Prossegue investigação sobre estupro da menina

MENINA NUA DESCEU ESCADA, CAIU E FOI SOCORRIDA POR UM RAPAZ

Quatro pessoas que estavam na festa em que houve o estupro de uma garota de 15 anos em Joaçaba, Meio-Oeste, foram ouvidas pela polícia ontem.

Uma delas disse que levou a adolescente para a casa dela, em uma cidade próxima a Joaçaba.

Depois do interrogatório, na presença de dois advogados, o jovem de 18 anos contou o que havia dito ao delegado Ademir Tadeu de Oliveira.

Segundo o rapaz, ele chegou por volta das 3h à festa, quando a violência sexual já havia sido cometida no banheiro.

Ao entrar na casa, o jovem viu a garota nua descer a escada e cair. Ele levantou a menina e a colocou no sofá.

Alguns participantes da festa o ajudaram a vesti-la.- Eu cheguei quando a festa já estava praticamente acabando.

O primeiro contato que tive com ela foi quando a vi cair na escada. Nós não nos conhecíamos pessoalmente, éramos amigos só no Orkut - relatou.

O estudante teria sugerido chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e avisar a polícia, mas a garota não quis.

O rapaz levou-a de carro para casa. Ele contou que a garota pediu para que não a deixasse em frente à casa da família, porque havia dito à avó que dormiria na casa de uma amiga.O delegado deve concluir o inquérito na próxima semana.

O documento incluirá as fotos do crime e o vídeo da violência sexual, gravado pelos envolvidos, além das conversas por MSN Messenger (programa de mensagens instantâneas) entre os suspeitos.

Vizinhos próximos à casa não conseguiram dormir na noite da festa.- Era muito barulho, uma algazarra bem grande, como as tantas que os inquilinos dessa casa já fizeram.

Por volta das 3h, levantei e vi uns 10 garotos no pátio. Falavam e gritavam muito alto. Eu estava prestes a chamar a polícia - contou um dos vizinhos que preferiu não se identificar.

Uma moradora se surpreendeu quando ficou sabendo que um dos suspeitos era seu vizinho adolescente.

- Ele sempre teve um comportamento tranqüilo, gostava de andar de skate na praça nos finais de semana - afirmou, pedindo que seu nome não fosse divulgado.

Conforme a polícia, a dona da casa onde aconteceu a festa é mãe de um dos suspeitos e não estava no local no dia do crime. Ela havia saído para trabalhar. (Do Diário Catarinense).