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segunda-feira, junho 30, 2008

Os jovens empresários da FIESP e os botocudos

Lendo a matéria que segue abaixo na íntegra e que está na Folha de São Paulo desta segunda-feira confirma-se um fato: já existe outro Estado dentro do Estado brasileiro. Leiam.

Os comentários estão abertos democraticamente, como é tradição neste blog. Notem que quem organizou a visita foi a ONG AfroReggae.

Não duvido que entre as pessoas que participam dessa ONG existem boas intenções. Mas quais os resultados concretos que decorrem dessas ações sociais se esses locais são completamente controlados pelos botocudos?


Dia ensolarado, um grupo de 24 integrantes do comitê de jovens da Fiesp deixa o hotel Everest, em Ipanema, para uma excursão às favelas do Rio.


Primeira parada: favela da Grota, no complexo do Alemão (180 mil pessoas concentradas em 23 favelas).

As duas vans estacionam ao lado de uma barricada da Força Nacional de Segurança, que protege obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A visita é organizada pela ONG AfroReggae, que garante livre trânsito. Logo no início da caminhada, o grupo se depara com um traficante, que exibe um fuzil usado para abater helicópteros.

"A ordem é não olhar nem fotografar. Foto só quando eu falar que pode", diz Johayne Hildefonso, diretor do AfroReggae.

Na favela de Vigário Geral, berço do AfroReggae, os visitantes são recebidos por um grupo de percussão.

Passa das 13h e a fome aperta: "Quando a gente vai para a Chupetinha?", pergunta o incorporador imobiliário Roberto Rizk. O feijão com couve na pensão da dona Chupetinha é parada obrigatória. Preço: R$ 10 por pessoa.

À tarde, o grupo visita núcleos do AfroReggae em três favelas. Neles, são oferecidos cursos de música, dança e informática.

Em todos, a dinâmica é a mesma: os visitantes trocam experiências com alunos e professores.

"A lição que fica é a capacidade do AfroReggae multiplicar lideranças, mantendo a motivação delas. Esse é o desafio das empresas", diz Pedro Gusmão, sócio de uma operadora de telefonia.

A visita do núcleo jovem da Fiesp termina na associação Parque Proletário, em Vigário Geral. Fundada em 1961, ela abriga um pequeno auditório.

Àquela altura, os "paulistas" já dançavam com os moradores na apresentação do grupo Afrosamba.

5 comentários:

Anônimo disse...

Jovens empresários da Fiesp? É, não têm o que fazer.
Tenho horror a turismo selvagem, essa coisa de ver a miséria (que é, realmente, uma miséria humana) com um quê exótico.

Anônimo disse...

A Fiesp fazendo claque para "projetos" do AfroReggae? Então já era... Estamos perdidos.
Maria Aparecida Nery

Anônimo disse...

O "Gran Circo Banania" ta cada vez mais hilario...KKKKKKKK

Anônimo disse...

Quando a FIESP se mistura com a gentalha então é o fim!!!
Estamos em plena apologia da delinquencia e da barbarie.
Afro-reggae e outras porcarias são sinonimo de MERDA! nada tem a dar de positivo e produtivo a sociedade humana, muito me espanta a FIESP se deslumbrar com tais malandros e vagabundos. É a cara do desastre da era lulopetista, o tempo da adulação da molecagem liberada.

Anônimo disse...

Moro próximo ao "Complexo do Alemão", onde a tal Força Nacional presta segurança (involuntária) ao tráfico enquanto o Afroreggae exibe um cartaz na entrada da favela em que afirma ser o Afro-reggae é o único meio de afastar os jovens do mau caminho. Se o reggae da Jamaica já é uma M*, imagine-se o afro, além de pretensioso é mentiroso... que essa não é a 1ª nem a 2ª vez que se fala do bom transito que essa ONG tem com lideranças do tráfico.