Aqui a íntegra do podcast do Diogo Mainardi que está no site de Veja. Muito bom e, infinitamente muito melhor do que a papagaiada que está no site dos jornalões. Chegaram até despachar enviados especiais para o Quênia e foram buscar a história dos "Obamas".
Os jornalistas e seus jornais, como tenho dito aqui, tornaram-se ridículos, quando não mentirosos, pusilânimes e politicamente corretos até dizer chega. Da grande imprensa nacional meia dúzia se salva com louvor. Dentre esses Diogo Mainardi. Faz por merecer o sucesso que tem. Assino embaixo, meu caro Mainardi. Leiam:
Barack Obama ganhou. John McCain perdeu. Eu perdi com ele. Estou acostumado a perder. Meus candidatos quase sempre perdem. Quando um deles ganha, sempre dá um jeito de me envergonhar imediatamente. Por isso, é melhor assim. É melhor perder.
Barack Obama ganhou de John McCain em praticamente todas as categorias sociais: eleitores com mais escolaridade, eleitores com menos escolaridade, negros, latino-americanos, mulheres casadas, mulheres solteiras. Ele só perdeu entre os homens brancos.
Alguém muito tolo poderia acusá-los de racismo. Mas nos Estados Unidos o que acontece é exatamente o contrário: é o homem branco votar num candidato mulato apesar de acreditar que o candidato branco se sairia melhor no papel de presidente.
Alguém muito tolo poderia imaginar que os homens brancos de Indiana, depois de fechar suas farmácias e suas lojas de ferramentas, colocam um capuz pontudo e saem por aí linchando os negros.
Repito: alguém muito tolo. O debate racial nos Estados Unidos está mais para A Mancha Humana, de Phillip Roth, do que para O Homem Invisível, de Ralph Ellison.
O que menos importa em Barack Obama é sua mulatice. Ele próprio acredita nisso. Ridiculamente, ele está sendo tratado por todos como um Nelson Mandela, e os Estados Unidos, como uma África do Sul dos tempos do "apartheid". Calma. Muita calma.
Em seu primeiro discurso, na noite em que foi eleito, Barack Obama se comprometeu a resolver todos os conflitos internacionais sem recorrer ao poderio militar americano.
Se a Igreja Católica se arrependeu publicamente de ter queimado Giordano Bruno, agora os Estados Unidos se arrependeram publicamente de ter enforcado Saddam Hussein, o herege copernicano das arábias.
A imprensa americana errou na guerra do Iraque, publicando os relatórios passados pela Casa Branca e pelo Pentágono sem checá-los, sem apurá-los, sem investigá-los.
Com Barack Obama, ela repetiu o mesmo erro. A imprensa pode apoiar um candidato, como apoiou Barack Obama, mas sem permitir que esse apoio interfira na cobertura dos fatos.
O partidarismo dos jornais e das TVs contra os republicanos me incomodou tanto que, a certa altura, eu já estava defendendo apaixonadamente o Criacionismo.
Quando Barack Obama foi eleito, protestei dormindo com um abajur aceso. Pensei que meu ato ajudaria a derreter a calota polar, inundando a sala de estar de um ou dois colunistas do New York Times. Depois me lembrei que eu também moro no litoral. E desliguei o abajur. Fui derrotado. Outra vez.
5 comentários:
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“(...) desliguei o abajur. Fui derrotado. Outra vez.”
Sorry! Barack Obama is a winner! But as I can see, you are a looser in every angle… he,he,he,...
Eu tenho uma solução para você!
".......................e lasque!"
Desculpe aí pessoal. Esse cara é muito chorão!
Se bem que Mainardis é o que não falta por aí!_________________________________
Hehehehe...o Mainardi incomoda meio mundo...FOGO NOS BOTOCUDOS! hehehehe
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"Hehehehe...o Mainardi incomoda meio mundo..."
...mas não vamos nos esquecer que tem os que gostam do Mainardi e os que são apaixonados pelo Mainardi também!
O amor é cego!
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Esse pessoal do "pensamento único" é uma lástima. Não pode haver discordância: todo mundo tem que pedir "benção ao padrinho", quem discorda é "chorão"; putz, hehehe...
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alexandre, the great (moron),... mais um chorão!
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