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quinta-feira, março 19, 2009

CANDIDATURA NATURAL TEM UM NOME: SERRA.

Bornhausen, em entrevista no Estadão desta quinta-feira
Embora sem mandato, o ex-Senador Jorge Bornhausen é o maior político brasileiro da atualidade. Suas palavras são sempre ouvidas com atenção e a todo o momento é procurado pelos jornalistas para entrevistas e obtenção de informações e análises.

Não é à toa que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não economizou elogios ao ex-senador e ex-governador catarinense, quando a ele se referiu em seu pronunciamento aos cerca de 2 mil participantes do evento do Democratas em Florianópolis (veja em post abaixo com vídeo o que disse Kassab) na última segunda-feira.

Bornhausen é, portanto, o único político sem mandato, além do ex-presidente Fernando Henrique, que continua a freqüentar o noticiário político nacional com a mesma autoridade que detinha nos tempos de governador e senador.


E tanto é que está nas páginas do Estadão desta quinta-feira, respondendo a uma excelente entrevista, quando analisa esse momento em que o PSDB, aliado natural do DEM, patina numa discussão suicida respeitante a realização de prévias para escolher seu candidato à presidência da República.

A persistir nesse bizantino debate, os tucanos correm o risco de repetir o desastre que envolveu o lançamento de Alckmin em 2002.

Sempre com sua análise muito bem articulada, o experiente político catarinense baseia-se numa regra de ouro que preside o exercício da política, ou seja, aquela que preconiza a indiscutível obediência à denominada “candidatura natural”. O desafio dessa regra, avisa Bornhausen de forma diplomática, porém incisiva, pode ser fatal.

Recomendo aos leitores atenção a esta entrevista de Jorge Bornhausen, mormente pelo fato de que este político não costuma dizer bobagens e nem gastar palavras para construir anedotas. Vai ao ponto. Seguem as perguntas e respostas da parte inicial da entrevista:


O DEM recuou da posição inicialmente contrária às prévias do PSDB?

Não. Nós compreendemos a necessidade que tem o PSDB de dar uma boa solução para a escolha de seu candidato. Se eles entenderem que o caminho são as prévias, não há por que contestar. Queremos é que a solução seja boa.

E a preferência do DEM é...

Há uma regra em política sobre contrariar candidaturas naturais. Candidatura natural é aquela que tem a maior possibilidade de vitória e isto está constatado em todas as pesquisas. Se o PSDB vai decidir por prévias, ou não, a maioria do Conselho Político do DEM é pela candidatura natural, que tem um nome: José Serra.

Mas o que define o candidato natural são as pesquisas de opinião?

O candidato se define por pesquisas, pela densidade eleitoral do seu Estado, pela posição do Brasil em relação às circunstâncias da crise. Tudo isso indica a candidatura de Serra. Sem nenhum demérito ao governador Aécio, que faz boa administração em Minas, Serra é o melhor perfil para administrar na crise.

Tem candidato que larga com 3% nas pesquisas e acaba vencendo a eleição, como Fernando Collor (1989). O sucesso de gestão em Minas não torna Aécio competitivo?

Collor era candidato de um partido inexistente. Foi uma aventura política que deu certo, e em seguida deu errado. A escolha, agora, é de um partido grande, sólido, conceituado, com a responsabilidade de ganhar a eleição.

Os aecistas do PSDB dizem que ele é a melhor opção pela capacidade de agregar apoios, sobretudo em uma eleição de dois turnos.

Eu antevejo uma eleição bipolarizada. Tudo caminha na direção da candidata governista (ministra Dilma Rousseff) contra o candidato da oposição. É muito provável que esta eleição se defina no primeiro turno, porque será realmente um plebiscito em torno de quem poderá dirigir melhor o Brasil na crise. (Leia a ENTREVISTA COMPLETA AQUI)

2 comentários:

Stefano di Pastena disse...

Em menos de 24 horas, o presidente dos Democratas, Dep. Rodrigo Maia, correu apavoradinho aos jornalistas dizendo que aquela é uma "posição pessoal" do ex-senador Bornhausen. (Deus nos livre de melindrar os merdas dos Tucanos, né, Rodriguinho?)

Aluizio Amorim disse...

É isso aí, meu caro Stefano. É pena que políticos da estirpe do ex-senador Jorge Bornhausen estejam acabando. Sobram os "Rodriguinhos" fracotes como canários do reino que, sendo soltos da gaiola, acabaram morrendo na boca do primeiro gato que aparecer...e gatos é que não faltam, não é?...hehehehe...
Durante o evento do DEM falei rapidamente com o Rodriguinho e dei a ele o meu cartão com o endereço do blog, recomendando que mandasse fogo nos botocudos.
Mas não adianta. Tive uma recepção fria. Esse Rodriguinho não manda fogo nem numa mosca, quanto mais nos botocudos.