O Senado dos EUA aprovou nesta quarta-feira, 1º, a nova versão do pacote de socorro às instituições financeiras. Foram 74 votos a favor e 25 contra. O governo estava otimista com a aprovação do plano, já que, depois de muitas negociações, foram incluídas medidas para atrair o apoio dos eleitores norte-americanos.
A expectativa agora fica pela votação do pacote na Câmara, que deve acontecer na próxima sexta-feira, 3. Na primeira votação, realizada na segunda-feira, 29, a Câmara rejeitou o pacote de socorro do governo Bush para o sistema financeiro, no valor de US$ 700 bilhões.
Algumas mudanças no plano
A primeira mudança no novo plano em relação ao primeiro é o aumento do valor dos depósitos garantidos - de US$ 100 mil para US$ 250 mil. O objetivo é aumentar a confiança - ou diminuir a desconfiança - na solidez dos bancos americanos, que ficariam menos expostos ao risco de uma "corrida" de correntistas.
Para que este limite de garantia seja ampliado, o projeto de socorro aos mercados financeiros do Senado dos EUA vai permitir temporariamente que a agência federal que garante os depósitos bancários norte-americanos, a FDIC (Federal Deposit Insurance Corp), tome empréstimos sem limites de valor do Departamento do Tesouro, informou o The Wall Street Journal. Isto é importante porque vai aumentar amplamente o poder da FDIC para garantir que os depositantes possam ter seu dinheiro de volta se seus bancos falirem.
Outra medida é a ampliação do prazo para a "marcação a mercado". Isso significa que os gestores de investimentos teriam mais tempo para ajustar o valor dos ativos que compõem a carteira de aplicações.
Desta forma, a forte oscilação que tem tomado conta dos mercados seria amenizada no resultado diário das aplicações, o que também tem o objetivo de diminuir a desconfiança dos americanos em relação aos seus investimentos, evitando a corrida aos bancos.
O plano que foi a votação no Senado trouxe ainda uma proposta de benefício aos desempregados. Os líderes dos dois partidos americanos ainda prometeram acrescentar ao pacote um projeto de corte de impostos.
Como o otimismo em relação ao pacote é bem maior no Senado, acredita-se que a decisão de votar antes na alta câmara do Congresso foi uma forma de colocar pressão sobre os deputados da Câmara dos Representantes, para que eles mudem seus votos. (Leia MAIS).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário