quinta-feira, maio 01, 2008
Professor baiano mete a mão em vespeiro. Ótimo!
Não deixem de ler esta matéria que está no site do Estadão e que reproduzo na íntegra a seguir incluindo os links. Ao final apresento o meu comentário a respeito.
O coordenador do Colegiado de Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Natalino Dantas (foto), atribui o mau resultado da faculdade no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) à baixa inteligência dos estudantes.
A UFBA é uma de quatro instituições federais de ensino de medicina que ficarão sob supervisão do MEC, por conta dos maus resultados nos dois indicadores de qualidade acadêmica.
"Deve haver uma inferioridade do alunado baiano com relação ao de outros lugares", afirma. "Talvez o baiano tenha déficits com relação a outras populações. Afinal, a prova foi a mesma em todo o País."
O Ministério Público Federal (MPF) da Bahia já instaurou procedimento administrativo para apurar a suposta discriminação do coordenador.
Dantas, que é baiano, citou que tal inferioridade de inteligência justificaria, entre outras coisas, o baixo desenvolvimento sócio-econômico do Estado, "apesar das grandes riquezas naturais", a popularidade do berimbau, "o típico instrumento de quem tem poucos neurônios", e a música de grupos tradicionais, como o Olodum, que ele qualificou como "barulho".
As afirmações causaram reações imediatas. O reitor da universidade, Naomar de Almeida, afirma estar indignado com as declarações, que considera "racistas e ignorantes", e promete atitudes imediatas contra o professor. "Esse professor não tem condições de continuar na função", afirma.
Para o presidente do grupo Olodum, João Jorge Rodrigues, Dantas pode ser comparado a Hitler.
A ação administrativa do MPF vai investigar a suposta discriminação "racial ou de procedência" do coordenador. O procedimento foi instaurado pelo procurador Vladimir Aras, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), ligada ao MPF.
Ele também solicitou oficialmente informações da Reitoria da universidade sobre as providências que adotará em relação às declarações.
"Como professor e coordenador do curso da UFBA, Dantas possui uma função pública e está sujeito à lei de improbidade administrativa na hipótese de dano moral difuso", afirma o procurador. (Texto e foto do site do Estadão).
MEU COMENTÁRIO: ao invés de censurar o professor Natalino Dantas e acusá-lo de racista está na hora do Brasil realmente procurar as respostas não só para o mau desempenho do alunado baiano, mas de todo o país.
Ao mesmo tempo deve-se atentar para o fato de que, embora tenha tudo para ser uma grande Nação (riquezas naturais abundantes, clima bom, extensão territorial que lhe confere dimensões continentais, entre outros requisitos), o Brasil continua amargando esta condição de país periférico, hoje minimizada pelo eufêmico designativo de “emergente”.
Ao invés das autoridades procurarem a partir desse episódio as causas do atraso brasileiro, tratam de execrar o professor Natalino Dantas, carimbando-o como racista.
Entende-se. É sempre muito mais fácil ir por este caminho do que encarar de frente a realidade e ir atrás de soluções.
Isto revela mais uma idiotice que faz o Brasil patinar sob o domínio do politicamente correto.
Está aí uma boa oportunidade para que se faça um estudo sério e detalhado sobre a aversão da maioria dos brasileiros aos estudos.
Por que fechar os olhos a esta realidade? Por que não procurar as causas do mau desempenho do alunado brasileiro. E digo mais: não só dos alunos, mas também dos próprios professores.
Qual a efetiva contribuição da comunidade acadêmica brasileira no contexto das ciências, das pesquisas e da tecnologia?
Por que um país como a Coréia do Sul, de dimensões continentais pequenas, que foi castigado por uma guerra, exibe para o mundo uma forte indústria de base tecnológica que já rivaliza com EUA e Europa, inclusive na produção automobilística e eletro-eletrônica?
Tudo bem que se guardem os costumes, exalte-se a diversidade, as tradições africanas e portuguesas, mormente naquelas regiões onde mais se evidenciam essas manifestações culturais.
Mas isto não é tudo. A Nação precisa pensar seriamente que em pouco tempo o Brasil chegará a um total de 200 milhões de habitantes e que não há sequer uma cidade brasileira que possua um completo sistema de esgoto tratado! quando a população vive à mercê da dengue e de outras moléstias tropicais! sem falar na absurda violência e na favelização das cidades.
O professor Natalino Dantas cutucou num vespeiro. Eis uma boa oportunidade para pensarmos seriamente e de uma vez por todas sobre a realidade brasileira. E olha que já estamos no século XXI e o Brasil já tem mais de 500 anos!
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Postado por
Aluizio Amorim
às
5/01/2008 12:39:00 AM
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7 comentários:
Aluizio,
A reação ao que ele diz, assim como o desfecho do episódio, principalmente por parte das "autoridades", vai comprovar que ele tem razão.
Como demonstrar a um idiota o que ele é, se, para que ele entenda, é preciso que ele não seja um idiota?
Aluízio. O Professor Natalino Dantas falou a VERDADE. E todos sabemos que quem fala a VERDADE nesta bosta é rotulado como reaça, preconceituoso, etc.
Parabéns, Prof Natalino! Sua sabedoria, aliada a sua idade e experiência, não permitem mais que negaceie a VERDADE!
FOGO NOS BOTOCUDOS!!!
A mãe do PAC deve ter a solução para isso. Ou não?
Jânio
Aluizio, mas, pelo que eu entendi, o tal Natalino está justificando o mau desempenho com a baixa inteligência baiana. Por mais que estudem, eles irão pior que os outros porque são menos inteligentes. Como se fosse uma fatalidade. Não adianta estudar, pois não tem inteligência. Tal pensamento vai contra o seu comentário, que diz que os estudantes vão mal porque não estudam.
A solução para o Brasil é a educação.
O professor baiano falou o que devia ser dito com mais constancia em todo o Brasil.
Todo brasileiro, filho/neto/bisneto de imigrantes europeus, que tenha nascido de São Paulo, inclusive, para baixo, aprendeu desde a primeira infancia que o problema do Brasil era esse, e sempre acreditou que iria mudar o Brasil pelas elevando o nível do pais ao nivel do sul, colonizado e desenvolvido pelos imigrantes.
Infelizmente vem ocorrendo o contrário com o sul sendo totalmente desnivelado em relação ao que era até a decada de 80, chegando ao ponto de elegermos um cara que se vangolria de ser ignorante. E ao absurdo de vermos nos livros de historia do 2º grau, inclusive de escolas privadas de alto nivel, apenas meia página dedicada à imigração europeia, contra centenas de páginas enfatizando o trabalhop escravo e de nordestinos como sendo o responsável pelo progresso dessas regiões. Ora, após a década de 80 o que se viu foi REGRESSOn no sul do pais, tanto em termos materiais quanto intelectuais, academicos, culturais, etcc..
Os botocudos tomaram conta!!
Uma geração inteira terá que trabalhar em vão para recuperar o campo perdido, se começar agora.
Comentário abaixo, postado acima, é meu.
.....
O professor baiano falou o que devia ser dito com mais constancia em todo o Brasil.
Todo brasileiro, filho/neto/bisneto de imigrantes europeus, que tenha nascido de São Paulo, inclusive, para baixo, aprendeu desde a primeira infancia que o problema do Brasil era esse, e sempre acreditou que iria mudar o Brasil pelas elevando o nível do pais ao nivel do sul, colonizado e desenvolvido pelos imigrantes.
Infelizmente vem ocorrendo o contrário com o sul sendo totalmente desnivelado em relação ao que era até a decada de 80, chegando ao ponto de elegermos um cara que se vangolria de ser ignorante. E ao absurdo de vermos nos livros de historia do 2º grau, inclusive de escolas privadas de alto nivel, apenas meia página dedicada à imigração europeia, contra centenas de páginas enfatizando o trabalhop escravo e de nordestinos como sendo o responsável pelo progresso dessas regiões. Ora, após a década de 80 o que se viu foi REGRESSOn no sul do pais, tanto em termos materiais quanto intelectuais, academicos, culturais, etcc..
Os botocudos tomaram conta!!
Uma geração inteira terá que trabalhar em vão para recuperar o campo perdido, se começar agora.
joao gustavo diz:
Penso que o prof. baiano fez um comentario infeliz.É claro que lá , na Bahia, existe a questão da colonizaçao, a questao cultural, etc. Mas o problema é que o ensino, no Brasil, tanto o primeiro grau quanto o nível médio é sofrível.A responsabilidade dos governos anteriores(nao adianta reclamar, já foi) e desse atual (des) governo para com a educaçao é NADA, NENHUMA. NAO EXISTE MEC.Alô ministro Haddad, vamos colocar gente competente no MEC???
Além dessa realidade, temos um corpo discente-nossos queridos alunos--totalmente alienados, culturalmente e psicologicamente.
Estão na fase do gozo hedonista sem fim.Alguns se salvam, mas a maioria......
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