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quinta-feira, dezembro 18, 2008

BANCOS BRASILEIROS E A PIRÂMIDE MADOFF

DO JORNAL DO BRASIL - As perdas com as aplicações em fundos sob a gestão de Bernard Madoff (foto), ex-dirigente da bolsa Nasdaq preso na semana passada por liderar um esquema de pirâmide financeira, têm preocupado investidores brasileiros de private banks, áreas das instituições financeiras voltadas para gestão de fortunas.

As possíveis perdas são alvo de intensa especulação no mercado financeiro. Estima-se que o prejuízo de brasileiros com esses investimentos pode chegar a US$ 2 bilhões.

O principal canal de exposição aos fundos da Bernard L. Madoff Investments Securities eram as aplicações feitas no Fairfield Sentry Fund, hedge fund da Fairfield Greenwich Group, que tinha como um dos sócios Walter Noel, casado com a brasileira Mônica, irmã do carioca de origem suíça Alex Haegler.

De acordo com o site do Fairfield, o fundo tinha como representante no Brasil Bianca Haegler, filha de Alex. Fontes consultadas pelo JB afirmam, porém, que o fundo também era oferecido por bancos locais.

Em nota, o Fairfield Greenwich Group (FGG) comunica que tomará as medidas jurídicas cabíveis para defender os interesses do grupo e de seus cotistas, vítimas do esquema de fraude da firma de Madoff.

O FGG informa que não tem agente ou representante no Brasil e apenas dispõe de um consultor de negócios. Os recursos sob gestão do FGG em 1º de novembro de 2008 somavam cerca de US$ 14 bilhões, dos quais US$ 7,5 bilhões estavam aplicados em fundos da gestora de Madoff.

Até o momento, a única instituição brasileira a admitir que ofereceu produtos de Madoff foi o Safra.


Procurado pela reportagem, o Bradesco negou qualquer exposição de seus clientes a fundos que aplicavam recursos em produtos administrados pelo escritório do ex-presidente da Nasdaq.

Por meio da assessoria de imprensa, o Unibanco afirmou que “jamais distribuiu, ofereceu ou recomendou o fundo Fairfield”. Já o Itaú informou que não comentaria o assunto. (Leia MAIS).

Foto do site do jornal El País

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