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quarta-feira, março 16, 2016

DELCÍDIO ANUNCIA RETORNO AO SENADO E TEME PELA SEGURANÇA DE SUA FAMÍLIA

O Senador Delcídio do Amaral, que sacudiu o cenário político brasileiro nesta terça-feira quando sua delação premiada foi homologada pelo STF, concedeu uma entrevista para a coluna do jornalista Fausto Macedo, do site do jornal O Estado de S. Paulo. Diz que retorna para o senado - agora sem partido, já que se desligou do PT - na próxima semana e prevê que vem "confusão" por aí, embora não tenha ainda entrado em detalhes sobre essa sua enigmática premonição.
Transcrevo alguns tópicos da entrevista que pode ser lida na íntegra aqui
Estadão: Sua expectativa?
Delcídio Amaral: Acho que vem tanta coisa aí, tanta confusão. Daqui a pouco já vem outra agenda…não dá tempo para respirar.
Estadão: Tem provas do que afirma em sua delação?
Delcídio Amaral: É preciso dizer que a minha colaboração é uma colaboração de político, não é uma colaboração de lobista, de executivo, de empresário. É uma colaboração de político. Agora, o que atesta as coisas todas que eu digo são as agendas, as viagens, é a precisão dos acontecimentos. É como eu registro no meu dia a dia. Outras situações que já fazem parte dessa investigação (da Lava Jato) vêm comrpovar tudo mesmo. Como toda agenda de político eu registro tudo, datas, horários. Não tenho dúvida de que em função das agendas, dos indícios, o que é afirmado vai ser comprovado. Aliás, em boa parte dos episódios mencionados já há comprovação até mesmo por outras colaborações. Eu sei que algumas coisas que relatei já foram confirmadas por executivos de uma empreiteira. Confirmaram tudo.
Estadão: O caminho está aberto para os investigadores?
Delcídio Amaral: Na verdade, a maneira como a minha colaboração foi estrutrada foi uma maneira sistêmica. Ela junta as pontas e aí complementa com as outras informações. Vai ficar fácil para os investigadores trabalharem com outras informações já existentes. Uma coisa fecha com outra. As evidências todas casam com as histórias, casa tudo, horário, data e tal.
Estadão: O sr. tem medo de morrer?
Delcídio Amaral: Eu, pessoalmente, não. Mas, evidentemente, a gente tem que tomar muito cuidado com a família. Eu tenho filha jovem, eu tenho muitas preocupações. Minha mãe vive no pantanal, vive numa fazenda. Eu, evidentemente vou conversar com os meus advogados sobre isso. É aquela história, a gente nunca sabe. Você pode ter uma percepção dos fatos de uma maneira generalista ou mais equilibrada, mas não tem controle sobre iniciativas pessoais. É um negócio complicadíssimo. Eu lhe confesso que estou muito preocupado. Tanto é que isso vou conversar com os meus advogados para a gente tomar todas as precauções. Não dá para brincar, tem que tomar todas as cautelas.
Estadão: Muito assustado?
Delcídio Amaral: Já passei por situação muito parecida na CPI dos Correios, mas agora, pela gravidade do momento é muito pior.
Estadão: O que acha de Lula no Ministério de Dilma?
Delcídio Amaral: Uma loucura ele ir para o Ministério. Eu acho que ele vai acabar indo (para o Ministério) para tentar se blindar do Moro (Sérgio Moro, juiz da Lava Jato).

2 comentários:

Anônimo disse...

de onde essa gente enrolada ainda tira dinheiro para pagar advogadoS, no plural?

ter um só já pode ser considerado privilegio, dado ao custo do serviço prestado...

Anônimo disse...

Este aí é da quadrilha, maledito

Teme pela família o que.. Tome vergonha na cara