Em seu blog no site InfoMoney, o economista Alan Ghani, que é mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio), escreveu um artigo especial detonando as 8 falácias destinadas a desidratar a Reforma da Previdência.
Ou seja: há muito papo furado a respeito dessa matéria destinado a envolver os incautos e desinformados. Trata-se de um esquema que tenta apenas detonar o governo do Presidente Jair Bolsonaro.
Como é sabido, esta é uma das primeiras e urgentes reformas para impedir que o Brasil mergulhe numa crise econômica de proporção venezuelana. A meu ver vale a pena ler as informações constantes neste artigo que explica as 8 falácias com as quais a peste comunista que levou o Brasil a esta situação de penúria econômica tenta envolver os incautos.
Aliás, Alan Ghani, observa: "não há dúvida de que, hoje, a aceitação da reforma da previdência é muito maior pela sociedade brasileira. No entanto, existem ainda grupos de interesses contrários à reforma, que não querem perder seus privilégios, e propagam uma série de falácias sobre a previdência, a fim de manter suas benesses às custas da desinformação de inocentes úteis. Este artigo visa desmascarar todas estas falácias."
Leiam:
Falácia 1:
Não há necessidade de reforma porque a Seguridade Social é superavitária.
Antes de desmascarar esta falácia, precisamos entender que a Seguridade Social é composta por três componentes: Previdência, Assistência Social e Saúde.
De acordo com a tabela abaixo, extraída do Relatório de Execução Orçamentária - auditado pelo TCU e aprovado pelo Congresso Nacional -, em 2018, a Seguridade Social teve um déficit de 280,6 bilhões de reais, e a previdência um déficit de 289,4 bilhões de reais. Contra fatos e dados não há argumento: a Previdência e a Seguridade Social são deficitárias.
Para evitar essa rigidez, a DRU permite mobilização das receitas da União de uma área para outra no limite de 30% da arrecadação. Até 2015, a DRU era de 20%. Em 2016, ainda no governo Dilma, esse limite passou para 30%.
Como a DRU permite a mobilização de receitas da Previdência para outras áreas, respeitando o limite de 30%, algumas pessoas alegam que a Previdência, sem este mecanismo, seria superavitária. Novamente, recorrendo a tabela 1 acima, verificaríamos que, sem a DRU, o déficit da Seguridade Social seria de R$171 bilhões e da previdência de R$180 bilhões.
Além disso, a utilização da DRU não significa que, na prática, a Previdência ficou sem recursos, tanto é que todo mundo continua a receber suas aposentadorias. Nesse caso, a DRU é utilizada para permitir necessidades financeiras diante de desencaixes temporais de fluxo de caixa em outras áreas.
Conforme falamos, sem a DRU, o déficit seria menor, mas ainda muito grande. Portanto, discutir o fim da DRU para amenizar o déficit da previdência e atenuar a reforma não faz sentido. Primeiro, porque, mesmo sem a DRU, haveria um grande déficit da Previdência e da Seguridade Social (R$171 bilhões e R$180 bilhões), tornado a reforma inevitável. Segundo que, sem a DRU, levaríamos provavelmente o Brasil a um colapso das contas públicas, dado que ela é um instrumento essencial de flexibilização e execução orçamentária. Terceiro, mesmo que não existisse a DRU e utilizássemos todos os recursos do Tesouro para cobrir a Previdência, poderíamos zerar o déficit da previdência, mas teríamos déficit em todas as outras áreas, como saúde, educação, etc.
E por quê? Porque o dinheiro do governo é fruto do dinheiro da sociedade arrecadado por meio de impostos. Você pagará a conta do mesmo jeito. Nesse caso, em vez de chamarmos de déficit da previdência, chamaríamos de déficit do Tesouro. O nome mudaria, mas quem pagaria a conta (eu e você), não!
Falácia 3:
Existem dívidas das empresas com a previdência; não havendo necessidade de reforma.
As dívidas previdenciárias das empresas somam em torno de R$450 bilhões de reais. R$450 bilhões resolvem o déficit da previdência por 1 ano e meio apenas. Há uma confusão entre os conceitos de "dívida" e de "déficit". Déficit é um fluxo. Hoje,
o déficit da previdência é na ordem R$289,4 bilhões de reais. Em outras palavras, ficam faltando R$289,4 bilhões de reais todo ano para cobrir o rombo da previdência. Hoje, este rombo é coberto com impostos que poderiam estar sendo utilizados para educação, saúde e segurança pública.
Falácia 4:
Se não tivesse corrupção, não precisaria de reforma.
É evidente que a corrupção é um mal e deve ser combatida independentemente da reforma. No entanto, mesmo sem corrupção, haveria necessidade de reforma. De acordo com os dados da Operação Lava Jato, houve R$150 bilhões de reais desviados no esquema do Petrolão. Isso daria para resolver apenas meio ano de previdência. Além disso, a discussão em termos hipotéticos não adianta nada para resolver concretamente o problema.
Falácia 5:
A expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos; tem município que as pessoas vão morrer antes de se aposentar.
A expectativa de vida é uma média de quantos anos uma pessoa vive. Dizer que a expectativa de vida é de 75 anos não quer dizer que alguém viverá exatamente 75 anos, mas que, na média, as pessoas vivem 75 anos (cada um poderá viver mais ou menos do que a média). A expectativa de vida é influenciada pela mortalidade infantil. Se a mortalidade infantil é alta, a expectativa de vida cai. No Brasil, alguns municípios têm baixa expectativa de vida não pela elevada fatalidade em idosos, mas porque a mortalidade infantil é alta. No entanto, para o debate da previdência o que interessa é a expectativa de vida do idoso. A razão é óbvia: a pessoa só se aposentará a partir de determinada idade (55 anos mulheres e 60 homens, de acordo com as regras atuais). Assim, para a aposentadoria, o que interessa é a expectativa média de sobrevida, isto é, dado que uma pessoa chegou aos 50 anos, quanto tempo ela tem de vida. Nesse caso, de acordo com os dados do IBGE, a expectativa média é de 83 anos, com pequena variação entre os estados brasileiros e próxima dos países desenvolvidos.
É verdade que os servidores que ingressaram no serviço público antes de 2013 contribuem com mais em relação ao trabalhadores do setor privado. No entanto, o déficit per capita gerado por eles, comparativamente ao do setor privado, é muito maior, conforme demonstrado. com dados, por esses artigos Funcionário público paga mais, mas gera maior déficit na previdência (é por isso que você deveria apoiá-la).
Falácia 6:
A reforma da previdência vai prejudicar o mais pobre.
Pelo contrário, a reforma será favorável aos mais pobres. Primeiro, porque de acordo com as regras atuais, apenas quem tem mais dinheiro consegue se aposentar antes da idade mínima (aposentadoria por tempo de contribuição). O mais pobre continua trabalhando mesmo depois da idade mínima. Segundo, porque os fartos benefícios (aposentadorias de R$20.000) estão no funcionalismo público estatal. Como o sistema é altamente deficitário, significa que toda a sociedade, inclusive os mais pobres, estão financiando essas aposentadorias milionárias. Como nosso sistema tributário é altamente regressivo, na prática, tira- se dos mais dos mais pobres para financiar a aposentadoria dos mais ricos. Vale lembrar que mais dinheiro para as aposentadorias fartas é menos recurso para saúde, educação e segurança pública. Além de sobrar mais dinheiro para essas áreas, a reforma trará otimismo para os empresários, o que levará ao aumento da renda e do emprego, favorecendo principalmente os mais pobres.
Falácia 7:
Funcionário público contribuiu com mais, portanto, deve ter uma reforma mais branda.
É verdade que os servidores que ingressaram no serviço público antes de 2013 contribuem com mais em relação ao trabalhadores do setor privado. No entanto, o déficit per capita gerado por eles, comparativamente ao do setor privado, é muito maior.
Falácia 8:
As contas da Previdência devem ser auditadas.
Esta é aquela típica falácia para estimular inocentes úteis conspiratórios a repetirem clichês desconectados da realidade. Os dados da Previdência são púbicos, divulgados pelo Tesouro Nacional, auditados pelo TCU e seguem os padrões de contabilidade internacional do IPSAS.
Além disso, nenhum presidente, desde FHC, negou o problema previdenciário; claro, enquanto estiveram no governo. Pelo contrário, alguns fizeram reformas (FHC e Lula); outros tentaram, mas foram impedidos pelas circunstâncias de vazamentos (Temer), e Bolsonaro tenta emplacar uma das reformas mais importantes para a sociedade brasileira dos últimos tempos.
19 comentários:
pra mim, o principal motivo do modelo de Previdência, da nossa e da maioria da dos outros países, é algo que não se discute muito para não alarmar a população: não haverá mais a criação de empregos em larga escala...
o modelo piramidal, onde os que se aposentavam eram "sustentados" pelos que ingressavam no mercado de trabalho ruiu, porque a base da piramide esta cada vez menor e mais estreita...
vejam esses últimos protestos dos ditos estudantes e trabalhadores...
circulava um jornalzinho com o nome de "Causa Operaria"...
olhando aquelas imagens voce se sente dentro de uma maquina do tempo, uma volta aos anos 70, o que da a exata medida do descolamento da realidade desse pessoal, que ainda vive nesse ambiente fantasioso do operário, personagem esse que esta desaparecendo, como todos bem sabem...
ainda ha resquícios no Brasil porque temos uma economia bastante atrasada e primitiva...
mas em países desenvolvidos esses personagens ate ainda existem, mas chamar esse cara do chão da fabrica que hoje opera robôs e complicados softwares de "operário", é meio descabido...
nesse ultimo mês de abril foram gerados ai 100 mil empregos no Brasil todo, o que num país com 13 milhões de desempregados, é quase um desalento...
e a maior parte dos empregados gerados, 60 mil, foram no setor de serviços, especialmente na área de autônomos, como médicos, dentistas, veterinários, cuja capacidade de geração de empregos não é muito alta, no máximo, uma secretaria, um assistente...
sempre lembrando que aquele "milagre econômico" gerado pelos desgovernos petistas era tudo mentirinha, como a realidade agora vem provando...
era só inundação de credito barato, e muitos bancados pelo governo através dos seus bancões, onde uma maioria aproveitou mesmo foi para se endividar, e não para empreender...
e uma boa parte das grandes empresas que geravam esses empregos era movida na base da propina, como a Lava Jato vem nos revelando...
resumindo, enricar mesmo, pra valer, era só para os petistas...
e dizer o que das categorias ditas "especiais" que estão sendo contrabandeadas pra dentro da reforma por deputados de todas as matizes?
ja ha uma enormidade delas que não quer a mesma regra para si...
o que era para ser coletivo, esta virando elitista e individualista...
a tal Policia Legislativa, por exemplo...
qual risco a mais eles correm para pleitear uma aposentadoria especial?
onde esta a insalubridade em trabalhar em um local fixo, asseado, relativamente seguro e que não oferece risco de vida iminente?
um vendedor de pipoca que se arrisca a trabalhar com dinheiro vivo no meio da rua corre muito mais risco do que esse pessoal...
O Anônimo aí de cima falou (escreveu) tudo. Não trem como escapar da realidade.
Onde vai ter emprego??? Não adianta as Universidades oferecerem milhares de cursos sem perspectiva de acomodação no mercado de trabalho. Sites que oferecem vagas muitas vezes enganam. Universidades e governos deveriam rastrear as tendências de mercado para os próximos 20 anos, pelo menos, para sugerir aos universitários os cursos a fazer.
Eu era contra as cotas. Hoje sou a favor. Acho que 100% das vagas em Universidades públicas deveriam usar o critério de renda familiar. Não adianta dar vagas para ricos maconheiros ficar fazendo greve contra o governo e o povo que lhes pagam o curso universitário. Então que se estabeleça o critério de renda familiar progressivo, admitindo os de baixa renda em primeiro lugar, ascendendo às vagas as tabelas crescentes de renda até o fechamento das vagas.
Façam o que TRUMP está a fazer nos EUA. GOVERNO MÍNIMO E IMPOSTOS BAIXOS e.... eliminar as legislações marxistas, anti-capital: legislação do trabalho, da propriedade, impostuária e.. por fim mas não menos importante, reforma da Justiça.
Capitalismo não sobrevive sem uma Justiça enxuta e funcional para as actividades económicas
COM FÉ CHEGAMOS LÁ......KKKKK
Muito bom o artigo do economista. Mesmo assim é preciso pensar em alternativas de iniciativa privada. Eu tenho uma poupança. Confiro todo mês. O risco de fraude nos rendimentos é pequeno assim como o risco de o dinheiro desaparecer.
É certo que temos no governo uma grande garantia. O Banco Central tem como saber se um banco vai quebrar ao considerar suas operações financeiras. É preciso ampliar o ensino de educação financeira em todas as escolas adaptados à cada fase escolar.
Então eu penso que uma previdência pessoal, atrelada a um seguro de vida e ou acidente pessoal e de trabalho seria o mais indicado para o futuro. O contribuinte tem que ter o direito de saber quanto pagou e quanto tem a receber em sua previdência. A seguridade fica garantida com o seguro de vida e acidentes pessoais e de trabalho. Hoje, ninguém sabe efetivamente qual é o saldo de suas contribuições. Então o INSS arbitra uma aposentadoria com base em expectativa de vida.
Quanto às aposentadorias integrais do funcionalismo, casta à parte, uma excrescência, muitos ilegais acima do teto constitucional garantidos por regras corporativistas, não há o que comentar.
Não sou contra ninguém ganhar dinheiro. Se uma pessoa construiu um belo patrimônio com seu trabalho, é justo que o aproveite. O problema são as regras e as leis em beneficio próprio, corporativista, apropriação privada do que é público.
...Enquanto isso, devidamente já abençoados pelo Cardeal VERGOGLIO...
...os Líderes dos DEM(os)!!!:
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https://polibiobraga.blogspot.com/2019/05/este-e-o-miolo-do-dem-que-se-alia-ao.html
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Boa sexta Caríssimo Aluízio !...
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ABC
na Holanda, o governo começou hoje a chamar os sindicatos e outros representantes da sociedade para iniciar os debates da reforma da Previdência, que ja é igual à essa que se quer introduzir no Brasil, tanto em modelo de remuneração como em idade minima...
homem so se aposenta com 67 anos, e ja não esta sendo mais suficiente!
e é um modelo misto de aposentadoria bancada pelo Estado e por companhias privadas, acho que igual o do Guedes...
só que não é culpa dele, a culpa é do modelo de mercado de trabalho que implodiu e ainda não avisaram às pessoas...
me parece que todo o modelo econômico mundial terá de ser repensado, não so o da Previdência...
o emprego massivo da tecnologia na area de produção bagunçou toda a estrutura ate então vigente...
na India, ja tem técnico de TI dizendo que perdeu o emprego por conta dos programas que ajudaram a criar e que acabaram por lhes tomar a vaga...
irônico, não?
eu ainda acho que os governos terão de criar gigantescos programas assistencialistas para evitar alguma revolta geral de uma massa de gente desempregada que só aumenta a cada dia...
alias, pra quem não sabe, uma boa parte da tão decantada qualidade de vida dos países ditos ricos europeus é bancada por programas assistencialista, especialmente no Reino Unido, cuja dependência do Estado e a pobreza vem crescendo assustadoramente...
quem ainda não viu os programas sobre os "food bank" (algo como banco de alimentos) britânicos deveria assistir, esta tudo no Youtube...
o numero de gente que não consegue mais sequer ter renda para comprar alimentos cresce sem parar...
e com isso vem a depressão, o alcoolismo, a dependência de outras drogas e tudo acaba desaguando no outrora modelo de saúde chamado NHS, que hoje esta completamente saturado...
e no Reino Unido ha também os espertos, os desempregados "profissionais", gente que tem como meta ter o maior numero de filhos possível para manter a roda do pagamento assistencialista sempre em movimento...
quando um filho cresce e ja esta entrando na idade limite para a concessão da bolsa, o casal esperto encomenda mais um...
esta em gestação no mundo o apocalipse econômico...
o governo chines ja avisou que aquele 1 bilhão de pessoas que habitam o país terão de se preparar, porque os tempos difíceis chegaram...
os EUA ainda se salvam porque eles tem uma combinação que nenhum outro país tem...
um enorme mercado consumidor interno, empresas de tecnologia de ponta, indústria ainda forte, impostos baixos, elite intelectual de ponta e muito micro e medio empreendedorismo...
mas mesmo assim, ha pobreza pacas também...
teoria minha: o mundo ja passou do ponto de equilíbrio, que foi atingido mais ou menos ali pela década de 90 ate 2000, onde havia uma relativa e saudavel combinação do modelo de mercado de trabalho tradicional com o das novas tecnologias que despontavam...
agora é ladeira abaixo...
e agora tem jornalista dizendo que a urgência do governo sobre a tal reforma da Previdência é "terrorismo" contra a população...
o jornalismo brasileiro precisa ser extinto...
não ha mais solução pra essa gente...
Meus agradecimentos a você, Aluizio, por postar, ao economista Alan Ghani por trocar a situação da Previdência em miúdos e ao comentarista anônimo do primeiro e nono comentários por mais esclarecimentos. Tenho ojeriza a números que escapem à contabilidade pessoal ou doméstica, mas encarei estes textos e acho que foram muito esclarecedores. (lídia)
aqui de lambuja pra vocês...
https://www.youtube.com/watch?v=OIWARrp_A68
UK food banks...
um serviço prestado pela bela solidariedade, caridade e fraternidade cristã...
no final, aos 28:00, é lido um emocionante trecho de Isaias 58:9...
"Entao, voce clamará ao Senhor, e Ele responderá,
E quando voce gritar por socorro, Ele dirá: aqui estou Eu"
´´.ôôôô OS ESTUDANTES CHEGOU ôôô....Nós não é vagabunnnn dooooo. ´´
´´.ôôôô OS ESTUDANTES CHEGOU ôôô....Nós não é vagabunnnn dooooo. ´´
´´.ôôôô OS ESTUDANTES CHEGOU ôôô....Nós não é vagabunnnn dooooo. ´´
Se o CENTRÃO não existe, seria então o quadrilhão? Quem seria os maiores beneficiários das fraudes do INSS? Os que deixarão a MP caducar?
"Eu era contra as cotas. Hoje sou a favor. Acho que 100% das vagas em Universidades públicas deveriam usar o critério de renda familiar. Não adianta dar vagas para ricos maconheiros ficar fazendo greve contra o governo e o povo que lhes pagam o curso universitário."
Devagar com o andor, nem todo rico é maconheiro e nem todo pobre é santo. Sou totalmente contra as cotas e ensino universitário gratuito. Em hipótese nenhuma pela renda familiar.
O curso superior é para pessoas que realmente tem um desempenho substancialmente superior em relação a outros alunos razão pela qual a vaga tem como sua essência o mérito, independente se pobre ou rico. Se a pessoa não tem recursos que tenha direito a um "crédito", no passado chamado de "crédito educativo", foi assim que me formei, em virtude do falecimento de meu pai. A universidade no caso a PUC, foi escolha minha, porque queria aprender, já que a universidade pública não preenchia os meus requisitos da grade curricular. Minha meta : "aprender".
As universidades gratuitas pagas com nossos impostos, formam pessoas que não tem nenhum compromisso com o bem comum, muitos usam como trampolim para sair do País. Também é injusto que casais sem filhos ou solteiros paguem o estudo dos filhos de outros e que jamais estarão por eles na velhice.
Somando, podemos dizer é injusto pagarmos a formação superior de outros.
Ao Verdades e mentiras: Concordo com parte do seu comentário. Cotas de qualquer tipo, mormente na Universidade, é tratar dos efeitos ignorando as causas. Ah, vamos resgatar a pretitude ou o descamisado de qualquer cor favelado para lhes dar a mesma oportunidade que o rico de fazer um curso superior e também competir em igualdade de condições no mercado de trabalho. Falácia pura! (Atente-se que rico, para os ideólogos da Esquerda, é qualquer um que tenha uma casa e um carrinho como se estes bens tivessem chovido na sua horta sem qualquer esforço pessoal ou familiar e um privilégio inaceitável...) E aí é que está o busílis dessa política protecionista que começa onde deveria acabar. Explico: cadê o investimento público no Ensino Fundamental e Médio de qualidade que, no mínimo, alfabetize e lecione o básico às crianças dos 7 aos 14 anos? Ora, se o carinha entra na faculdade pela porta da caridade - a nota de corte é menor nas cotas dos designados “carentes” – ele ali ingressa com um cabedal de conhecimento inferior ao do seu concorrente “rico”, que pagou e fez um Fundamental e Médio de melhor qualidade. E o tal Mercado, na hora de contratar, não vai aferir o mérito do candidato, descartando o menos preparado? Qual a porcentagem de cotistas que consegue superar a mediocridade? O Mercado hipócrita só tem cotas para a propaganda, ou seja, para vender seus produtos como fez recentemente o Banco do Brasil e fazem tantas outras empresas. (lídia)
Na verdade temos que fazer as 4 operações quando necessárias, cada uma no momento preciso. Se ler o que escrevi sem interpretação de texto vai ver que eu não disse que "todo" rico é maconheiro e não disse também que "todo" pobre é santo.
A renda familiar não tira méritos de ninguém. Depende do aluno o seu mérito. Ninguém vai entrar pela janela, sem fazer as provas necessárias. Em se tratando de dinheiro público, impostos que pagamos, porquê dar as vagas públicas a ricos? Não tem lógica!
O estudante vai ter direito à crédito se for pobre e OPTAR por uma Universidade privada. Fora isso, a preferencia da Universidade pública tem que ser dada aos mais pobres.
Quanto à questão de "compromisso com o bem comum" isso é parte de uma cultura que TODOS nós temos que cultivar. Não há necessidade de ser totalitário nesse aspecto ou perdemos nossa individualidade.
"Hoje, este rombo é coberto com impostos que poderiam estar sendo utilizados para educação, saúde e segurança pública."
Sim, poderiam hipoteticamente. Mas com o sistema enviesado o dinheiro extra será, por força de lei, direcionado majoritariamente para outras coisas. Isso parece aquela história do prêmio da loteria que "poderia" comprar 200 carros. Estado com mais dinheiro, sabemos o que significa.
Não costumo acessar o site Infomoney, portanto, meu agradecimento a você, Aluízio, por ter dado conhecimento (publicidade) aos seus leitores, dessa excelente explicação do economista Alan Ghani. O cara é mesmo um mestre, manja muito do assunto.
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