Não é só o governo de Roraima, onde fica a terra indígena Raposa/Serra do Sol, que polemiza com o governo federal por causa da demarcação de terras indígenas. Outros três Estados têm disputas com a União no Supremo Tribunal Federal.
Rio Grande do Sul e Santa Catarina são alvos de ações da Funai (Fundação Nacional do Índio) no Supremo, enquanto o Pará questionou um decreto disciplinando demarcações.
Segundo levantamento do STF, tramitam atualmente ao menos 114 ações sobre terras indígenas no tribunal. A Funai reclama de uma "judicialização" dos procedimentos de reconhecimento de terras.
A ação mais recente no STF sobre o tema envolve Santa Catarina. A União e a Funai ajuizaram ação no STF para garantir a demarcação da terra Ibirama Lá-Klanô, na região de Vítor Meireles (264 km de Florianópolis).
A área, onde vivem 1.300 índios, tem o tamanho de 88 parques Ibirapuera.Cerca de 300 proprietários de terra foram à Justiça Federal na tentativa de revogar determinação do Ministério da Justiça de fazer a demarcação.
O governo do Estado aderiu à ação como parte, junto aos autores do questionamento. O caso acabou indo ao STF em abril.
O governo catarinense diz que a União quer ampliar a área indígena sobre terrenos que são de agricultores desde o século 19.
Também contesta duas ampliações e duas demarcações de terras no oeste do Estado, onde um fazendeiro foi morto em confronto com caingangues há quatro anos.
No Rio Grande do Sul, a Funai contesta atuação do governo estadual numa área conhecida como Toldo Indígena Ventarra, em Erebango (376 km de Porto Alegre), onde vivem índios caingangues.
A fundação diz que o Estado, nos anos 60, deu posse a agricultores na área indígena. Ao STF o órgão pede revogação dos títulos.
O procurador-geral-adjunto do Rio Grande do Sul, José Kliemann, confirma a concessão. "Na época, a ação foi legítima, não havia certeza quanto à titularidade da terra. As pessoas que lá estão não receberam de má-fé ou invadiram."
O governo do Pará contestou por 14 anos decreto presidencial que regulou procedimentos de demarcação de áreas indígenas.
O Estado pediu a impugnação de homologações que se basearam na lei. Segundo a Procuradoria Geral do Estado, a governadora Ana Júlia Carepa (PT), ao assumir, desistiu da ação e pediu arquivamento, que ainda não ocorreu.
Roraima, além da Raposa/ Serra do Sol, também contesta homologação da terra indígena São Marcos, vizinha da Raposa.
O coordenador-geral de identificação e demarcação de terras indígenas da Funai, Paulo Santilli, diz que as disputas judiciais desvirtuam o processo de demarcação. "Há espaço para contestações já no âmbito administrativo. No início do processo, são considerados todos os interesses afetados." (Da Folha de São Paulo deste sábado).
MEU COMENTÁRIO: O Supremo Tribunal Federal tem de colocar um ponto final nesse desvario dos politicamente correto oportunistas do PT.
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3 comentários:
Olá, Aluizio.
Adorei este trabalho. Embora tenha que admitir que nós não temos desses problemas dado o pouco significado que temos.
Parabéns
Salve, David.
Obrigado pelo seu comentário e o apoio.
Abraço do
Aluízio Amorim
Querem entregar é para o "patrão" deles, o chamado "governo mundial".
Só cego para não ver que o Brasil voltou à condição de colônia do capital internacional!
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