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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

POR QUE ISRAEL SERÁ LÍDER DO OCIDENTE?

Há dois países que produzem ciência e ponta e tecnologia: os Estados Unidos e Israel. Presumo que Israel possa até mesmo suplantar os Estados Unidos mais adiante, caso a população do gigante do Norte resolva fazer o caminho de volta ao passado, embalada pela idiotia da ideologia do politicamente correto.

Não que Israel esteja a salvo da ação dos estúpidos. Mas como o Estado de Israel foi edificado praticamente sobre um deserto propriamente dito e também um deserto de recursos naturais é normal que a alternativa econômica para a única Nação democrática do Oriente Médio seja a pesquisa em ciência e tecnologia.

Perseguidos implacavelmente ao logo de sua história os judeus sempre tiveram que lutar duplamente e isto acabou gerando um povo que se caracteriza por invulgar estoicismo. Não fosse assim, aquele inóspito pedaço de Terra não teria sido transformado num oásis, não aquela miragem produto do delírio dos perdidos num deserto, mas numa realidade admirável.

Na atualidade Israel vai ocupando a função de guardião dos valores da civilização ocidental que vinha sendo desempenhada pelos Estados Unidos. Oxalá a Nação americana não chafurde completamente no lodaçal da idiotice politicamente correta e decline como desejam os seus inimigos entrincheirados nos túneis de Gaza e nas republiquetas bananeiras da América Latina.

Sabe-se que o desenvolvimento científico e tecnológico depende em grande medida das condições econômicas, mas sobretudo, do ambiente político. As estrutura políticas devem ter como base um conjunto de valores que privilegiam a democracia e o liberalismo e são elas que configuram o tecido social estimulando as pessoas ao estudo, ao trabalho e a uma conduta ética pautada pelo ascetismo. Nos Estados Unidos, neste momento vemos um tipo de mudança que não incentiva a crença nesses valores, justamente aqueles que forjaram a sociedade americana.

Ao contrário, Israel mantem-se fiel à tradição do Ocidente. Isto indica que poderá avançar muito no desenvolvimento científico e tecnológico na próxima década, a ponto de rivalizar com o gigante do Norte, pela razões que resumi neste prólogo para remetê-los a uma excelente reportagem que faz o seguinte destaque:

Aos 84 anos de idade, enquanto passeia por sua residência de chefe de estado, Shimon Peres começa a sonhar de novo. Vê o seu país capaz de, num amanhã não muito distante, transformar a energia solar em eletricidade; de dessalinizar a baixo custo a água do mar; de revolucionar a medicina e combater os tumores no interior das células malignas graças a técnicas futuristas de nanotecnologia.

Para assessorá-lo chamou um grupo de 30 cientistas com os quais o estadista-filósofo discute este e outros cenários. Por exemplo, a combinação de biologia molecular e eletrônica.

Há meio século, Peres já estava na crista da onda quando impulsionava a entrada de Israel no clube dos países dotados de conhecimentos nucleares avançados.

Agora diz muitas vezes que a tremenda força da nanotecnologia pode certamente destruir, mas pode também construir. “Com uma bomba de seis ou sete quilos de plutônio é possível arrasar completamente uma cidade inteira. Por que, com a mesma quantidade desse material, não poderíamos, ao contrário, erguer uma cidade?”

Devastar é mais fácil do que edificar. Mas agora é possível controlar as forças das nanoestruturas dirigindo-as para o bem da humanidade. Israel não dispõe de muitos recursos naturais e quer ser um dos primeiros países a comparecer ao encontro marcado com a História.

Para explicar a seus compatriotas o quanto um nanômetro (a bilionésima parte de um metro) é infinitesimal, Peres os convida a pensar em uma laranja de um lado e no globo terrestre do outro.

Isto, a grosso modo, dá uma idéia da proporção. Para o seu futuro, Israel aposta muito nessa “laranja”; ou talvez ainda na ponta de um alfinete. Usando um programa computadorizado especial que orienta um feixe de íons, em 90 minutos o físico israelense Uri Sivan gravou em um pedacinho de silício recoberto por ouro, com um diâmetro de quadragésimo de milímetro, o texto completo da Bíblia. (Leia MAIS)

P.S.: Descobri esta ótima reportagem lá no site Pletz (banner/link na coluna ao lado) que por sua vez pegou lá no site da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria).

E dizer que o Estado de Israel tem apenas 60 anos de existência, quando o Brasil em 500 anos não conseguiu sair da época das cavernas, do boi e do arado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro professor Aluizio, retribuindo sua gentil visita. Muito boa a reportagem e seu comentário não poderia ser mais oportuno. Façamos votos que nossos irmãos judeus consigam ter paz e que Israel seja realmente uma potência de equilíbrio neste século. Grande e fraterno abraço.

PS: Seu blog como sempre inovador. Gostei do marriage calculator.

Anônimo disse...

Por razões diversas, o mundo ocidental se perdeu em utopias e consequentemente, o rumo do progresso da humanidade.
Israel representa uma oportunidade viável de liderança ao mundo ocidental.
Que assim seja, Israel.
Força, vocês não estão sós.

Anônimo disse...

Viva Israel e fogo nos terroristas botocudos!...