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sexta-feira, outubro 24, 2008

Aumentam saques dos fundos de investimento

Os fundos de investimento do Unibanco sofreram saques correspondentes a 9,94% do patrimônio líquido nos últimos 30 dias (até o dia 21), o equivalente a R$ 4,7 bilhões. Atualmente, o patrimônio dos fundos do Unibanco é de R$ 41,8 bilhões.

A perda do Unibanco é o pior desempenho, em levantamento feito pela Agência Estado, entre os maiores bancos brasileiros - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, ABN Amro, HSBC e Santander. (Leia MAIS).

ME COMENTÁRIO: os endinheirados sempre chegam primeiro e vão raspando até o fundo do tacho.

No final das contas, quem mais sofrerá com esta crise é a classe média. Sempre ela.

Mas até que não é mau não. Para aprender definitivamente a defender os seus interesses e não cair, como está caindo, na conversa mole de Lula e seus sequazes.

Vejam por exemplo: em Joinville parte da classe média local caiu na conversa mole do lulismo e é capaz de eleger um prefeito petralha neste segundo turno.

Olha, gente. Ainda há muito tempo para virar este jogo.

Peguem as bandeiras e vão para as ruas defender os seus interesses.

Ou se rendam aos petralhas que vão tungar todas as suas economias.

Dos tubarões eles não tungam, porque são amiguinhos deles. Dos pobres não dá, né, porque não têm nada para dar.

Sobrou você, eleitor da classe média que paga impostos e taxas.

Os petralhas se preparam para meter a mão nas suas economias sem dó nem piedade.

FOGO NOS BOTOCUDOS! FOGO NELES!

Um comentário:

ÁLVARO JUNQUEIRA disse...

Sobre Joinville, esse texto do Reinaldo Azevedo, de setembro de 2007, cai como uma luva, pois os antípodas são, um, similar, outro, idêntico.
Sutilezas necessárias, sorry...
Segue texto:

O petismo não é um malufismo. É muito pior. Ou: do que é imoral e do que é amoral
O PT, além de carregar todos os males da esquerda — a começar da suposição de que seus partidários cometem crimes para o nosso bem —, associou-se a tudo o que havia de nefasto na chamada política tradicional, alçando o assalto aos cofres públicos a uma categoria de pensamento.
Maluf era menos deletério para a política brasileira do que Lula e o PT. Aquele sempre teve a cara da exceção, do desvio, do que estava fora da norma. Estes outros, ao contrário, querem transformar a sua prática em medida de todas as coisas. Estou bem à vontade pra falar. O ex-governador sabe o que penso dele e, por isso, me processou. Ganhei. Num programa Roda Viva, há coisa de três anos, por aí, dei um xeque-mate nele no ar: “Olhe para as câmeras e diga que as autoridades suíças estão mentindo quando dizem que o senhor tem dinheiro lá”. Ele, é evidente, não disse: “Esssto é você que está deeezeeenndo, Reinaldo”. Sendo quem é, reitero, ele é menos deletério.
Por quê? Recorro a uma metáfora sempre freqüente quando o assunto é política: doença. Maluf pode ser uma gripe, às vezes, uma pneumonia — quem sabe uma dessas perebas de pele de que as pessoas são vítimas: não mata e também não sara. Fica ali, infernizando a vida. Mas se trata apenas de achar o remédio adequado. O organismo ainda está saudável, embora hospede alguma estranheza. O petismo é diferente. É daquelas doenças que alteram o código genético do organismo, que causam deformidades, que podem ser transmitidas a gerações futuras. Não se resolve pontualmente porque o mal que faz se entranha na própria natureza do sistema.
Vejam só: a cada vez que Paulo Maluf, para incredulidade de quase todos, nega as coisas que lhe atribuem, o sistema político se lembra de que tem de ser decente. Vale dizer: distingue-se o certo do errado. Por que ele nega? Porque ele sabe que a acusação que lhe fazem não é coisa bonita; ele não tem explicação pra ela, além do surrado: “é coisa dos meus adversários”. Ele não nos pede que o aceitemos com as suas, digamos, “particularidades”. Já com o PT é diferente. A síntese de seu discurso poderia ser esta: “Fizemos, sim; todo mundo faz, e vocês só estão nos acusando porque são preconceituosos”. Quando isso se dá, o mal se estabelece no coração do sistema.
A partir deste momento, estamos todos convidados a ver com outros olhos a corrupção. Ela passa a ser uma espécie de aliada necessária. Em vez de combatê-la, somos chamados a compreendê-la. O que quero dizer é que o malufismo morrerá com Maluf, mas o petismo pode sobreviver ao próprio Lula porque lhe é, inclusive, anterior. Ele nasceu junto com o primeiro homem que decidiu cometer um crime afirmando estar fazendo um bem. Em suma, é mais fácil reconhecer e combater a imoralidade do que a amoralidade.