TRANSLATE/TRADUTOR

sábado, abril 14, 2012

CPI DO HOMEM-BOMBA É COMO QUIMIOTERAPIA. PODE SALVAR O PACIENTE MAS DEIXA-O ESTROPIADO.

Esta matéria que está no site do jornal O Estado de São Paulo (transcrevo abaixo) mostra que a CPI do Cachoeira, o Homem-Bomba, tem poder destrutivo incalculável. Mais ou menos como a quimioterapia que pode salvar o paciente enquanto deixa-o estropiado. Por isso a Dilma, flanando com 77% de aprovação, segundo pesquisa Ibope, vê no estratagema de Lula, homem tido como muito esperto, um grande ventilador no qual pode ser atirado material orgânico em decomposição capaz de afogar o Palácio do Planalto.
Há quem diga que o processo do mensalão acaba se tornando coisa de ladrão de galinha, ante à capilaridade gigantesca do cipoal de corrupção que pega desde obras como o tal PAC, Copa do Mundo, lanchas, pacotes de dinheiro, dólares em cuecas e calcinhas, enfim, toda a sorte de sacanagens e mutretas que envolvem gente de todos os partidos em todo o país.
Em meio a esse turbilhão de iniqüidades a CPI tem tudo para se transformar num caldeirão infernal de intrigas, acusações e, sobretudo, vinganças.
Sem contar o fato de que possa surgir um novo deep-throat, no estilo do ex-deputado Roberto Jefferson. Leiam:

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta sexta-feira, 13, por duas horas e quarenta minutos na subsede da Presidência, na Avenida Paulista, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir a ele que tenha cautela ao incentivar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira - que investigará laços de políticos e agentes privados com o contraventor Carlos Augusto Ramos, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais. A presidente teme que as investigações respinguem em seu governo.
Ao lado do presidente do PT, Rui Falcão, Lula tem sido um dos principais incentivadores da CPI do Cachoeira. Eles entendem que com a CPI será possível provar que não houve o mensalão - maior escândalo do governo do PT, ocorrido em 2005, em que parlamentares da base aliada votavam a favor de projetos de interesse do Palácio do Planalto em troca de uma remuneração mensal, conforme o relatório da CPI dos Correios.
Embora não tenha se manifestado publicamente sobre a CPI, há informações de bastidores do governo de que Dilma acha que existe uma possibilidade forte de a CPI prejudicar sua administração. A visão é compartilhada por petistas mais comedidos, que temem a utilização da CPI como palco de vingança política.
Essa ideia foi reforçada depois da volta de Dilma dos Estados Unidos. Recados do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que chegaram à presidente classificam a CPI como “de alto potencial destrutivo”.
“O alcance dessa CPI é inimaginável. Só a empresa Delta Construções (que aparece nas gravações telefônicas feita pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e recebeu R$ 4,13 bilhões do governo federal por obras do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC) - está presente em quase todo o País, principalmente na construção e reforma de estradas”, disse o senador Delcídio. “Eu já fiz vários alertas sobre isso. Estão brincando com fogo”, afirmou ainda o senador petista.
Delcídio foi o presidente da CPI dos Correios, que apurou o escândalo do mensalão, e sabe que, uma vez em funcionamento, o desdobramento das investigações é algo incontrolável.
A conversa entre Lula e Dilma teve início às 15h10 e terminou às 17h50. Desta vez, o ex-presidente é que foi se encontrar com Dilma, no gabinete de trabalho da presidente em São Paulo.
Para auxiliares da presidente, ela quis falar com Lula para demonstrar a preocupação com a CPI e com a agitação política que pode ocorrer no Senado, que ainda tem de votar projetos de interesse do governo. Entre eles, a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que permitirá a mudança no indexador que corrige as dívidas dos Estados com a União.
Conforme bastidores do Planalto, a presidente tem recebido as informações sobre a CPI do Cachoeira sem mudar a expressão do rosto. Não faz comentários, apenas ouve. Os que a conhecem bem já conseguem interpretar a reação. Sempre que se mostra impassível, Dilma está dizendo que não gostou do que ouviu.
Entre os auxiliares mais próximos, Dilma deixou a impressão de que está aborrecida com a forma como o PT está se comportando em relação à CPI. Do site do jornal O Estado de S. Paulo

3 comentários:

Anônimo disse...

Delcídio "Amoral", eleito pelo povo mas compromissado com a chicana do governo... Como ele, muitos!

Anônimo disse...

Esse cachaceiro deveria estar internado em alguma clinica de recuperação (ong fajuta) e se calar para sempre ou falar quando fosse indiciado por crimes contra o BRASIL! Pena que não exista pena de morte ou prisão perpétua neste pobre País, paraiso dos criminosos!
Eduardo.45

Atha disse...

Para apagar o inzéndio, eis o que surge e ovacionado. O Zé Dirzeus começa a se incorporar e o Mensabão salão pode escapá e condenar a Bídia Mídia e Midiata.

Presidente do TRF3 propõe 'habeas mídia'. Recém-empossado, Newton de Lucca prega 'limites ao poder de uma certa imprensa'. Esta certa imprensa que está certa, pode-se entender por Revista Veja que, para calar, fala-se em Babeas Bídia em Habeas Mídia.

“O habeas mídia seria um instrumento para a proteção individual, coletiva ou difusa, das pessoas físicas e jurídicas, que sofrerem ameaça ou lesão ao seu patrimônio jurídico indisponível, por intermédio da mídia”.

De Lucca sugeriu pela primeira vez o habeas mídia no discurso de sua posse, em 2 de abril, perante plateia de magistrados, advogados, juristas, três ministros do Supremo Tribunal Federal - entre eles o novo presidente da corte máxima, Ayres Britto -, o cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, e o vice-presidente da República, Michel Temer, que o aplaudiram.

O desembargador revela confusão quando instado a definir como iria operar o habeas mídia. “É uma expressão cunhada pelo professor gaúcho Sérgio Borja numa conferência por ele proferida na Universidade de Lomas de Zamora.”

Segundo De Lucca, também o professor Paulo Lopo Saraiva defende o mesmo modelo. “Trata-se de impor limites ao poder de uma certa imprensa, ou exatamente ao jornalismo trapeiro a que me referi.”

Sobre os “bandoleiros de plantão”, refugiou-se no silêncio. “Prefiro não nominá-los, quer porque preciso ter paz para trabalhar, não podendo perder meu tempo com niquices, quer porque prefiro que cada um vista o seu próprio capuz.”