados.
A Prefeitura de Bragança Paulista foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou sobre as investigações do Ministério Público.
O Ministério Público afirmou em nota que a operação é resultado do inquérito criminal para apurar "a obtenção de vantagem ilícita por agentes públicos e empresários, em razão de desapropriações de glebas de terra, para a implementação de empreendimentos imobiliários". O MP também cita a suposta omissão de membro da promotoria local de Meio Ambiente e Habitação e Urbanismo, segundo a assessoria de imprensa, "como suposto envolvimento de seu familiar".
Polícia Militar e promotores cercam prédio da Prefeitura de Indaiatuba (Foto: G1)
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Segundo informações apuradas pela EPTV, afiliada da TV Globo, junto aos promotores, em Indaiatuba a fraude consistia em imóveis que eram comprados por empresas da cidade e depois eram desapropriados pela Prefeitura por um valor maior. O dinheiro era repassado para os envolvidos no suposto esquema ilegal.
Entre as empresas que foram alvo dos mandados em Indaiatuba estão a JRS Empreendimentos e Participações LTDA e a Jacitara, que também atua no ramo de negócios imobiliários. Segundo o advogado de defesa Ralph Tórtima Filho, a desapropriação, investigada há mais de um ano pelo MP, tem relação apenas com a pessoa física de Rogério Soares da Silva, sono da JRS.
Segundo Tórtima, a transação foi "absolutamente justa". Inclusive, segundo ele, a venda foi efetivada por valor inferior ao praticado no mercado, o que teria beneficiado o município.
Em relação à empresa Jacitara, ela é de propriedade do irmão de Rogério, Josué da Silva, que, segundo o advogado, não tem qualquer relação com a desapropriação.
Em relação à empresa Jacitara, ela é de propriedade do irmão de Rogério, Josué da Silva, que, segundo o advogado, não tem qualquer relação com a desapropriação.
Tórtima classificou a operação como "desnecessária", porque toda documentação e explicações solicitadas pelo MP foram formalmente apresentadas pela defesa. Do site G1 da Rede Globo
7 comentários:
Caro Aluízio
Nem as prefeituras do interior escapam da corrupção. Não aguento mais ler sobre isso. Nem lí todo o texto, pois é tudo nojento demais! Agora pegou moda entre os bandidos se surpreenderem com as buscas da PF dizendo que está surpreso, pois explicou todo o acontecido tão logo lhe foi solicitado, como se isso bastasse para se eximir dos crimes. Esse novo tipo de cinismo foi lançado pela Odebrecht.
Esther
é nas prefeituras que a mágica acontece. essa região aí (indaiatuba, hortolandia, paulinia, campinas) é reduto da seita. sempre foi.
C L E P T O C R A C I A = ESTADO GOVERNADO POR LADROES (G. MENDES)!
"EXEMPLO VEM DE CIMA"
Ele é do PMDB? ah bom...
Primeiros combates entre civis e força nacional, se dão em Goiânia.
Povo se junta aos caminhoneiros para combater força nacional que tentava apreender os caminhões.
https://www.facebook.com/airton.bueno.355/videos/vb.100004290127686/554824644670535/?type=2&theat
by Senta Pua
O de Braganca eu nao o conhecia; vi a foto dos dois (Indaiatuba e Braganca); deduzi imediatamente que o de Braganca e' do PT! Incrivel, pela foto sabe-se quem e' ou nao do PT; quando a gente erra, e' do PCdoB ou PSOL.
O do PMDB ja e' mais dificil pela foto. O PT tem ate' nos tracos fisicos uma caracteristica peculiar! Nada boa!!!
Esta reportagem não mencionou detalhes importantes: o prefeito Fernão Dias da Silva Leme é delegado de Polícia tendo exercido, inclusive, o cargo de delegado Seccional de Bragança Paulista. Sua esposa, a presidente do Fundo Social de Solidariedade da cidade, Rosângela Silveira de Azevedo Leme é escrivã de Polícia há mais de 20 anos. As quatro armas encontradas na casa deles, no Residencial Euroville, estão devidamente registradas e legalizadas como deveria ser. Outro dado importante não mencionado, trata do objeto das apurações. Muito embora a operação do GAECO teve como alvo levantar irregularidades cometidas em desapropriações, a Prefeitura de Bragança Paulista, na gestão Fernão Dias, iniciada em 2013, NÃO EFETUOU NENHUMA DESAPROPRIAÇÃO. Como jornalista; cidadã e acima de tudo, conhecedora da integridade moral do casal Rosãngela & Fernão Dias não consigo compreender o que justifica uma ação dessas na casa de pessoas de bem. Vinte ou 30 PMs fazendo buscas...cães farejadores na porta... helicópetero sobrevoando o condomínio. Tudo isso para no final NÃO ENCONTRAR nada além de uma mira laser vendida por R$ 176,00 no Mercado Livre. Mas que é tida como "de uso proibido" e rendeu a absurda prisão em flagrante da escrivã Rosângela. Apesar do circo, ela conseguiu na mesma data da operação, liberdade provisória para responder pelo "crime" em liberdade. Peço desculpas pelo desabafo, mas quem estaria por trás desta "mega operação" em Bragança Paulista? Como bem disse um amigo, também delegado de Polícia, "são ladrões da honra alheia". Triste. Muito triste. E, por esta e mais aquela, posso afirmar categoricamente que política não foi feita para "cidadão de bem". Infelizmente!!!!
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