Por Nilson Borges Filho (*)
O capital político do governador Fernando Pimentel está definitivamente arruinado pelas denúncias obtidas com a deflagração da operação Acrônimo. Pimentel é um morto-vivo, um cadáver insepulto sitiado no Palácio Mangabeiras, sede residencial do governo mineiro. O seu poder é meramente simbólico, aqui abusando do conceito de Pierre Bordieu.
Enrolado por denúncias de malfeitorias, desde os tempos em que ocupava o cargo de prefeito de Belo Horizonte, o governador pouco se ocupa das coisas do Estado. Terceirizou o poder para o grupo duro do governo, mais especificamente para o Secretário de Planejamento Helvécio Guimarães.
O dia-dia da administração está sob à gerência do Chefe da Casa Civil, Marco Antônio Rezende. Justo aqui mora o perigo: Rezende é investigado pela Polícia Federal por suposta cumplicidade com Fernando Pimentel e Paulo Moura Ramos, presidente da estatal Prodemge, como sócios da empresa de consultoria que os investigadores acreditam ser de fachada. Criada – segundo esses mesmos investigadores - com a única finalidade de obter recursos de origem duvidosa para abastecer os caixas de campanha do governador e – sabe-se lá – o bolso dos amigos companheiros.
Pimentel com 63% de rejeição dos eleitores de Minas, por precaução, não participa de atividades em público com receio de ser vaiado. Em certas situações quando a liturgia do cargo o obriga a estar presente em algum evento, o constrangimento dos demais presentes é visível. A rigor, a presença de Fernando Pimentel não agrega valor político nem mesmo nas candidaturas petistas às prefeituras e câmaras de vereadores.
O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, o petista Reginaldo Lopes, queria distância de Pimentel, pois mais atrapalhava do que ajudava. Não fossem os faustos jantares promovidos no Palácio Mangabeiras, regados a vinho de safra premiada e com quantidades industriais de crustáceos, para a companheirada caviar, ninguém perceberia que naquele palácio mora uma autoridade pública.
Pimentel é um zumbi – bem alimentado, é claro – que passa dias e noites enfurnado nos quartos escuros e úmidos da residência oficial. Vez ou outra utiliza-se do helicóptero do governo para dar suas escapadas semanais à sede do governo na Cidade Administrativa, um monstrengo construído pelo ex-governador Aécio Neves, durante um surto de megalomania explícita.
O calvário de Pimentel teve início com a delação do amigo de todas as horas e situações, Benedito Oliveira, que o acusou de receber propina no valor de 20 milhões de dólares quando ocupava a titularidade do Ministério do Desenvolvimento. Bené foi além: contas pessoais do à época ministro e da mulher Carolina de Oliveira saíram da sua conta bancária. Viagens, hotéis de luxo, mesadas, cartões de crédito e outros mimos, segundo o mesmo Bené, foram pagos por ele.
Numa manobra muito mal explicada, o órgão especial do STJ aliviou a barra de Pimentel ao decidir por 8 votos a 6 que Pimentel só pode ser denunciado com autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ora, Pimentel tem maioria na Casa e dificilmente Suas Excelências votariam contra o governador, por milhões de motivos que nós meros contribuintes bem sabemos. Mas alguns juristas defendem a tese que o assunto não se esgota na esfera do STJ, cabendo à Procuradoria Geral da República mover recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão por maioria de votos do Superior Tribunal de Justiça.
Quando Pimentel, petistas em geral e seus supostos cúmplices – Marco Antônio Rezende e Paulo Moura Ramos – brindavam e gargalhavam com a decisão do STJ, surge na revista Época matéria denunciando que empresa de consultoria ligada a Fernando Pimentel pagou despesas pessoais da ex-mulher do governador mineiro, Thaís Velloso Pimentel, e taxas de condomínio de apartamentos da atual esposa Carolina Oliveira.
Pode-se dizer tudo de Pimentel, até com certa razão. Porém não se pode dizer que Pimentel seja um mau marido. A tal empresa de consultoria tem como sócios Marco Antônio Rezende, Chefe da Casa Civil, e Paulo Moura Ramos, presidente da PRODEMGE, estatal do governo de Minas gerais. Com essa nova denúncia, a situação legal do governador Fernando Pimentel muda de figura e se agrava caso se confirme as suspeitas dos investigadores. O inferno astral do governador tão cedo não terá o fim que deseja.
(*) Nilson Borges Filho foi professor do Curso de Direito da UFSC e do Departamento de Ciência Política da UFMG
10 comentários:
Tática PTralha e Comparsas.
"Se hay gobierno, soy contra!”
Acabou a greve dos bancos! Vamos fazer outras “manifestações”.
Agora e a vez de invadir escolas outra vez, em Curitiba já invadiram 46; em São Paulo começaram ontem pelo Caetano de Campos.
E infelizmente os verdadeiros estudantes se calam, e dizem amem para esses idiotas úteis disfarçados de alunos...
É isso aí.
Ex-guerrilheiro, que assaltou, matou e sequestrou, e, mais recentemente, roubou, tem de reparar os seus erros.
Só falta trazer de Portugal o Franklin Martins para lhe fazer companhia.
Cavalaria Ligeira
Se depender de alguma ação do STF(escritório de postergação de processo contra corruptos)esse Pilantrel,devasta o estado de Minas,termina o mandato tranquilamente e olha lá se não armar uma outra fraude aos moldes dos Correios e se reeleger.No Mensalão levaram mais de 5 anos pra concluir aquele engodo,que propiciou à gangue a continuidade da roubalheira.
Túlio Xavier
A decisão do STJ essa sim, é golpe contra a democracia. Mas nesses tristes trópicos, as canalhices não se envergonham do lugar em que acontecem. Creio que vamos ter que engolir o corrupto e ladrão. É um outro Lula!
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É assim que se fala do lulla e da dilma, divulguem:
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https://www.youtube.com/watch?v=FkMnytJ12IY
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Mais um belíssimo artigo do Dr. Nilson que você nos brinda, Aluizio.
Já vi fotos do Pimentel preso com a Dilma. São dois ex-terroristas comunistas que se bandearam para o PT, outro antro de bandidos e marginais. Como diz o grande filósofo Olavo de Carvalho: "Todo petista é filho da p..."
Depois que o PT foi destroçado, esse depravado comunista se escondeu de tal maneira que nem se vê mais todo metidão, sorridente, mais se parecendo rato escondido no esgoto, saindo só de noite!
Até acho que está demorando demais o chute no rabo desse sabotador de nossas parcas economias, pois julgava que sairia junto com Dilmandrake!
A CNBB e as muitas seitas famosas protestantes que davam apoios aos vermelhos, parecem terem lacrado a boca de seus porta-vozes com epóxi!
Esses saqueadores precisam todos passarem uma boa temporada sob os cuidados de Dr Moro; ele entende de como os tratar!
Eita Minas; dilma, pimentel.et caterva.
O dr. Nilson citou muito bem,o nome do puxa saco mor do Pimentel,o medíocre secretário Helvécio Guimarães.Este não passa de um médico ratasquera cuja gestão no Ministério da Saúde deveria ser investigada.
Ppis is deputados Que impedirem a investigacao de Pimentel se preparem Para nao sere. Reeleitos, com possibilidade de tambem serem investigados. O povo acordou. Quem duvida lembre Que derrubamos films e fazemos pressao ate' sobre ttibunais Que alimentem impunidade. O crime nao deve compensar
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