Crises sempre fazem surgir líderes carismáticos

Reparem a reação das pessoas ovacionando Obama

A ascensão do nazismo deve-se, em grande medida, à crise econômica mundial advinda do crack da Bolsa de Nova York em outubro de 1929.

Esta crise foi se acelerando até 1932. A produção industrial, tomando por base o índice de 100% para 1929, baixou para 88,3% em 1930, 71,7% em 1931; 59,8% em 1932 e 66,8% em 1933, enquanto que o número de desempregados atingia 6 milhões, contra os 3 milhões registrados antes da crise de 1929.

Em 29 de janeiro de 1933, Hitler foi nomeado como primeiro-ministo da Alemanha.

Pouco tempo depois transformava-se no Führer, o chefe, com poderes totais e com o apoio da maioria dos alemães, dentre eles industriais e banqueiros. O resultado da ascensão do nazismo ao poder todos sabem no que resultou.

Episódios de crise sempre abrem oportunidade para o surgimento de lideranças carismáticas, nas quais as massas depositam a sua fé acreditando em seus poderes até mesmo sobrenaturais para mitigar os efeitos devastadores de uma crise. E crises são sempre econômicas.

O vídeo acima é a íntegra, em alta qualidade, do filme O Triunfo da Vontade, de Leni Riefesthal. E dá uma idéia concreta do que era o nazismo, já que é um documentário que foi especialmente produzido para alimentar a crença das massas nas qualidades do tirano, sua força e seus poderes sobrenaturais.

Quando vi aquelas massas em Chicago ovacionando fanaticamente Obama, querendo tocá-lo; quando vejo a unanimidade da grande imprensa a render-lhe sistemático destaque sem qualquer tipo de questionamento; quando vejo os tiranos louvar sua eleição, não posso subverter a história. Retorno no tempo para dela extrair algumas lições.

O mundo vive uma crise que pode ser pior que a de 1929. O país mais castigado por enquanto é os Estados Unidos, como foi a Alemanha na época do crack que derrubou as bolsas.

Um obscuro senador em primeiro mandato logra uma das maiores vitórias eleitorais já registrada nos Estados Unidos. Terá maioria em ambas as Casas do Congresso e no Colégio Eleitoral massacrou seu opositor chegando perto dos quase 100% dos votos.

Continuo torcendo para que tudo isso seja apenas um pesadelo.