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quinta-feira, julho 30, 2009

EMPRESÁRIO HONDURENHO MOSTRA FIRMEZA

Transcrevo a seguir uma entrevista, em tradução livre e ligeira do espanhol, concedida ao jornal La Nacion pelo industrial Amílcar Bulnes (foto), presidente do Conselho Hondurenho da Empresa Privada (Cohep).

Notem, especialmente os brasileiros, como os empresários hondurenhos se colocam ante a ameaça da bolchevização bolivariana.


A posição empresarial hondurenha é muito diferente do que ocorre no Brasil, onde a maior parte dos grandes empresários encastelados na CNI e na FIESP e demais federações de indústrias e comércio, mostram toda a sua sabujice.

Em vez de defenderem tenazmente a democracia, a economia de livre mercado, a lei e a ordem e o repúdio aos agentes do Foro de São Paulo, que têm Lula com chefão, rendem a eles rapapés e salamaleques e os ajudam financ
eiramente nas eleições.

Mas é de Honduras, esse pequeno país, que vem o exemplo de como as lideranças empresariais devem proceder, já que são as principais responsáveis pela geração de emprego, de riqueza e de todo o movimento econômico que gera receita para o Estado e contribui para o desenvolvimento e a harmonia social. Imaginem um país dominado por esse socialismo caboblo denominado de “bolivariano”, com o Estado entregue nas mãos de uma camarilha que está envolvida até mesmo com o narco-terrorismo?

Pincei algumas perguntas e respostas desta entrevista. Vejam como esse empresário é objetivo, claro e comedido, porém firme na defesa da lei e da ordem Constitucional, da liberdade econômica e no repúdio ao deletério açodamento da luta de classes, o mote principal que faz girar essa roda de horror que é o socialismo bolivariano. Leiam:

No comando da cúpula empresarial hondurenha desde o ano passado, o industrial Amílcar Bulnes afirmou numa entrevista ao jornal La Nacional que as sanções que a comunidade internacional anunciou contra Honduras não serão aplicadas na prática, porque violariam tratados internacionais, assinalando ao mesmo tempo que um dos movitvos que geraram o conflito foi o “intervencionismo” de Hugo Chávez em seu país.

De seu posto de máximo dirigente do Conselho Hondurenho da Empresa Privada (Cohep), este empresário com negócios no setor de artes gráficas e proprietário de centros comerciais se mostrou totalmente confiante em que o país voltará a ser reconhecido plenamente pela comunidade internacional após as eleições de novembro, e sustentou que a administração de Barack Obama “está equivocada” ao repudiar o afastamento forçoso do ex-presidente Manuel Zelaya.

- Como esta crise institucional está afetando economicamente Honduras?
- A crise nos esstá afetando, sem dúvida. Quando há passeatas em um ou outro setor, quando a má imprensa internacional diz que aqui há mortes, que há cadáveres por todos os lados, etcétera, isso afeta. Aqui não virá nenhum turista que leia isto. Honduras recebe 1 milhão de turistas ao ano; agora obviamente há uma diminuição no setor, mas há que afirmar que o aparato produtivo do país se mantém intacto e que os bancos privados têm 1,500 milhões de dólares de liquidez. Nós vínhamos já de uma situação de crise, que é global, por isso o PBI baixará este ano quaatro ponto percentuais e teremos um déficit fiscal de 4%. Mas não pelo conflito atual.


- Não lhe preocupa que essa pressão internacional possa seguir depois das eleições de novembro?
- Eu não creio que vá seguir. Uma vez que se celebrem as eleições, tudo voltará à normalidade. Tarde ou cedo, o mundo entenderá que o que se tratou de fazer em Honduras foi, entre outras coisas, conter os abusos de Hugo Chávez no país.

- Os Estados Unidos têm pedido a restituição de Zelaya e está realizando pressões, como a revogação de vistos a funcionários do governo de Roberto Micheletti. Que pensa da posição do governo de Barack Obama na crise hondurenha?
- Creio que a posição dos Estados Unidos tem sido muito dura com Honduras. Eu creio que se estão equivocando. Mas cada país é soberano para tomar as decisões que considera convenientes. Creio que na diplomacia não se podem permitir equívocos, e se têm equivocado, tanto os Estados Unidos como o resto da comunidade internacional. Quanto à revogação de vistos por parte de Washington, estão em seu direito de fazê-lo. Eu não vou criticar a política exterior da Casa Branca pelo que digam ou façam agora. Vamos sobreviver a esta situação.

- Zelaya acusa a “oligarquia dominante” no país de ser o cérebro de sua deposição?
- Isso é absolutamente falso, eu tenho sido seu amigo, e muito dos principais empresaários hondurenhos têm tido muito boas relações com ele. Olhe, os dois primeiros anos tivemos um dos crescimentos do PIB mais altos da região. Mas logo ele [Zelaya] tomou outro discurso, o discurso dos pobres contra os ricos. Vou lhe dizer uma coisa: aqui em Honduras não há gente rica; bom, há muito pouco, mas este não é um país avasssalado pelos poderosos. Não existe essa definição de país em Honduras. E a prova é que se fosse, então o discurso de Zelaya teria eco. E não teve. Leia MAIS Read MORE en español

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas há uma exceção aqui, outra ali, Aluizio. O Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo, a tribuna de onde há anos Olavo de Carvalho vem denunciando incansavelmente o Foro de São Paulo, é uma delas. Aqui em Santa Catarina, no entanto, a situação é realmente desanimadora... o empresariado catarinense anda de quatro cheirando o "ralo" da petralha bolivariana, despejando grana preta no caixa das ONGs e no cofre da imprensa amiga deles.

Anônimo disse...

Alô Aluizio.
Estou à favor da luta de Honduras no item referente á DEMOCRACIA e direitos civis,mas QUANTO ÁS DEMAIS SITUAÇÕES coloco os pés,mãos e tudo mais em prontidão,pois é um país de miseráveis e explorados.Basta ver a classificação e posição do país EM qualquer ITEM OU INDICE que se preze.
A turma que está gerenciando o país está nadando em corrupção e basta ver o histórico de algumas ou da maioria deles para sabermos que a situação do povo hondurenho não vai se alterar após a situação se acalmar.Novas agitações serão possíveis quando o povo notar que o "status quo" se mantém.
abraços
karlos

Aluizio Amorim disse...

O chavismo bolivariano foi peitado pela primeira vez no continente. Isto é ótimo. E o novo governo tem o apoio forte da população. O comunismo é deletério. Viva a liberdade! FOGO NOS BOTOCUDOS!