Os reflexos da crise americana já alcançaram o Brasil. O primeiro sintoma é o arrocho do crédito. E parece que não tem volta. Isto indica o início de um período de recessão, segundo se pode deduzir de matéria que está na Folha de S. Paulo desta quarta-feira.
Mesmo que o pacotão de Bush seja aprovado não se pode esperar milagre. A conta terá que ser paga.
Continuo torcendo para que os americanos aprovem logo as tais medidas. Quanto mais demorar, pior para todos e, em especial, para os assalariados.
A crise financeira nos EUA e a alta da Selic (a taxa de juros básica da economia brasileira) resultaram no encarecimento de crédito e na redução de prazos de financiamento para os consumidores neste mês.
Levantamento preliminar da Anefac (associação de executivos de finanças, administração e contabilidade) mostra que a taxa média de juros cobrada dos consumidores em setembro está em torno de 7,45% ao mês e de 136,85% ao ano. No mês passado, a taxa era de 7,39% ao mês (135,27% ao ano).
Os prazos de financiamento, que chegavam a 36 meses, principalmente para a aquisição de veículos, não passam de 24 meses. As lojas que ofereciam até 24 meses para pagamento de produtos eletroeletrônicos e de informática reduziram esse prazo para até 12 meses, segundo levantamento da Anefac.
"As instituições financeiras estão mais seletivas na concessão de financiamento, cobrando juros mais altos e reduzindo os prazos de financiamento, especialmente neste mês, por conta da crise nos Estados Unidos", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.
Se o pacote para socorro financeiro dos bancos nos Estados Unidos for aprovado nesta semana, é provável, na avaliação de Oliveira, que as instituições mantenham os prazos de financiamento verificados neste mês. "Caso contrário, os prazos devem diminuir ainda mais e o crédito, ficar mais caro." (Assinante lê MAIS).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
houve aviso para as empresas brasileiroas tomadoras de dólares americanos em operações de crédito de que esses deveriam ser pagos e que nao haveria mais rolagens de posições.
a tal liquidez internacional pode-se dizer é igual a zero.
quem tem dinheiro vai ter de gastar para pagar dívidas.
quem nao tem muda de nome, de Zé passa a se chamar inadimplente.
e os 80% de aprovação... vai pro saco do sapo.
minha opinião...
ahahahahahahahahahahahah
Recessão é a solução. Recessão é o remédio. O Bush e os democratas estão errados. Os republicanos estão certos por não aprovarem a impressão de mais dinheiro.
Colaborando para que possamos entender melhor a crise:
01/10/2008
Estados Unidos da América: o país onde o fracasso é recompensado.
Na atual crise financeira, o modelo de capitalismo dos Estados Unidos implodiu com um grande estrondo.
Mas o governo Bush está tentando extinguir as chamas com mais combustível, em vez de água, e quer que os apostadores de Wall Street sejam recompensados pelo fracasso
Gabor Steingart
Em Washington (EUA)
Mais de cem anos atrás, o sociólogo alemão Georg Simmel criticou os bancos por ficarem cada vez maiores e mais poderosos do que as igrejas. A sua principal queixa - a de que o dinheiro é o novo deus dos nossos tempos - ainda é ouvida nos dias de hoje. Se Simmel estava certo, e há indicações de que de fato estava, a declaração teria que ser modificada para coadunar-se com as circunstâncias atuais: nem todo mundo reza para o mesmo deus.
Entre o grupo de adoradores de dinheiro, existem pelo menos três fés. A primeira é a dos Puritanos, que carregam pacientemente o dinheiro deles para as novas igrejas, esperando que ele se multiplique. O chinês típico, por exemplo, deposita 40% dos seus rendimentos em bancos. Que disciplina louvável! E há também os Pragmáticos. Estes poupam e emprestam, mas somente nesta ordem; a poupança é o fator que limita a ousadia deles. Esta linha é especialmente comum nos países germânicos, nos quais o banco de poupança é o templo religioso.
Finalmente, temos a comunidade religiosa dos Desinibidos, que é especialmente popular nos Estados Unidos. Os seus seguidores não se acanham em admitir a falta de cautela, o desperdício extravagante e a cobiça onipresente.
Eles chamam isto de "American way of life" ("estilo de vida americano"). Os seus membros vivem no aqui e no agora, sem fazer perguntas sobre o amanhã. Um empresta dinheiro ao outro, mesmo que o dinheiro não lhes pertença. Em vez disso, eles tomam quantias emprestadas com uma terceira pessoa, que prometeu conseguir o dinheiro com um quarto indivíduo - e assim por diante.
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2008/10/01/ult2682u958.jhtm
LULA interpretando a crise!!!
quá quá quá
http://blogdoclausewitz.blogspot.com/
E o "nosso guia" continua fazendo piadinhas.
Agora ele pede à equipe econômica que pensem no crédito para o Natal.
Como é que um cara como esse consegue ter 80% de aprovação?
Postar um comentário