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segunda-feira, dezembro 01, 2008

PETRALHAS QUEBRAM A PETROBRAS

Quem acompanha este blog sabe que inúmeras vezes denunciei aqui o aparelhamento da Petrobrás pelo sindicalismo petralha. Aliás, todos os órgãos públicos da administração direta e as estatais estão dominados pelo braço sindicaleiro do PT, que é a CUT.

Segundo editorial que está na Folha de São Paulo desta segunda-feira, os números contábeis da Petrossauro são alarmantes e capazes de levar boa parte do Brasil à falência.

Alerta que a empresa aumentou 38% seu quadro de funcionários desde a posse de Lula. A disparada dos custos trabalhistas da estatal no terceiro trimestre -principal motivo para o aumento de R$ 2,4 bilhões nas despesas operacionais no período - deu motivo a desvalorizações adicionais de suas ações em Bolsa.

O título do editorial, que transcrevo aqui na íntegra, é: A escolha de Lula.

O galope no preço do petróleo favoreceu a acomodação nas empresas do setor. A preocupação com controle de custos, ganhos de produtividade e a chamada governança corporativa pôde ficar em segundo plano enquanto a disparada na cotação premiava a todos sem distinção.

A vertiginosa inversão dessa tendência de preços no segundo semestre deste ano altera radicalmente esse quadro.Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo -e, por conseguinte, a direção da Petrobras-, o barril do petróleo tipo WTI ("West Texas Intermediate") em Nova York custava US$ 22,55.

Quatro anos depois, quando a gestão petista iniciava o segundo mandato, a cotação havia sido multiplicada por três. A escalada se acentuou até o início de julho de 2008, quando o barril foi negociado acima de US$ 140, para dar lugar à abrupta derrocada: na sexta, o WTI fechou em US$ 54,43.

O choque atinge todas as companhias de petróleo do mundo. Corporações que registraram os maiores lucros da história ao longo deste ano viram-se diante de um estrangulamento repentino.

A Petrobras, que lucrou R$ 10,9 bilhões de julho a setembro, teve de recorrer, no trimestre seguinte, a empréstimos inusuais com bancos públicos para satisfazer necessidades de caixa.

O tempo de fartura de capital para empresas de petróleo, baseado na escalada sem precedentes nos preços, chegou ao fim.

Esse fato levou a Petrobras a rever seus investimentos. Como informou Valdo Cruz, ontem nesta Folha, a estatal pretende diminuir os dispêndios na implantação de duas refinarias, a fim de sustentar os gastos na exploração das novas reservas, situadas em águas ultraprofundas, abaixo da camada de sal.

Do ponto de vista empresarial, a opção é razoável. A dificuldade de ampliar as reservas é um dos maiores gargalos estratégicos por que passam os maiores petroleiras do planeta.

A Petrobras, por conta das descobertas no pré-sal em áreas já licitadas, detém um trunfo nesse aspecto.

Faz sentido preparar tais campos para que produzam a pleno em cinco ou seis anos, quando o regime de preços do petróleo provavelmente será outro. Mesmo assim, continuará o problema de encontrar fontes para as vultosas injeções de capital de que o Brasil necessitará, a fim de desenvolver o pré-sal. Investidores, brasileiros e estrangeiros, serão muito mais seletivos ao escolher as empresas nas quais aplicar recursos.

E o empreguismo que voltou a assolar a Petrobras nos últimos anos será um ônus para a estatal brasileira nesse ambiente competitivo.

A empresa aumentou 38% seu quadro de funcionários desde a posse de Lula. A disparada dos custos trabalhistas da estatal no terceiro trimestre-principal motivo para o aumento de R$ 2,4 bilhões nas despesas operacionais no período- deu motivo a desvalorizações adicionais de suas ações em Bolsa.

Lula tem de escolher: ou submete o corporativismo sindical e o aparelhismo petista na Petrobras, ou as promessas grandiosas do governo sobre o pré-sal estarão sob sério risco.

4 comentários:

Anônimo disse...

A melhor maneira de demonstrar que algo não dá certo é a deixando acontecer.

Esse é o caso do governo petista. Nada melhor que quebrar o Brasil, e permitir que as pessoas vejam o resultado, e o sintam, para que nunca mais aconteça.

Nada que não se pudesse prever com muita antecedência.

Mais à frente vamos ver o resultado da falta de educação, saúde, e investimentos na infra-estrutura, sem falar que o PT e esse governo está ai já há 6 anos e não promoveu nenhuma mudança importante no Brasil, ou seja nenhuma reforma.

Vamos pagar caro por isso também.

Stefano di Pastena disse...

Ainda assim, um editorial muito light e bonzinho, como de costume, ao maior criminoso inimputável de nossa história.

Alexandre, The Great disse...

Aluízio: há muito tempo estou na torcida do "quanto pior, melhor"...
Concordo integralmente com o comentário do Nathal aí acima.

Anônimo disse...

O PT e a pior praga que aportou no Brasil. E que nem sauva, aquela formiga que ou o Brasil acaba c/ ela ou ela acaba c/ o Brasil.
Ate esse energumeno largar o poder o estrago vai ser enorme.