Em abril de 1896, aos 29 anos de idade, o escritor britâncio H. G. Wells lançava um novo e surpreendente romance: A máquina do Tempo, seguindo esse tipo de ficção literária que muitos críticos denominaram então de “romance científico”.
Wells não poderia ter sido mais clarividente a respeito do futuro da sociedade humana.
Pincei do site de Veja o trecho que segue após este prólogo relativo a uma reportagem daquela época. Costumo sempre visitar o site de Veja, que reputo como o melhor site informativo da imprensa brasileira.
Leiam, tirem as suas conclusões e identifiquem quem são os Murdock deste século. Wells foi diretamente ao ponto: no futuro teremos um mundo estéril e rasteiro, fútil e sem esperança. Nós estamos no futuro previsto por Wells.
Um passeio na máquina e o personagem se vê no ano 802.701. O planeta Terra está completamente desfigurado, com a humanidade dividida em duas raças: os Eloi, seres diminutos e ociosos que vivem na superfície, e os Murdock, canibais subterrâneos.
O viajante percebe que os primeiros são a evolução da aristocracia, e os segundos, a descendência da classe trabalhadora. É por meio do relato da infausta rotina de cada um dos grupos e de sua convivência nada harmoniosa que Wells despacha sua real mensagem, uma crítica social com pinceladas marxistas e evolucionistas.
É mister noticiar que, na Escola Normal de Ciência, em Londres, o autor foi aluno de T. H. Huxley, notável discípulo do naturalista Charles Darwin. Filho de um jardineiro e de uma serviçal, o britânico, porém, não toma parte na pendenga de classes, nem apela para o maniqueísmo, como alguns poderiam esperar.
Ao colocar o leitor como passageiro da máquina do tempo, Wells nos mostra que, nessa toada, urdiremos um mundo estéril e rasteiro, fútil e sem esperança. Então, só nos restará torcer para que excursões intertemporais já sejam uma realidade. (Para ler tudo clique AQUI).
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