Obama é o vencedor. Agora é torcer para dar certo.

Como vocês acabaram de ver em tempo real aqui no blog, John McCain reconheceu a derrota para Barack Hussein Obama, que é o novo presidente do Estados Unidos.

Em discurso conciso, porém forte e elegante, McCain reforçou a sua crença no poder americano e na força de seu povo e se colocou, como cidadão e político, disposto a colaborar no sentido de superar os desafios da crise financeira.

Parabenizou seu oponente frisando que a Nação americana já ultrapassou há muito as questões de preconceito racial que haviam manchado a sua história. E, com razão, insinuou que quanto a isso, não há mais o que discutir.

Destacou sua companheira de chapa, Sarah Palin saudando-a como uma nova liderança do Partido Republicano. Há indicações, portanto, que os próprios republicanos já sinalizam uma renovação interna.

Mas o resultado desta eleição decorre muito mais da crise econômica e da inabilidade política do Presidente George W. Bush do que de uma inclinação dos americanos em favor de políticas de viés populista ensaiadas por Obama.

Perante o mundo, os Estados Unidos, apesar da crise, dão uma demonstração de que são uma Nação eminentemente democrática, de instituições sólidas e intocáveis, de liberdade ampla e respeito ao individualismo.

São esses ingredientes que, afinal, possibilitam que chegue à presidência da República um afro-americano.

Desmentem também a grande mídia que se esforçou ao máximo, através de um jornalismo politicamente correto e mentiroso, que os americanos são racistas, rancorosos e segregacionistas e que poderiam estar mentindo aos pesquisadores dos institutos que mediam as tendências eleitorais. Quanto a isso, portanto, não há mais também o que se discutir.

Centenas de matérias foram veiculadas pelo jornalismo mentiroso insinuando a possibilidade de fraude na apuração dos votos. E tem mais: até hoje ficou a mentira sobre a eleição de Bush que teria sido fraudada. Mentirada!

A eleição de Hussein Obama aplica, de forma eloqüente, um cala-boca nos arautos do antiamericanismo.

Provavelmente os Democratas terão maioria tanto na Câmara e no Senado. Neste caso, Obama assume o governo da maior e mais importante Nação do planeta com muito poder.

Ao mesmo tempo, chega à presidência contando com um enorme capital político, mas sem qualquer projeto claro que vá além da promessa de mudanças.

Analistas da grande mídia politicamente correta têm insistido que Hussein Obama quer governar no sentido de mudar a cultura americana que se apóia no numa economia fundada na prosperidade e no consumo.

O impacto da execução de projeto desse tipo fará o gigante caminhar de forma mais lenta e isso afetará muito os países periféricos, como por exemplo aqueles que compõem a América Latina.

Sempre é bom lembrar que a locomotiva americana a todo o vapor significa a importação anual do resto do mundo de algo em torno de US$ 2 trilhões.

São os Estados Unidos, por exemplo, o destino principal das exportações brasileiras.

Neste caso convém torcer desde já para que a crise americana seja debelada e a mudança que Obama continua pregar neste exato momento em que profere o discurso da vitória, não implique no enfraquecimento econômico dos Estados Unidos e muito menos estimule a insegurança do mundo civilizado que sofre o assédio do barbarismo representado por tiranias aliadas ao terrorismo.

Na minha opinião o discurso de Hussein Obama foi fraco a consistiu em repetir o slogan de sua campanha: “nós podemos”, aludindo sempre à possibilidade de mudanças, deixando ainda em suspense quais suas reais intenções.

Resta torcer para que faça as mudanças certas. Boa parte do mundo depende de como o futuro governo americano agirá nos próximos anos.