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sábado, julho 12, 2008

Operação policial contaminada pela ideologia

O que segue após este prólogo é um dos resumos do conteúdo da reportagem de Veja que foi às bancas neste sábado e que está em seu site.

A reportagem troca em miúdos explicando de forma clara e em ordem, todo esse cipoal de contradições que envolve o rumoroso inquérito aberto pela Polícia Federal. Leiam em seguida, em post logo abaixo, a análise que apresento a respeito

É gratificante ver na Veja aquilo que, de certa forma, intuímos neste blog ao longo dos últimos dias. Eis um aperitivo do que Veja descobriu. Exemplo de jornalismo. O resto é viagem ideológica de catadores de caraminguás petralhas:

A Polícia Federal encontra-se hoje dividida entre uma parte boa e uma banda ruim. A primeira é comandada pelo delegado-geral Luís Fernando Correia.

Além de estar empenhado em limpar a polícia federal dos quadros corruptos, ele quer melhorar a qualidade técnica dos policiais federais, para, desse modo, produzir inquéritos e ações mais bem fundamentadas.

A banda ruim, por sua vez, age à revelia do delegado-geral, conforme explica uma reportagem de VEJA desta semana.

Esta banda ruim obedece a instintos de vingança pessoal e política, o que enfraquece o trabalho policial e lhe tira a substância e o vigor e necessários para prevalecer na Justiça.

Paulo Lacerda, ex-delegado-geral da PF e hoje na direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem ainda devotos na instituição que comandou e há a suspeita de que eles cumpram missões a seu pedido.

O inquérito produzido pelo delegado federal Protógenes Queiroz, que embasou o pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas, é produto desta banda.

O texto é confuso, eivado de convulsões ideológicas e pródigo em julgamentos sem nenhuma base na realidade. É um exemplo de como não deve ser conduzido um trabalho policial com ambição de ter impacto no resultado final do julgamento sobre seus alvos, como mostra a reportagem.

O inquérito tem relatos imprecisos sobre os investigados e intermináveis transcrições literais de grampos telefônicos a partir dos quais são feitas suposições e emitidas opiniões.

Ao fim e ao cabo, o amadorismo demonstrado pelo delegado Protógenes, como diz a Carta ao Leitor da presente edição da revista, facilitará, provavelmente, a impunidade dos acusados.

Daniel Dantas e o especulador Naji Nahas decerto têm muito a explicar à Justiça, mas nada do que realmente interessa ou possa levá-los a uma condenação está no inquérito que motivou a prisão de ambos e
dos demais envolvidos. (Grifo meu).

(Leia mais sobre isso no site de Veja).

3 comentários:

Anônimo disse...

Ah, mas que bom que a Veja vai dizer qual é esse "muito a explicar à justiça".

Anônimo disse...

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Aluízio escreveu, “Daniel Dantas e o especulador Naji Nahas decerto têm muito a explicar à Justiça, mas nada do que realmente interessa ou possa levá-los a uma condenação está no inquérito que motivou a prisão de ambos e dos demais envolvidos.”

É impressionantes o número de pessoas com os mais diferentes títulos na cadeira de Direito que estão em desacordo com a sua opinião em relação a Daniel Dantas. Alguns explicam detalhadamente como um processo judicial deveria se desenrolar dando nomes as diferentes fases dos trâmites. Nenhuma acredita que um cidadão que não tenha grandes regalias providas pelo estado ou judiciárias teria duas prisões e dois Hábeas Corpus impetrados no mesmo dia e principalmente com a interferência de um ministro que vem de cima para interferir nas baixas instâncias. Não sou jurista e estou comentando como leigo! Não conheço os termos nem jargões da classe, então abstenha-se ao assunto em si.

Esses são os tipos dos comentários que menciono acima:

“P.M.K.
Acho que você (Reinaldo Azevedo) não leu a determinação nem de Mendes e nem de De Sanctis.
Os motivos para manter DD na cadeia são claros, falam por si só. As provas condizem fidedignamente com a acusação da PF.
Que você discorde dos métodos da Polícia Federal, tudo bem; mas contra fatos devidamente comprovados não há argumentos.
Também sou magistrado e concordo integralmente com a proposta dos procuradores. Mendes afirma não haver provas. Porém, há.”

Só existem duas razões para sua preocupação com a prisão preventiva do D.D. Ou você está ficando de miolo mole ou o seu blog começou a arrecadar caraminguás.
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Aluizio Amorim disse...

A Veja não vai dizer. Já disse quase tudo, senão tudo. Elencou 20 questões para a polícia investigar. Acha pouco, Jack?