Aqui, na íntegra, a coluna do Diogo Mainardi que está na Veja que foi às bancas neste sábado:
"Vik Muniz reproduz a Mona Lisa com pasta de amendoim e a Última Ceia com calda de chocolate.
Em vez de ganhar um programa no Discovery Kids,
ele tem suas obras compradas pelo MoMA"
Mister Maker tem um programa no Discovery Kids. Ele ensina a pintar coelhos e paisagens marinhas usando materiais insólitos como balas de goma, embalagens de ovos e tampinhas de garrafa. Vik Muniz é o Mister Maker do MoMA. Ele reproduz a Mona Lisa com pasta de amendoim e a Última Ceia com calda de chocolate. Em vez de ganhar um programa no Discovery Kids, ele tem suas obras compradas pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.
Aleijadinho? Portinari? Hélio Oiticica? Lygia Clark? Ninguém é páreo para Vik Muniz. Ele é o artista brasileiro mais festejado de todos os tempos. Ele está para a arte brasileira assim como Leonardo da Vinci está para a arte italiana. O que já diz tudo sobre a arte brasileira.
Vik Muniz valorizou as técnicas mais desprezadas da história da arte: a cópia e o trompe-l’oeil. Primeiro, ele copia, fotografando. Em seguida, reconstrói a imagem colando sobre ela elementos de uso cotidiano, como molho de tomate, geleia de amora e soldadinhos de plástico, em forma de mosaico.
O resultado se assemelha às telas de Arcimboldo, o pintor maneirista que compunha figuras humanas a partir de legumes, frutas e livros. Além de ser o Mister Maker do MoMa, Vik Muniz é o Arcimboldo cearense. O Arcimboldo pau de arara.
Nos últimos anos, os artistas brasileiros se espalharam por museus e galerias dos Estados Unidos e da Europa. Vik Muniz é o mais popular de todos. Mas há outros na cola dele. Em particular: Cildo Meireles, Beatriz Milhazes e Ernesto Neto.
Inicialmente, eles eram patrocinados pelo Banco Santos, do fraudador Edemar Cid Ferreira. Assim como as mulheres dos deputados, os artistas brasileiros iam a Veneza, Berlim ou Nova York com todas as despesas pagas pelos contribuintes. Agora isso mudou. Eles ganharam o mercado mundial.
Em 1891, Paul Gauguin abandonou Paris e foi retratar os selvagens no Taiti. Um século depois, os artistas brasileiros percorreram o caminho inverso: eles representam os selvagens do Taiti indo retratar Paul Gauguin em Paris. Vik Muniz é aquela taitiana com o seio de fora. Ele é aquela taitiana de cócoras. Ele é aquela taitiana segurando uma fatia de melancia.
A meta de Vik Muniz é "romper a hierarquia da arte". É o que ele faz quando pendura uma cópia de Rafael ao lado de uma cópia de Bosch. O mesmo discurso populista e popularesco é estendido ao público de suas obras.
Segundo ele, tanto faz se o espectador é um curador de arte ou um bilheteiro. Vik Muniz sempre diz que é um produto do Brasil. E é mesmo. Nós rompemos a hierarquia das ideias, dos valores, dos gostos, dos costumes, das leis. Os outros fizeram a Mona Lisa. Nós a lambuzamos com pasta de amendoim.
Um comentário:
Aluizio,
Já que falou Bonabiba em Bonabiza e chamado de Mona Liza e a Última Teya Ceia que mataram, aqui vai mais um inexplicável. Com o Poder é aaim mesmo, dizem mas não explicam ou não revelam o segredos de Cazerna Caverna.
Arquidiocese justifica apartamento de R$ 2,2 milhões. De onde vem o dinheiro, se ninguém nesse meio constroi, mas só bistróy distroi? ONGs e do Orsamento da União para "Fins não lucrativos". Exemplo, MST e demais Movimentos Bobiais Soziais.
Um imóvel no Flamengo, no valor de R$ 2,2 milhões, segundo o 3º Registro Geral de Imóveis do Rio, pode ter sido a causa de um tremor nas contas da Arquidiocese do Rio, a ponto de provocar a demissão do padre Edvino Steckel do cargo de ecônomo (administrador dos bens e das contas) da seção da Igreja.
A demissão ocorreu após a posse de dom Orani Tempesta, e o imóvel se destina ao seu antecessor, dom Eusébio Scheid.
A Arquidiocese, no entanto, justifica a demissão do ecônomo como procedimento padrão. De acordo com a assessoria de comunicação da entidade, o padre Steckel foi o próprio autor do pedido de demissão do cargo.
É costume, segundo a Arquidiocese, que os religiosos coloquem as funções à disposição quando um novo coordenador assume. Até agora, dom Orani não ordenou de própria vontade qualquer alteração de cargos.
A Igreja ainda justificou o apartamento de 500 metros quadrados cujo condomínio custa R$ 2 mil mensais, como um bem da instituição usado para o trabalho de evangelização. Assim como outros imóveis, o apartamento é patrimônio e pode ser alugado.
Segundo a Arquidiocese, a demissão foi encaminhada a dom Orani, que consultou os bispos-auxiliares, o conselho administrativo e os consultores, que aceitaram a renúncia de Steckel. No entanto, o ex-ecônomo não pediu demissão da direção da rádio Catedral.
Dom Orani teria até adiado viagem para Alemanha a fim de resolver o problema, segundo o jornal O Dia, que noticiou a compra.
O novo ecônomo será o monsenhor Abílio da Nova. A reportagem do JB procurou dom Eusébio Scheid, que mora em São José dos Campos, interior de São paulo, mas, segundo sua assessoria de imprensa, o cardeal não comenta o caso.
Também procurado, o padre Steckel estava ausente de sua sala, disse a secretária de sua paróquia.
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