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quarta-feira, setembro 15, 2010

EM ARTIGO, JORGE BORNHAUSEN RESPONDE A LULA: "NÃO ME ENVOLVO COM A VIOLÊNCIA, COM A CORRUPÇÃO, NEM CONTEMPORIZO COM OS LADRÕES PÚBLICOS"

Ex-Senador e ex-governador de SC Jorge Bornahusen
O ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente de honra do Democratas, escreve um artigo em resposta ao presidente Lula, que defendeu ontem, num comício em Joinville, a necessidade de “extirpar o DEM” da vida pública. Também fez um ataque pessoal a Bornhausen e à sua família. Segue o artigo postado no blog do Reinaldo Azevedo, na íntegra: 

Espero que não seja um grito da 25ª hora, quando tudo está perdido. De qualquer forma, antes que se cumpra a promessa de eliminação anunciada em praça pública pelo presidente da República, peço a palavra. E espero que me seja concedida a mesma audiência dada à agressão nominal que me atingiu junto com milhões de companheiros de partido espalhados pelas 27 unidades da Federação. 

Quero dispor da expectativa democrática a que, mal nos acostumamos, nos querem tirar, e reagir com legítima indignação à ameaça estúpida — e que se cumprirá, sem dúvida, quando for efetivada a prometida transformação deste país em república bolivariana à moda do tão estimado “companheiro Chávez”. Então, a intolerância já terá sufocado os jornais e eliminado as redes de televisão “que transmitem novelas”, conforme prometeram os oradores na inauguração da primeira TV sindical, no ABC.

Por enquanto, porém, os cidadãos ainda podem reagir a agressões e provocações. Mesmo que venham do presidente República e apesar de proferidas em momento de explosão de ódio político para constranger o povo de Santa Catarina. Ela são inaceitáveis num chefe de estado no exercício do mandato — e que, portanto, não pode e não deve discriminar uma parcela dos seus cidadãos, prometendo fazê-los desaparecer como expressão política legítima de uma parcela da população.

Na última segunda feira, 13 de setembro, em Santa Catarina o presidente abandonou o triunfalismo absolutista — de que tem usado e abusado como se fosse um ditador anedótico de republiqueta — para favorecer o PT e aliados e foi além. Especificamente, deixou de atender a recomendações que o bom senso aconselha a quem quer que se apresente ao povo de Santa Catarina. No seu discurso em Joinville, ele incidiu em quatro preceitos que, de nenhuma maneira, poderia ter violado:
1º - Não faltar à verdade;
2º - Não reinaugurar obras;
3º - Não desrespeitar as famílias catarinenses, pois, terra de emigrantes, todos sabem quem são, de onde vieram e como construíram suas vidas:
4º - Não ingerir excessivamente bebidas alcoólicas antes dos discursos em comícios…


Por que faço política com idéias — respeito com rigor quem pensa diferente e até me honro de ter amigos entre eles —, não me envolvo com a violência, com corrupção nem contemporizo com ladrões públicos. Orgulho-me de haver participado da fundação da Nova República, em 1985, com o reconhecimento dos que a criaram de fato, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, quando muitos a renegaram para depois dela  usufruir. Pouco me importa não contar com a simpatia de presidente.

Estamos em campos diametralmente opostos, do ideológico ao ético, e nunca estivemos juntos em coligações ou projetos. Acho que tal divergência é legítima, democrática, e a República é suficientemente tolerante para que convivamos civilizadamente. E não há nada que a Constituição, a Justiça e eleições livres e periódicas não dirimam.  O respeito, porém, é essencial e indispensável, e não é conferido aos presidentes da República o direito de explosões grosseiras, difamatórias, ameaçando cidadãos e partidos adversários de eliminação.

Finalmente, quando disse, em Santa Catarina, que “conhece os Bornhausen”, sugerindo ter a chave de segredos privilegiados e suspeitas ignominiosas, o presidente cometeu um ato de extrema presunção. Raro será o catarinense, em todos os partidos, regiões e classes, que não conheça os Bornhausen, uma família que, através de gerações, não renega o passado de trabalho dos seus fundadores, emigrantes como meus avós. E sempre contei com respeito de todos, retribuindo-o.

Mais do que o protesto, de que tomo a iniciativa por considerá-lo indispensável, já que a agressão foi pública e insolente, quero lamentar profundamente a falta de compostura e civilidade de quem deveria se orgulhar de ser o presidente de todos os brasileiros, mas que optou por se tornar um raivoso chefe de facção, mesmo que eventualmente majoritária, pois, em termos democráticos, os mandatos têm tempo e atribuições limitadas. Por exemplo, não lhe confere o direito de eliminar os adversários e extinguir partidos.

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4 comentários:

Anônimo disse...

o chefe da quadrilha não está nem aí para a Lei, elle é a lei.

Anônimo disse...

Claudio Humberto :Cruz vermelha

Não se pode mais dizer que Lula evita ir a Santa Catarina em situações de desastre. Foi até lá para tentar salvar a candidatura de Ideli Salvatti.

A Liberdade não espera... disse...

Encurralados.

Bandidos, quando estão encurralados, resistem. Qualquer um tem em mente a cena de um bandido que sequestra um ônibus. De um bandido que invade uma casa com crianças. De um bandido que não quer sair da agência bancária quando flagrado pela polícia em pleno furto. Vão para o tudo ou nada. Alguns até matam parte dos reféns, para mostrar que estão no controle da situação, quando estão completamente cercados. Qualquer uma das cenas se aplica ao Brasil. Um palácio repleto de bandidos está sitiado. Foi pego em flagrante. Mais uma vez. E, como sempre, os bandidos partem para uma reação descontrolada, onde querem se fazer passar por policiais, por agentes da lei. O filme tem um final que todos conhecem. A gente já viu este filme. Se a polícia tem coragem, os bandidos são presos. Se a polícia é covarde, os bandidos fazem trocas e acabam saindo livres, em nome da vida dos reféns. A Oposição brasileira não pode ter nem dó nem piedade. Não vai ganhar nada com isso. Já perdeu uma vez. É hora de atacar os bandidos, sem trololó, nem ti-ti-ti. É hora de botar a faca nos dentes. Ou entreguem logo o palácio para a bandidada e não encham mais o saco de um país sequestrado e ameaçado.

coturnonoturno.blogspot.com

Anônimo disse...

Vcs entenderam? Extirpar o DEM. Porque ñ o PSDB, PV, etc. Mais o DEM! Tenho dito aqui que o PSDB é a esquerda light. O apedeuta ñ é tão apedeuta assim, não. Ele sabe mto bem o que está dizendo. A ideologia socialista não tolera oposicionistas, e a única oposição real que representa perigo aos esquerdistas, no momento, é o DEM, o único partido realmente de direita.
Acordem! Vejam a postura de Índio da Costa e comparem com José Serra. Quem é mais aguerrido? Quem levantou as questões referente às FARCs primeiro? Tá na cara senhores, nem cego deixaria de perceber. PSDB nasceu quase junto com o PT nos campus universitários esquerdistas. Aquele é rosa este é vermelho, o que muda é a tonalidade.