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terça-feira, outubro 14, 2008

SÃO PAULO SE CONDUZ

Um leitor do blog e mais algumas pessoas me chamaram a atenção para um artigo de Mauro Chaves na edição do jornal O Estado de São Paulo do último sábado, dia 11. Para quem não sabe as habilidades de Mauro Chaves vão da pintura à administração de empresas e a advocacia. Mas, além disso tudo é jornalista, daqueles que raramente se fazem hoje em dia.

Realmente seu texto intitulado São Paulo se conduz, que conservei no título deste post, está do tamanho exato. É uma direta no fígado dos poderosos do momento, mas com luva de velulo.

Segue o trecho inicial. Ao fazer esta postagem homenageio os paulistanos que conseguiram criar essa ilha cosmopolita num pais botocudo, multifacetada, a terceira cidade do mundo, mas que como bem enuncia Mauro Chaves não abre mão de seus códigos pelos quais se conduz e nunca se deixa ser conduzida. Non ducor, duco, é o lema inscrito em seu brazão.

É por tudo isso que os paulistanos vêem com um olhar de discreto espanto quão ridículo soa quando o Planalto trombeteia que lhe envia dinheiro e lhe dá ordens.


Esta eleição em São Paulo é, por si só, a comprovação prática das lições contidas nesta consistente análise de Mauro Chaves.

Leiam:


Por ser um cadinho étnico-cultural que mistura todos os povos do mundo a brasileiros de todas as regiões do País, a cidade de São Paulo é influenciada por todos, mas preserva sua sólida autonomia, não se deixando levar por ninguém.


Ninguém melhor do que os que vivem aqui para saber dos problemas de quem vive aqui. Foi considerando esse caráter, forjado na têmpera dos que daqui partiram para estender os limites do território nacional, que Guilherme de Almeida se inspirou ao inscrever no brasão desta cidade o lema "non ducor, duco".

E a História tem comprovado que, efetivamente, São Paulo não é conduzida, mas conduz - e, sobretudo, se conduz. Com todo o respeito a Brasília, Garanhuns ou Caetés.

Foi se conduzindo, sem tutelas externas, que São Paulo se tornou a terceira cidade do mundo, com um PIB de R$ 144 bilhões.

Foi sem ouvir palpites de fora que São Paulo alfabetizou 95,4% de sua população, construiu 205 hospitais, 120 teatros e casas de shows, 80 museus, 39 centros culturais, 12.500 restaurantes, 5 mil pizzarias, 72 shopping centers, 15 mil bares e 410 hotéis. São Paulo não precisou de opiniões de terceiros para realizar, anualmente, seus 90 mil eventos e feiras, nem para fazer funcionar suas 146 faculdades e 26 universidades, nem para agüentar suas mil academias de ginástica, suas 1.500 agências bancárias e até seus 5 mil pet shops.

Por que, então, São Paulo precisaria ser "conduzida" (de fora) para escolher seus governantes?

É por São Paulo não ser conduzida que parece descabido - se não ridículo - o receio de o Planalto "mandar para cá dinheiro para ambulâncias que fica guardado no banco". Pois São Paulo não é de "se mandar dinheiro para cá" - como oferenda.

São Paulo é que "manda dinheiro para lá" - para o resto do Brasil - com o volume de tributos federais gerados por sua produção.

Mas se verbas repassadas são aplicadas antes de chegar o momento de serem gastas, isso se chama responsabilidade fiscal, que é o simples hábito de só se gastar quando já se tem com que pagar. (Leia tudo clicando AQUI).

5 comentários:

Anônimo disse...

Realmente nosso País em termos de politica chegou na metade da fossa.
A inescrupulosa martaxa que dizem, até há pouco tempo corneava o bundão do marido e que se elegeu várias vezes graças a sua "ardorosa defesa" das ditas minorias de gays e lésbicas, mostrou agora a sua verdadeira identidade.
Trata-se de uma manipuladora cruel dessas mesmas minorias.
Quando era para receber votos deles, elogiava.
Agora, para cativar a parcela evangélica - que nem é tão pequena assim- passou a atacar os antes "discriminados" grupos GLS, através da tentativa de desmoralização do candidato Kassab lá em Sampa.
Essa é a verdadeira face do petismo. Sua falta de pudor e de caráter não tem limites!
Lá da Espanha, do alto de sua divindade, o apedeuta diz que ella exagerou no ataque...mas...pergunto o marqueteiro do pt não é o duda mendonça? que recebe em dólares lá no exterior?
Ah! elles não sabem de nada, o marqueteiro é que apronta.
Dá licença.....!

Anônimo disse...

Thanks, thanks, Aluízio... São Paulo não é nenhuma maravilha acabada, mas ai de quem fala mal. Além de razão, temos o pior repertório de expressões chulas pra rebater.

Anônimo disse...

Aluizio:
Quando trabalhava nos EUA, certa vez tive uma dor de barriga no meio da fábrica.
Corri para o sanitário mais próximo, imaginando que fosse uma "pocilga típica de peão".
Qual minha surpresa ao constatar que era um banheiro super limpo, decente.
Depois de aliviado, perguntei a um trabalhador (que mal falava Inglês), se "aquele era banheiro dos supervisores".
Respondeu-me que não, era da peãozada mesmo.
Diante de meu espanto - pois a fábrica empregava desde mexicanos, cubanos, porto-riquenhos e latinos em geral - disse-me ele que os supervisores avisavam a cada novo trabalhador que haveria demissão sumária caso o banheiro não fosse mantido limpo!
Mensagem às cidades ainda civilizadas: impor aos moradores e visitantes os "termos de uso", não ceder a essa tentação de "botocudo" de aceitar costumes estranhos e pouco civilizados...em suma, civilizar!
Em tempo, achei horroroso - ridículo - esses formandos índios com cocares e pinturas de guerra no dia da formatura!
Tudo tem sua hora e lugar, não acha?
A continuar essa palhaçada, breve teremos formatura na Agulhas Negras (e outras formaturas) com alguns cadetes/formandos vestidos de Batman, Robin, Mulher Maravilha (ôba!), Homem-Aranha...e por ai vai.
Tá virando palhaçada isso hein?
Abraço!
Antenor
antenor.morrinhos@gmail.com

Anônimo disse...

E veja o que estão querendo aprontar agora:

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/DEU EM O GLOBO

Consulta sobre Constituinte cria polêmica

De Isabel Braga:

A iniciativa de uma funcionária da liderança do governo na Câmara, chamada Aquina Brose, de solicitar ao Centro de Documentação e Informação da Câmara (Cedi) um estudo sobre "a possibilidade jurídica da convocação de uma Constituinte exclusiva" causou polêmica ontem no Congresso. Líderes de oposição reagiram com desconfiança à notícia, divulgada pela Rádio CBN, considerando que a convocação de Constituinte exclusiva para a reforma política, por exemplo, pode embutir o fantasma da defesa do terceiro mandato para o presidente Lula. A liderança do governo alegou que a consulta atende a um interesse específico da funcionária.

— Temos uma crise econômica e temos que nos preocupar com isso. Se for verdade (a consulta da liderança do governo), parece-me despropositado que o governo pretenda colocar no debate uma eventual Assembléia Constituinte. Nesse instante, cheira a uma idéia de permanecer no poder, de terceiro mandato — disse o líder do PPS Fernando Coruja (SC).

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), também considerou a iniciativa inoportuna:

— Ou é cortina de fumaça para encobrir a falta de medidas mais fortes para minimizar os efeitos da crise econômica mundial no Brasil ou trapalhada golpista. Uma insanidade esse movimento neste momento.

A liderança do governo na Câmara se mobilizou para negar qualquer movimento para viabilizar a reforma política por meio de Constituinte. Na versão da liderança, Aquina pediu o estudo, na última quinta-feira, para subsidiar um trabalho da faculdade de direito que cursa em Brasília. Segundo a assessoria, o líder Henrique Fontana (PT-RS), é contra o terceiro mandato e não solicitou ao Cedi estudo algum.

O preço da liberdade é a eterna vigilância!

Olha os botocudos querendo dar uma de Chaves, Correia e Morales!

Precisamos estar alertas!

Anônimo disse...

Prezado Aluizio
Agradeço sua menção a este anônimo,catarinense de coração mas sempre alerta e contra os petralhas, principalmente em São Paulo.
MAIS PONTO 50 NELLES!