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sexta-feira, agosto 01, 2008

A imprensa de joelhos ante o poder petralha

Teremos mais uma vez que esperar a revista Veja deste final de semana para saber mais a respeito da grave denúncia da revista colombiana Cambio, que revela uma intensa troca de correspondência via e-mail entre o embaixador das FARC no Brasil e o então chefão do narcotráfico Raúl Reyes, morto pelas forças de segurança colombianas quando se escondia no Equador.

Tal correspondência estava gravada no computador de Raúl Reys que foi apreendido pelas autoridades colombianas.

Conforme os posts abaixo, apresentei um resumo fornecendo os links para o site da publicação e pincei uma das correspondências que envolve, sem citar nome, um deputado aqui de Santa Catarina, estando este blog entre os primeiros veículos de comunicação que trouxeram ao conhecimento dos brasileiros mais esse rumoroso escândalo.

A grande mídia correu atrás do prejuízo. E a esta hora madrugada a matéria que está no site do Estadão, por exemplo, é apenas um copidesque de agências internacionais de notícias. Vejam que não é qualquer pasquim de subúrbio, mas um dos maiores veículos de comunicação impressa do Brasil e que está seguramente entre os maiores e mais tradicionais do mundo. No entanto, fica apenas no plano do jornalismo declaratório e, ainda por cima, se vale de agências internacionais.

Ao invés do jornalismo investigativo, o copidesque chulé ou declaração de autoridade.

O texto que está no site do Estadão reporta que o governo nega qualquer envolvimento com as FARC e, no finalzinho da matéria, há informações colhidas de “fontes próximas ao governo federal” onde se pode notar que, de forma sub-reptícia Lula e seus sequazes já estariam montando uma estratégia para posteriormente desovar uma história capaz iludir a opinião pública ou, pelo menos, apresentar uma versão palatável na tentativa de enterrar a denúncia.

Senão, vejam como é concluída esta matéria do Estadão:

“Pessoas próximas ao Planalto ouvidas pelo estadao.com.br classificaram as acusações da revista como "infundadas" e sugeriram que a divulgação dos e-mails pode fazer parte de uma campanha contra o governo brasileiro por parte da revista, que seria de propriedade do irmão do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos. O ministro teria sido contrariado pela adesão da Colômbia à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), anunciada por Uribe no último dia 19”. (Confira a matéria na íntegra).

Deu para pescar a coisa?

Antes que eu me esqueça, no site do Bob, leia-se Terra, o título da matéria relativa às denúncias da revista Cambio, é o seguinte: “Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula”.

Estão vendo? As FARC apenas “tentaram” influenciar o governo petista, embora este tenha dado emprego na Secretaria da Pesca à mulher de Olivério Medina, o embaixador das FARC no Brasil, o fecundo missivista que trocava permanente correspondência com o terrorista-chefe Raúl Reyes.

O que está escancarado pela revista colombiana em sua matéria de capa intitulada “Dossiê Brasileiro”, apenas confirma o contubérnio entre o petismo comandado por Lula e seus sequazes e os narco-terroristas, como de resto já era um fato conhecido. Os terroristas inclusive estiveram presente em recente encontro do Foro de São Paulo no Uruguai. No YouTube há vídeo com Lula falando, ele mesmo, a respeito da importância do Foro de São Paulo, uma entidade que reúne o bando de trambiqueiros latino-americanos que se auto-intitula esquerdista.

Realmente o jornalismo pátrio (êpa!) está completamente amestrado, ele também em permanente contubérnio com um governo que até hoje foi incapaz de posicionar-se francamente contra o deletério narco-terrorismo que já destruiu o Rio de Janeiro e se espalha pelo país conspurcando a Nação brasileira.

E não há ninguém com coragem de enfrentar essa maldição.

Ao invés da seriedade e da honradez, a mentira torpe que enxovalha o que resta de altivez nesta Nação.

E se não bastasse toda essa sordidez, o ministro da Justiça, Tarso Genro, ao invés de promover a paz, a concórdia e a segurança pública fundada no respeito à lei e à ordem, anuncia um evento para condenar militares e policiais envolvidos na repressão ao terrorismo durante o período militar, desenterrando o que foi sepultado com a lei da anistia.

Os cidadãos de bem querem saber é do presente e do imediato futuro. Querem saber é de trabalho, segurança, saúde, educação, emprego e desenvolvimento econômico.

Às favas com o passado. Os cidadãos brasileiros de bem já disseram não à ditadura. Não a qualquer tipo de regime que atropele a democracia, fato consagrado pela memorável campanha das “Diretas Já”. E sem terceiro mandato.

Antes o Brasil era o país do futuro. Agora com os petralhas no poder é o país do passado. Vade retro!

2 comentários:

Stefano di Pastena disse...

Aluízio, mais uma vez você foi no ponto. Nunca imaginei que a imprensa nacional pudesse ser tão canalha, com raras excessões.

O Lulismo vai deixar um rastro de destruição institucional que dificilmente será apagado.

Anônimo disse...

Há coisas nas quais um jornalista – não tendo o tempo necessário – não deve se meter pois acabará jornal de ontem e terá de escrever um livro gigantesco para o qual ninguém mais estará interessado. "Stalin bebia vodka com suco de cenouras?". Informações demais também levam a imprecisões. Precisá-las no dia seguinte é tarde. O jornal já saiu. A esta altura, o jornalista já terá sido obrigado a tomar um lado e, na maioria das vezes, o errado e com isso leva muita gente a errar com ele.

Dizia-se que futebol não tinha lógica. Tem e chama-se dinheiro, principalmente agora quando há mais atletas alfabetizados do que jornalistas. O fato de o campeão brasileiro quase ser rebaixado de divisão no seu Estado também ajuda, não?

Outra coisa que dizem não ter lógica é a política. Terá sido a falta de lógica ou o poder da TV Globo e dos bancos quem elegeu Colllor? Terá sido falta de lógica ou as ONGs fardadas e civis americanos com a ajuda de "esquerdistas fanáticos" que terá derrubado Jango? E a cachaça é suficiente para explicar o fenômeno Jânio Quadros?. Ainda mais recentemente no Brasil, terá sido falta de lógica do PSDB manter Alckmin, um candidato literalmente medíocre, para combater Lula? Ninguém está mais feliz que o PSDB com o caos brasilis. Se der certo, a idéia partiu deles e se de errado partiu do governo. De qualquer modo, levará sua comissão, pois o governo precisa de alguém que o combata oficialmente. Isso não significa que o repórter não possa ultrapassar a superfície. Eu, por exemplo, sou cristão e comunista, mas, nem por isso, deixarei de criticar a esquerda como faço abertamente esses dias com nossa falsa esquerda, pois meu escopo é a verdade e minha missão é levá-la aos leitores. Quando descubro meu erro destaco-o com a mesma veemência quanto antes o combati.

Não me sinto absolutamente paranóico ao afirmar que o mundo está ficando, cada vez, bem mais ignorante filosoficamente e que esse doentio materialismo nos poderá levar ao suicídio. Existem certos valores – honra, dignidade, honestidade, amor, verdade – que não podem ser postos de lado em qualquer discussão política adulta, não é mesmo? É, de fato, porque esperam o verdadeiro Messias que lutam os judeus? Garotos árabes realmente estarão morrendo porque os esperam no céu não sei quantas mil virgens? Os cristãos realmente acham que Jesus nasceu de uma virgem? É claro que não. A coisa toda é petróleo, armas, poder, terras. A religião aí entra apenas como catapulta para religiosos fanáticos e ignorantes. Nos Estados Unidos o povo sempre foi enganado pelos republicanos que queriam a lei, a ordem, a temperança e segregação. Os democratas queriam a liberdade e integração. Essas plataformas eram os chamarizes de votos. Os democratas eram os "amantes dos negros" e os republicanos os cavalheiros do Sul. Um deles, Bob Wallace, sujeito simpático, protestante classe média do Alabama, campeão de boxe e, posteriormente, advogado perdeu suas primeiras eleições por ter falado mal da Ku Klux Klan. Da segunda ou da terceira tentativas elegeu-se quatro vezes seguidas com os votos segregacionistas e, quando concorreu com Nixon e Humphrey, quase atrapalha a vitória do primeiro.

Num momento fundamental para o mundo, neste momento no qual Bush espera que o Partido de Cesar transforme o resto do mundo em colônias, é Partido preferido dos pobres, dos negros e liberais quem apresenta um jovem simpático, culto, bem informado, mas negro, árabe, nascido em Honolulu e com praticamente o mesmo nome de Bin Laden? Pessoalmente, embora seja contra governos conjugais, preferi Hillary Clinton, que tem o melhor programa de saúde pública do mundo (Hoje, americanos pobres viajam para Cuba para serem melhor tratados e por um preço quase 100% mais barato do que em casa). E Hillary vai acabar sendo derrotada por isso, pois não teve a cobertura necessária da imprensa e contou com a ignorância da população. Os dois têm praticamente os mesmos programas e pouco falam sobre a situação do Oriente Médio. Durante o primeiro governo Bush convenci-me de que os "atrasados" republicanos estavam se modernizando ao colocarem um negro à frente da Defesa e uma negra como chancelar. Provavelmente existem pessoas mais qualificadas do que Powell e Rice, mas ambos são negros e só esses votos representam milhões. Agora, porém, na hora do pega para capar, os democratas apresentam um negro islâmico como seu candidato. Não há tantos negros islâmicos nos EUA, mas os há em número suficiente para derrubar aquele "árabe que esta mandando matar nossos rapazes". Faria mais sentido o contrário. Levando-se em conta a inteligência média do eleitor americano pode ser que estejam confundindo Barak com Borat, o comediante judeu cujo filme sobre um repórter do Cazaquistão nos Estados Unidos fez rir judeus, árabes e, dizem, até a Ku Klux Klan.