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domingo, junho 02, 2019

EXCLUSIVO! EM PORTUGUÊS A ENTREVISTA COMPLETA DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO AO JORNAL ARGENTINO 'LA NACIÓN'.


O jornal argentino La Nación, publicou neste final de semana uma entrevista com o Presidente Jair Bolsonaro, que na próxima quinta-feira deverá visitar a Argentina encontrando-se com seu colega, o Presidente Maurício Macri. O título da entrevista é: "Jair Bolsonaro: a Argentina e o Brasil não podem voltar à corrupção do passado." Sei que o texto desta entrevista é longo para uma postagem num blog, mas o fato é que seu conteúdo é importante, sobretudo para o público lusófono.
La Nación, como todos os jornais da grande mídia, está mais preocupado em detonar o Presidente Jair Bolsonaro do que com as possibilidades dos dois países romperem os grilhões do atraso e das crises econômicas, heranças malditas dos governos comunistas que assolaram ambas as nações. Na abertura da entrevista La Nación qualifica o Presidente brasileiro como um político "ultradireitista". Como se nota, a grande mídia jamais dirá que o Presidente Jair Bolsonaro é conservador, como de fato é, e que foi eleito justamente por suas posições conservadoras. 
Fiz uma tradução para o português da entrevista completa, já que os veículos da grande mídia brasileira ofereceram apenas destaques pontuais sempre com a finalidade de prejudicar o Governo do Presidente Jair Bolsonaro. Segue a entrevista completa em tradução livre do espanhol. Como se pode constatar La Nación - como todos os demais veículos da mídia tradicional - parece fazer pouco caso do estado caótico em que os comunistas deixaram a própria Argentina e o Brasil, como de resto a maioria dos países latino-americanos que foram comandados pelos ditames do Foro de Sao Paulo.
Todavia, o Presidente Jair Bolsonaro foi sempre direto ao ponto nesta entrevista e absolutamente fiel às suas propostas de campanha, aliás, muitas delas se tornando realidade, como o projeto de Reforma da Previdência, dentre outros, ainda que sujeitos ao crivo do Congresso Nacional. Leiam: 
- Você acha que algo mudou agora que Cristina Kirchner não será candidata a presidente, mas vice-presidente de Alberto Fernández?
Quem vai dizer será a justiça argentina. Aqui não temos dúvidas sobre o Lula. A população é muito informada sobre o que aconteceu nos governos de Cristina Kirchner e Lula. Aqui temos empresas estatais que foram explodidas, que acabaram quase falidas, como a Petrobras. Os fundos de pensão também deixaram bem claro o que aconteceu no Brasil. E fechamos a torneira parando a de emprestar dinheiro para qualquer país que não tenha compromisso com a liberdade, a democracia e com um risco muito alto para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). Foi por causa daquelas coisas que o povo votou em mim, que era um candidato diferente do que aqueles com mais chances de chegar à presidência; pela luta contra a corrupção e pelas questões de conservadorismo, o respeito à família.
- Qual é o propósito da sua viagem a Buenos Aires na próxima semana?
Eu estive recentemente com Macri, com quem me comprometi a visitar a Argentina, um país irmão. E temos diante de nós o acordo do Mercosul com a União Européia (UE). Espero que tudo seja resolvido em breve, temos que ver até mesmo pequenos detalhes. Isso estimulará nossas economias. Estamos cientes de que podemos perder algumas coisas, mas, em termos gerais, será muito bom. Vamos discutir outras medidas de cooperação bilateral. Eu vou com vários ministros lá. O que mais quero é que a Argentina continue defendendo a democracia, a liberdade e o livre comércio. A Argentina faz parte do Grupo Lima, conosco, sobre a questão da Venezuela e não podemos negligenciar essas questões. Apesar de não querer interferir nas questões internas da Argentina, estamos preocupados com a verdadeira defesa da democracia, da liberdade e do combate à corrupção, o que é muito importante. Argentina e Brasil não podem voltar para a corrupção do passado, a corrupção desenfreada para a busca do poder. Temos o povo argentino para escolher bem seu presidente em outubro.
- Quando você foi eleito presidente, havia uma grande expectativa de uma melhora substancial na economia, mas isso não aconteceu. As projeções de crescimento para este ano são muito baixas (1,2%) e o desemprego aumentou. Isso é momentâneo? Você acha que vai melhorar?
Temos apenas cinco meses de governo. A classe executiva está satisfeita conosco e com as medidas que estamos tomando. Mudar a direção da economia não é como uma canoa em que há um golpe de mão e muda de direção; É como um transatlântico. Estamos levando nossa economia para o centro. Na minha viagem aos Estados Unidos, conseguimos o apoio de [Donald] Trump para o Brasil se juntar à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Também fomos apoiados por Israel e pelo Chile. Tomamos medidas de liberdade econômica e desburocratização que já estão valendo a pena. Qual é o mais importante? A confiança. É por isso que há reformas impopulares até recentemente que agora estão recebendo apoio popular, como a reforma previdenciária. Quando foi visto no passado que as pessoas vieram às ruas para defender uma reforma do sistema previdenciário? As pessoas entenderam que, se não fizéssemos reformas agora, teríamos problemas mais sérios à frente. Nossa economia está melhorando, sim.
- Sua equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, depositou todas as esperanças de uma forte recuperação na reforma previdenciária. Existe um "Plano B" se essa reforma não for aprovada no Congresso?
Primeiro, sou otimista; os prazos legais estão sendo cumpridos na Câmara dos Deputados. Tenho me reunido com os presidentes da Câmara e do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF); Nós nunca tivemos problemas entre nós. É em grande parte a imprensa que divulga coisas e faz declarações que não se ajustam à verdade. Devido à imprensa internacional, a imagem na Europa da mobilização que ocorreu no último domingo não foi boa: eles dizem que o povo foi às ruas para defender a agenda de um presidente militar que recorda as práticas do período de 1964-1985 nas liberdades individual. Não é verdade, mas é isso que eles estão pregando sobre o nosso país.
- Na Venezuela, uma mediação norueguesa está em andamento entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição. Pode ser uma maneira de resolver a crise? Maduro pode aceitar deixar o poder através da mediação?
Não. Coloque-se no lugar de Maduro. A fraqueza de Maduro torna forte a ditadura na Venezuela. Ele está lá na frente porque ele cooptou o Exército, cuja liderança é agora traficante de drogas. Que, no Brasil, a esquerda não conseguiu, apesar de todas as medidas tomadas contra nós, nem mesmo com a mentirosa da Comissão Nacional da Verdade, que contou histórias totalmente diferentes das que ocorreram naquele período de 1964-1985. Além de seus generais, Maduro tem um número considerável de cubanos lá. Aqui, no Brasil, eles tentaram fazer isso com as mentiras do programa Mais Médicos. Há também células do grupo Hezbollah, as milícias, os coletivos ... Então, Maduro não é o chefe. Maduro é agora um fantoche na Venezuela.
- Tem havido muito questionamento no Brasil e no resto da América Latina de seu alinhamento direto com o governo do presidente Donald Trump nos Estados Unidos e fala-se em servilismo. O que responderia a essas críticas?
Um amigo me contou outro dia que sua filha se envolveu com pessoas de boa natureza e perguntei qual era o círculo de amigos dela. Com esse tipo de pessoa que ela estava andando, sua filha ia se envolver com eles também. Qual foi o círculo de amigos do Brasil até um tempo atrás? Venezuela, Cuba, Bolívia. Qual é o nosso futuro? Sempre admirei os Estados Unidos e fiquei muito feliz com a vitória de Trump, torci por ele e fui para os Estados Unidos. Tudo o que propus a Trump e ele aceitou foram alianças. As commodities são a principal produção no Brasil, e logo elas acabarão. Precisamos buscar ciência, inovação e tecnologia. Eu também fui procurar isso em Israel.
- Os últimos relatórios revelaram que o desmatamento na Amazônia aumentou em 20% entre agosto do ano passado e abril deste ano. Por outro lado, as multas ambientais foram reduzidas em 35% de janeiro a maio deste ano. Você disse que apoia a conservação do meio ambiente, mas na prática isso não é visto.
20%? Mesmo que eu coloque toda a população brasileira com uma foice na mão, eu seria capaz de desmatar tanto nesse tempo? Existe um terrorismo sobre isso. O que o Primeiro Mundo quer, e o que a imprensa aqui infelizmente não mostra, é o chamado Triplo A (Andes, Amazonía, Atlántico), um corredor de 136 milhões de hectares que nos isolaria de toda a parte norte do Brasil. Nós perderíamos a Amazônia se continuássemos com essa política. Comecei a falar sobre o assunto e houve um pequeno contratempo. Eu disse que o Brasil sairia da questão climática [o Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas] se esse padrão continuasse a guiar as discussões. Não podemos tornar a política ambiental um obstáculo ao progresso.

- Em seu discurso tem sido tema fundamental do combate à corrupção, mas desde que chegou ao Palácio do Planalto teve um ministro, Gustavo Bebianno, que saiu acusado de corrupção dentro de seu Partido Social Liberal (PSL), pelo escândalo das candidaturas de fachada?
Não, não foi por causa de suspeitas de corrupção. Sua saída foi por outras razões.
- Por que então? Ele nunca explicou bem.
Eu não quero entrar em detalhes, mas foi por causa de um contato que estava muito próximo da mídia.
- Um de seus filhos, o senador Flavio Bolsonaro, também está sendo investigado, e há denúncias contra seu ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, pelo caso das candidaturas de fachada durante a campanha eleitoral ...
As três mulheres supostamente candidatas-fachadas recebiam dinheiro para seus contadores, 2.800 reais cada. Acusar de usá-los como fachada é um absurdo. É acusado, mas o valor envolvido não é discutido. Agora, por que é interessante atacar meu filho? Isso me desgasta; Não há dúvida de que isso me desgasta. Mas meu filho responde por suas ações e está pronto para dar explicações. Até hoje ele não foi chamado para fazer isso.
- Há também acusações de lavagem de dinheiro com imóveis e ligações com milícias paramilitares ...
Aqui é comum pagar a propriedade na planta e ir pagando a construtora. Quando o certificado de habitabilidade é recebido, a Caixa Económica procura as pessoas que pagam bem, compram dívidas e levam a propriedade para um benefício ligeiramente inferior. Nada anormal. Não há dinheiro sujo, foi transferir a dívida de uma propriedade para outra.
- E os laços de sua família com as milícias? Flavio havia contratado o filho em seu gabinete para a mãe e esposa do líder de uma milícia suspeito de estar por trás do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março do ano passado, no Rio de Janeiro.
Ele [Flávio] sempre votou em defesa dos militares e policiais no Rio de Janeiro. Eu já tinha funcionários no passado também, e tenho fotos com milhares de policiais. Pode acontecer de alguém ficar distorcido e aparecer uma foto que o ligue a essa pessoa. No meu condomínio na Barra da Tijuca [no Rio] existem 150 casas. É raro que exista um condomínio na Barra que não tenha alguém envolvido na operação Lava Jato. Na minha, há uma mulher presa por tráfico internacional de drogas. Há outro da Lava Jato. E há aquele miliciano agora [Ronnie Lessa, preso por participar do homicídio de Franco], que eu nunca vi na vida. A imprensa até diz que um dos meus filhos, de 21 anos, saiu com a filha. Perguntei-lhe se ele a conhecia, mas ele me disse que saiu com tantas garotas lá que não sabia quem era. Querer dizer que minha família tem ligações com milicianos é um absurdo. Eu só conheci Marielle porque ela foi assassinada. Outra coisa, quando as milícias começaram a aparecer no Rio de Janeiro, tiveram apoio popular porque moralizaram a região, depois se tornaram distorcidas, vendendo serviços de TV por cabo, gás.
- Se a Justiça brasileira demonstrou que seu filho fez algo errado, você apoiaria sua punição?
Se você fez algo errado, você tem que pagar. Mas estou confiante de que ele não fez nada de errado. Lá, por outro lado, Fabricio Queiroz, um ex-subtenente da polícia militar que eu conhecia desde 1984, era um soldado da brigada de paraquedistas, meu soldado.
- Queiroz era o conselheiro e motorista de seu filho; Ele levantou suspeitas sobre grandes transações em dinheiro e foi quem contratou os parentes do líder da milícia para trabalhar no gabinete de Flavio. Você está desapontado com ele?
Sim, pelo que eu ouvi falar dele, ele tem coisas para explicar. Tem que ser ouvido.
- No passado, como deputado, referindo-se à ditadura você disse que ele era a favor da tortura, que ao votar no Brasil não poderia mudar nada e que os militares deveriam ter matado 30.000 pessoas. Você acha que mudou algo para melhor na Argentina?
Vamos falar de ditadura. Quem foi o primeiro presidente da ditadura no Brasil? Foi Castello Branco. A maioria acredita na mentira contada milhões de vezes que assumiu em 31 de março [de 1964, dia do golpe], mas foi o Congresso que demitiu o presidente João Goulart. Que ditadura é essa? Ele foi demitido em 2 de abril e em 11 de abril tivemos eleições de acordo com a Constituição de 46. Castello Branco assumiu o cargo em 15 de abril. Mas a esquerda promove problemas; que tortura isso, aquilo. Eu disse isso numa época em que eles estavam mentindo na comissão. A esquerda não estava falando sobre os que eles torturaram ou mataram, eles não responderam por isso. A Colômbia estava complacente com seus guerrilheiros e olha para os problemas que tem hoje. Não éramos complacentes com os guerrilheiros.
- Naquela época você citou especificamente 30.000 mortos, o que na Argentina é uma figura muito relevante. Mas você acredita que esse número de mortes mudou alguma coisa para melhor na Argentina?
-Não, não. Tivemos a Operação Condor entre vários países e os militares daquela época impediram que o país caísse no comunismo; foi o que aconteceu. Quantas pessoas morreram ou desapareceram e por que razões? Deixe cada país escrever sua história. No Brasil, a história tem que começar a ser escrita com a verdade. Se o Partido dos Trabalhadores (PT) queria a verdade, o primeiro fato que deve ser esclarecido seria o sequestro, tortura e execução em 2002 do prefeito petista Celso Daniel, que estava prestes a divulgar informação que iria acabar com a campanha de Lula. E não se vê nenhum petista defendendo esta investigação porque todas as indicações são de que eles o mataram entre tantos outros.

8 comentários:

Anônimo disse...

A maioria acredita na mentira contada milhões de vezes que assumiu em 31 de março [de 1964, dia do golpe], mas foi o Congresso que demitiu o presidente João Goulart. Que ditadura é essa?

vocês sabem o que é isso?

professor Olavo!!!!

as ataques COVARDES que o professor vem sofrendo no twitter por uma matilha de ordinarios é proporcional a importância que ele assume como protagonista da intelectualidade brasileira...

ninguém dizia isso ai sobre o período militar antes de o professor explicar o que ocorreu nesse periodo,...

e o mesmo vale para o conservadorismo, que ate então o brasileiro (nem o Bolsonaro) não tinha a menor ideia do que era e muito menos que era um...

por isso nas manifestações os cartazes são todos de Olavo tem razão...

e por isso o completo desespero das esquerdas com ele, porque tentam fazer campanhas difamatórias coletivas contra ele mas apenas o fortalecem e fazem com que o numero de interessados nos seus ensinamentos so aumente...

quem viu a entrevista do presidente no Gentili e esta minimamente informado sabe que uma grande parte do background do discurso do presidente veio do professor...

que é também COVARDEMENTE atacado pelo corporativismo militar, onde chega a ser inacreditável constatar que generais precisam se adular uns aos outros para enfrentar um véinho sozinho cujas armas são seu conhecimento, seus livros e alguma coisa de rede social, isso quando não é censurado...

se eu fosse general, ja estaria morrendo de vergonha de ver o que estão fazendo contra uma única pessoa...

Cavallier Bus disse...

O VERDADEIRO MATADOR DE CELSO DANIEL FOI ESCONDIDO E ASSASSINADO EM BELA VISTA, MATO GROSSO DO SUL A MANDO DE LULA, DIRCEU E GLEISI HOFFMANN.

PESQUISEM: "MONSTRO PISTOLEIRO DO PT"

Anônimo disse...

Pô, Aluizio

Este repórter do La Nación parece mais um enviado especial da Carta Capital.

Cacilda!! Quanta cara de pau e insolência com o nosso presidente.

As perguntas todas tem um viés malicioso. Jair Messias Bolsonaro saiu-se muito bem na entrevista. Afinal ele já está acostumado com o "nível dos repórteres brasileiros".

Da Argentina, atualmente, nem o churrasco se salva.

Estes pilantras da imprensa, brasileira e estrangeira, não querem reconhecer => Vcs perderam as eleições, pôha!!

Vão procurar trabalho na Venezuela, em Cuba ou na China e parem de encher nosso saquinho.





Anônimo disse...

vejam o esforço que a extrema imprensa esta fazendo para justificar a queda nos indices de criminalidade...

depois de terem exaltado os nobres parlamentares como o suprassumo da competência, agora a extrema imprensa tenta transformar os governadores em seus mais novos heróis...

tudo para não dar os louros da vitória ao governo Bolsonaro...

é uma praga essa imprensa brasileira....

Ferreira pena disse...

As respostas do presidente Bolsonaro foram tapas na fuça do insolente. Parabéns presidente!

Anônimo disse...

a extrema imprensa "matou" o baterista da banda RPM, Paulo Pagni...

agora descobriram que não morreu, mas que esta internado...

e é essa imprensa que fica por ai apontando o dedo para o que é ou não é fake news...

o jornalismo de hoje em dia, além de ser de péssima qualidade, parece ser feito sem o menor rigor....

Anônimo disse...

QUANDO O POVO VAI CAIR NA REAL E EXIGIR NAS RUAS UMA LIMPEZA GERAL NO STF E NO CONGRESSO?
ESTAMOS REFÉNS DE MÁFIAS DENTRO DOS PODERES. E AS FFAAs(FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS) SÃO CÚMPLICES SIM!

Anônimo disse...

Aluízio, obrigado! Valeu muito pela tradução da entrevista do nosso presidente ao jornal argentino.