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quarta-feira, julho 30, 2008

É isso aí Mainardi. Fogo nos botocudos!

Falem o que quiserem do Diogo Mainardi. Mas é dos poucos polemistas que na grande imprensa nacional, já que a maioria dos articulistas já está joelhos ante o poder de Lula e seus sequazes. Cultiva boas fontes, sabe o que diz e, por isso, incomoda meio mundo.

Afinal, quem está mentindo através da grande imprensa e dos blogões a ela vinculados? Mainardi ou os anões e mascates do jornalismo? (designativos by Reinaldão).

Leiam como segue o texto do podcast do Diogo Mainardi. É fogo nos botocudos! O resto é jornalismo amestrado. Dá-lhe Mainardi:

A fraude brotou na internet. Uns blogueiros, que foram profilaticamente expurgados da grande imprensa, encontraram um jeito de faturar uns trocados do governo contando mentiras sobre mim.

Em particular, diziam que eu era ligado a Daniel Dantas. Inicialmente, tratava-se apenas de um cancan desolador em que uns homenzinhos desavergonhados eram pagos para erguer as pernas e mostrar os indumentos íntimos.


Fui vivamente aconselhado a ignorá-los, porque só meia duzia de otários acompanhava o que eles faziam. De fato, fiquei calado por sete meses seguidos, assistindo com desinteresse àquele espetáculo grotesco.

Quando um aloprado da PF, o delegado Protógenes Queiroz, incorporou a mutreta dos blogueiros ao seu inquérito, acusando-me de ser membro da quadrilha de Daniel Dantas, o caso se complicou um tantinho.


Tive de fazer uma coluna esclarecendo que aquela asnice era fruto de uma campanha difamatória rasteira, orquestrada e financiada pelo governo, que se serviu de uns desqualificados para tentar me enlamear.

Na última semana, a delinqüência parece ter contaminado mais um naco do estado, espalhando-se pelo aparelho petista como a tramóia da pirâmide. Depois da PF, foi a vez do Ministério Público Federal se engajar no jogo sujo. A procuradora Anamara Osório declarou o seguinte sobre mim:

- No Ministério Público, todos os procuradores têm plena certeza de que ele colaborava com o esquema Dantas.
Como assim? Quem deu o direito a essa procuradora de tentar me incriminar através de uma calúnia soprada para um blog? Quem ela pensa que é? Isso é fascismo.

Li que a procuradora Anamara Osório cuida do caso Kroll, a empresa contratada por Daniel Dantas para espionar a Telecom Italia. Nesse caso, antes de me acusar de maneira absurdamente leviana, ela deveria ter se informado a meu respeito com a antiga diretoria da Telecom Italia, aquela que combateu a Kroll.

Isso teria evitado que ela quebrasse a cara de um jeito vexaminoso. Paolo dal Pino, o presidente da Telecom Italia na época da batalha contra Daniel Dantas, é meu amigo fraterno.


Nossa amizade sempre me impediu de considerá-lo uma fonte. Mas ele acompanhou de perto meu trabalho. E me apresentou a uma penca de dirigentes da Telecom Italia.

Com o tempo, esses dirigentes se tornaram minhas fontes, e me ajudaram a entender o que ocorria no setor de telefonia, fornecendo-me documentos e testemunhos diretos do envolvimento da companhia com o governo. Daniel Dantas? Daniel Dantas era o inimigo dessa gente toda. O inimigo de minhas fontes.

Em todos os meus artigos sobre o assunto, fiz o contrário do que fez a procuradora Anamara Osório, que se baseou apenas na vagabundagem da internet para me acusar.


Eu sei lidar com os vagabundos da internet. Eu sei também que, quando eles emporcalham a PF e o Ministério Público, é preciso reagir. Estou aqui, reagindo. Pela última vez.

3 comentários:

Anônimo disse...

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Antes eu gostava de ler as disputas e controvérsia do Mainard! Agora, depois de me acostumar com o seu estilo, vejo-me apenas lendo reciclagem de assuntos parecidos com nomes diferentes. Sinto que sua vontade de se auto-envolver e de se autoflagelar é o que cria o seu “repetoir”, diante de situações que ao meu ver , sua presença não cheira nem fede!

Isso é apenas uma opinião.
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Maria do Espírito Santo disse...

Direi, portanto, o que tenho a dizer: em terra de cego, quem tem um olho é rei.
O que não significa que o olho único desse rei metafórico tenha que ser necessariamente torto. Nem o olho, nem as idéias e muito menos o comportamento.
E não significa também que quem não goste do estilinho estiloso do rei, esteja do lado da mentira e da infâmia.
Há várias razões pra não se gostar da escrita de uma pessoa, para além das razões ético-políticas.
E não gostar do texto do rei Mainardi não implica em gosto pelas atitudes da procuradora Anamara Osório.
Entre uma execrável e um narcisista, o segundo não prejudica a ninguém.
De qualquer maneira, Aluízio, no Império dos Botocudos, é compreensível que se tenha um Diogo Mainardi em alta conta.
Como dizia o velho menestrel maldito, Juquinha Chaves:
Muitos falam, poucos ouvem,
a verdade é sempre igual,
é que existem um só Beethoven
pra mil Carlos Imperial.
Lamentavelmente não há, se é que um dia houve, um Beethoven por aqui.
Mas, pelo menos, o tom deste último texto mainardino foi bem menos, mas bem menos arrogante do que costuma ser.
Pela primeira vez eu senti indignação nas palavras do belo caçador de antas.
Bom sinal!
Não se julgar muito mais esperto do que o inimigo é um bom princípio.
Dioguinho está crescendo... Nunca se deve desprezar o oponente - quem já fez qualquer modalidade de luta oriental sabe muito bem disso!-
Antes indignação do que jactância.
Um dia Dioguinho Mainardi chega lá...

Anônimo disse...

Exatamente, Aluizio.

Diogo Mainardi, além de ótimo escritor, é um dos raros articulistas que não oPTou pelo caminho mais cômodo e vantajoso, ou seja, bajular o demagogo de plantão.