Embora sem mandato, o ex-Senador Jorge Bornhausen é o maior político brasileiro da atualidade. Suas palavras são sempre ouvidas com atenção e a todo o momento é procurado pelos jornalistas para entrevistas e obtenção de informações e análises.
Não é à toa que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não economizou elogios ao ex-senador e ex-governador catarinense, quando a ele se referiu em seu pronunciamento aos cerca de 2 mil participantes do evento do Democratas em Florianópolis (veja em post abaixo com vídeo o que disse Kassab) na última segunda-feira.
Bornhausen é, portanto, o único político sem mandato, além do ex-presidente Fernando Henrique, que continua a freqüentar o noticiário político nacional com a mesma autoridade que detinha nos tempos de governador e senador.
E tanto é que está nas páginas do Estadão desta quinta-feira, respondendo a uma excelente entrevista, quando analisa esse momento em que o PSDB, aliado natural do DEM, patina numa discussão suicida respeitante a realização de prévias para escolher seu candidato à presidência da República.
A persistir nesse bizantino debate, os tucanos correm o risco de repetir o desastre que envolveu o lançamento de Alckmin em 2002.
Sempre com sua análise muito bem articulada, o experiente político catarinense baseia-se numa regra de ouro que preside o exercício da política, ou seja, aquela que preconiza a indiscutível obediência à denominada “candidatura natural”. O desafio dessa regra, avisa Bornhausen de forma diplomática, porém incisiva, pode ser fatal.
Recomendo aos leitores atenção a esta entrevista de Jorge Bornhausen, mormente pelo fato de que este político não costuma dizer bobagens e nem gastar palavras para construir anedotas. Vai ao ponto. Seguem as perguntas e respostas da parte inicial da entrevista:
O DEM recuou da posição inicialmente contrária às prévias do PSDB?
Não. Nós compreendemos a necessidade que tem o PSDB de dar uma boa solução para a escolha de seu candidato. Se eles entenderem que o caminho são as prévias, não há por que contestar. Queremos é que a solução seja boa.
E a preferência do DEM é...
Há uma regra em política sobre contrariar candidaturas naturais. Candidatura natural é aquela que tem a maior possibilidade de vitória e isto está constatado em todas as pesquisas. Se o PSDB vai decidir por prévias, ou não, a maioria do Conselho Político do DEM é pela candidatura natural, que tem um nome: José Serra.
Mas o que define o candidato natural são as pesquisas de opinião?
O candidato se define por pesquisas, pela densidade eleitoral do seu Estado, pela posição do Brasil em relação às circunstâncias da crise. Tudo isso indica a candidatura de Serra. Sem nenhum demérito ao governador Aécio, que faz boa administração em Minas, Serra é o melhor perfil para administrar na crise.
Tem candidato que larga com 3% nas pesquisas e acaba vencendo a eleição, como Fernando Collor (1989). O sucesso de gestão em Minas não torna Aécio competitivo?
Collor era candidato de um partido inexistente. Foi uma aventura política que deu certo, e em seguida deu errado. A escolha, agora, é de um partido grande, sólido, conceituado, com a responsabilidade de ganhar a eleição.
Os aecistas do PSDB dizem que ele é a melhor opção pela capacidade de agregar apoios, sobretudo em uma eleição de dois turnos.
Eu antevejo uma eleição bipolarizada. Tudo caminha na direção da candidata governista (ministra Dilma Rousseff) contra o candidato da oposição. É muito provável que esta eleição se defina no primeiro turno, porque será realmente um plebiscito em torno de quem poderá dirigir melhor o Brasil na crise. (Leia a ENTREVISTA COMPLETA AQUI)
Não é à toa que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não economizou elogios ao ex-senador e ex-governador catarinense, quando a ele se referiu em seu pronunciamento aos cerca de 2 mil participantes do evento do Democratas em Florianópolis (veja em post abaixo com vídeo o que disse Kassab) na última segunda-feira.
Bornhausen é, portanto, o único político sem mandato, além do ex-presidente Fernando Henrique, que continua a freqüentar o noticiário político nacional com a mesma autoridade que detinha nos tempos de governador e senador.
E tanto é que está nas páginas do Estadão desta quinta-feira, respondendo a uma excelente entrevista, quando analisa esse momento em que o PSDB, aliado natural do DEM, patina numa discussão suicida respeitante a realização de prévias para escolher seu candidato à presidência da República.
A persistir nesse bizantino debate, os tucanos correm o risco de repetir o desastre que envolveu o lançamento de Alckmin em 2002.
Sempre com sua análise muito bem articulada, o experiente político catarinense baseia-se numa regra de ouro que preside o exercício da política, ou seja, aquela que preconiza a indiscutível obediência à denominada “candidatura natural”. O desafio dessa regra, avisa Bornhausen de forma diplomática, porém incisiva, pode ser fatal.
Recomendo aos leitores atenção a esta entrevista de Jorge Bornhausen, mormente pelo fato de que este político não costuma dizer bobagens e nem gastar palavras para construir anedotas. Vai ao ponto. Seguem as perguntas e respostas da parte inicial da entrevista:
O DEM recuou da posição inicialmente contrária às prévias do PSDB?
Não. Nós compreendemos a necessidade que tem o PSDB de dar uma boa solução para a escolha de seu candidato. Se eles entenderem que o caminho são as prévias, não há por que contestar. Queremos é que a solução seja boa.
E a preferência do DEM é...
Há uma regra em política sobre contrariar candidaturas naturais. Candidatura natural é aquela que tem a maior possibilidade de vitória e isto está constatado em todas as pesquisas. Se o PSDB vai decidir por prévias, ou não, a maioria do Conselho Político do DEM é pela candidatura natural, que tem um nome: José Serra.
Mas o que define o candidato natural são as pesquisas de opinião?
O candidato se define por pesquisas, pela densidade eleitoral do seu Estado, pela posição do Brasil em relação às circunstâncias da crise. Tudo isso indica a candidatura de Serra. Sem nenhum demérito ao governador Aécio, que faz boa administração em Minas, Serra é o melhor perfil para administrar na crise.
Tem candidato que larga com 3% nas pesquisas e acaba vencendo a eleição, como Fernando Collor (1989). O sucesso de gestão em Minas não torna Aécio competitivo?
Collor era candidato de um partido inexistente. Foi uma aventura política que deu certo, e em seguida deu errado. A escolha, agora, é de um partido grande, sólido, conceituado, com a responsabilidade de ganhar a eleição.
Os aecistas do PSDB dizem que ele é a melhor opção pela capacidade de agregar apoios, sobretudo em uma eleição de dois turnos.
Eu antevejo uma eleição bipolarizada. Tudo caminha na direção da candidata governista (ministra Dilma Rousseff) contra o candidato da oposição. É muito provável que esta eleição se defina no primeiro turno, porque será realmente um plebiscito em torno de quem poderá dirigir melhor o Brasil na crise. (Leia a ENTREVISTA COMPLETA AQUI)
2 comentários:
Em menos de 24 horas, o presidente dos Democratas, Dep. Rodrigo Maia, correu apavoradinho aos jornalistas dizendo que aquela é uma "posição pessoal" do ex-senador Bornhausen. (Deus nos livre de melindrar os merdas dos Tucanos, né, Rodriguinho?)
É isso aí, meu caro Stefano. É pena que políticos da estirpe do ex-senador Jorge Bornhausen estejam acabando. Sobram os "Rodriguinhos" fracotes como canários do reino que, sendo soltos da gaiola, acabaram morrendo na boca do primeiro gato que aparecer...e gatos é que não faltam, não é?...hehehehe...
Durante o evento do DEM falei rapidamente com o Rodriguinho e dei a ele o meu cartão com o endereço do blog, recomendando que mandasse fogo nos botocudos.
Mas não adianta. Tive uma recepção fria. Esse Rodriguinho não manda fogo nem numa mosca, quanto mais nos botocudos.
Postar um comentário