TRANSLATE/TRADUTOR

sábado, agosto 15, 2009

AQUI TUDO SOBRE A GRIPE SUÍNA! LEIA JÁ!!!

Eis aqui uma ótima entrevista publicada pela revista Fapesp/Pesquisa Online, com o professor Edison Luiz Durigon, da USP (foto abaixo e ao lado o virus da gripe suína isolado de um paciente brasileiro). Ele foi entrevistado pelos jornalistas Mariluce Moura e Neldson Marcolin. Vale a pena ler. Durigon responde de forma ditática e os entrevistadores escolheram a dedo as perguntas. Agradeço a um leitor anônimo que deixou o link desta matéria num comentário.

Repito. Quem tem dúvidas e curiosidade a respeito dessa moléstia tão comentada mas tão pouco explicada, tem aqui a oportunidade de conhecer a sua origem, os sintomas e a forma de contágio.

Mais à frente, o professor Durigon adverte que as pessoas que estejam gripadas jamais devem ir ao trabalho ou à escola pois aí facilitam a transmissão de forma acelelarada.

Não ligue, portanto, quando o seu chefe (normalmente chefes são idiotas e sabujos) interprete a sua decisão de permanecer em casa em razão de estar gripado a uma fraqueza de sua parte. Ficando em casa você está sendo inteligente e demonstra consideração e respeito aos colegas. Quanto ao chefete, torça para que o filho da mãe seja detonado pela gripe suína..
.hehehe...

Leia com atenção esta entrevista. Repasse aos seus amigos. O seu chefete? Deixe-o patinando na estupidez e jamais compareça ao trabalho com sintomas de gripe ou resfriado. Recolha-se!


O vírus, dissílabo que soa muito familiar à maior parte das pessoas e que desde abril, na sua vestimenta A H1N1, tornou-se personagem diária, às vezes de visibilidade escandalosa, na mídia de todo o planeta, ainda é capaz de intrigar, e muito, os cientistas que dedicam a vida a decifrá-lo.

Para começar: trata-se de um organismo vivo? Não, ele não é classificado como ser vivo. Quando está fora da célula, é só um elemento químico. Mas, dentro dela, torna-se uma partícula infecciosa com enzimas e sequências de nucleotídeos que fazem com que se replique e se comporte como ser vivo.

Quem explica assim o caráter ambíguo e ambivalente do vírus é Edison Luiz Durigon, 53 anos, professor titular e chefe do Laboratório de Virologia do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Bio
médicas da Universidade de São Paulo (USP). Outra questão: há vírus benéficos para o organismo humano, da mesma forma como há bactérias fundamentais para o metabolismo adequado do corpo do Homo sapiens? Não, ao que se sabe até aqui, nos diz Durigon. Nem todos produzem patologias, há os que permanecem inertes pela vida inteira até, mas não se conhecem benefícios de sua lavra.

Com a pandemia da gripe A H1N1 que começou entre março e abril passados no hemisfério Norte, e que a essa altura ainda está se alastrando no hemisfério Sul, o professor Durigon tem se visto à volta com essas e outras perguntas mais pragmáticas que lhe são apresentadas por médicos, jornalistas e outros profissionais empenhados em explicar as origens, a evolução e os perigos de uma gripe que inicialmente se chamou de suína. E ele parece dar conta da tarefa com gosto. Um dos mais respeitados virologistas do país, coordenador da Rede de Diversidade Genética de Vírus (VGDN), montada em 2000 com o apoio da FAPESP, Durigon dedica-se desde os anos 1980 à pesquisa de vírus.

Primeiro, seu grupo se debruçou sobre os rotavírus causadores de diarreia, e ele está seguro de que contribuiu para a clara noção, preciosa para salvar tantas vidas, de que as diarreias infantis eram prioritariamente causadas por vírus, e não por bactérias. Depois, nos anos 1990, ele se voltou para os vírus relacionados a problemas respiratórios, incluindo os influenza. Os avanços obtidos nessa área o capacitaram a montar uma série de incursões pelo país, já na presente década, para monitorar nas aves migratórias o risco de entrada da chamada gripe aviária no Brasil.

Nesta entrevista Edison Durigon, que tem um pós-doutorado pelo Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC), de Atlanta, nos Estados Unidos, fala sobre o A H1N1, a gripe que ele provoca, e trata de muitos outros vírus, com suas mutações, incertezas e ameaças.

O que há de específico no vírus da gripe suína, o A H1N1, e o que o diferencia dos outros tipos de vírus influenza?
Ele é diferente. Temos dois vírus que circulam há bastante tempo na população humana. São o H3N2 e o H1N1. Todos são descendentes do vírus da gripe espanhola, de 1918. Eles vão se modificando, se atenuando no homem e causam a gripe conhecida como sazonal. Anualmente temos gripe no mundo todo causada por esses dois tipos de vírus. Afora esses dois, que são da influenza A, há outros, da influenza B, que nunca causaram nenhuma pandemia. Por isso, em termos de saúde pública, a preocupação é sempre com os vírus da influenza A.

Existem, entre o A e o B, diferenças de gravidade?
Há dois tipos de vírus da influenza A. Um que tem a mesma gravidade do B, com baixa patogenicidade, e outro que tem alta patogenicidade e é muito perigoso. Ele se replica muito mais rápido, causa hemorragia pulmonar e pode infectar outros órgãos. Isso aconteceu em 1918 com o H1N1. Ele veio direto da ave para o homem e causou a pandemia em que morreram pelo menos 50 milhões de pessoas, conhecida como gripe espanhola.

A gripe asiática de 1957 não foi causada pelo mesmo vírus?
Não, foi por um descendente dele, uma mistura com vírus de outros animais, geralmente da ave e do porco. A ave é o reservatório natural do vírus da gripe, o homem é contaminado por ele e, com o passar do tempo, fomos nos adaptando. A mortalidade foi grande na gripe espanhola porque ela era provocada por um vírus de alta patogenicidade, que foi naturalmente se atenuando e se tornou de baixa patogenicidade. É o que está entre nós até hoje, depois de muitas recombinações. Ele se recombinou com suíno, depois de novo com ave, deu no H3N2, aí voltou para o H1N1... Clique AQUI para ler a ENTREVISTA COMPLETA

Fotos do site da Fapesp/Pesquisa Online

6 comentários:

Rejane (Mel) disse...

Off Topic

Ajude a divulgar as manifestações Fora Sarney de HOJE!!!

Vídeos e fotos em:
http://grandeprojetobrasil.blogspot.com/2009/08/fora-sarney-flashes.html

Anônimo disse...

Mais um caso se uso tardio do Tamiflu e mais uma morte…

Mais uma morte suspeita da nova gripe foi registrada em Petrópolis. Um autônomo, de 42 anos, morador do Bingen, que estava internado desde o último sábado no Hospital Santa Teresa, morreu na manhã de ontem com pneumonia. Ao todo já são 6 o número de mortes e 125 casos suspeitos da gripe suína na cidade. De acordo com o filho do autônomo, o pai não viajou nas últimas semanas, a desconfiança é que, caso seja confirmada a gripe, ele tenha contraído em uma auto-escola. “Ele estava fazendo aulas em uma auto-escola. É o único lugar que ele pode ter pegado essa gripe. A sala tem muitos alunos e fica toda fechada”, explicou o filho ainda abalado com a morte. A família explicou que o autônomo começou a apresentar os sintomas de uma gripe comum na semana passada. Ele chegou a ir ao medico duas vezes, mas foi liberado, na terceira, no último sábado, ao chegar no Hospital Santa Teresa a vítima já apresentava um quadro grave de pneumonia e foi internado com um dos pulmões tomado pela doença. Na segunda-feira o autônomo piorou e teve que ir para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). No meio da semana o estado de saúde teria agravado, ele chegou a tomar o medicamento Tamiflu, usado no combate à gripe suína, mas não resistiu e morreu ontem, às 9h30. “Ele era um homem forte, saudável, não tinha nenhum problema de saúde, foi tudo muito rápido. Acredito que os hospitais de Petrópolis não estão preparados para tratar os casos suspeitos.
(Diario de petrópolis)

Anônimo disse...

O leitor anonimo sou eu... rs, rs!
Qualquer dia vou me apresentar a você ,ok? Algumas vezes passei por você na cidade, muitas no Hippo...
Abraços e a luta continua!
Saúde a todos!

Anônimo disse...

Gripe: a ideologia deixa turva e rota a ciência:
Brasil passa Argentina e é o 2º do mundo em casos de morte pela gripe suína (época de 14/08/09). Ministério da Saúde do Brasil, para justificar sua política de restrição de acesso ao Tamiflu, diz que "outros países" (que não identifica) adotam a mesma restrição. É verdade, na Venezuela a restrição é a mesma (http://delibreopinionpolitica.blogspot.com/2009/06/como-conseguir-el-tamiflu-en-venezuela.html), inclusive com a justificativa de se evitar cepa resistente do vírus, hipótese já desmentida pela comunidade científica. Esse vírus deve ter resistência bolivariana. Aliás, diz a sociedade brasileira de infectologia: "Consideramos que a maneira mais efetiva de diminuir a morbidade e a mortalidade seria a introdução precoce de oseltamivir" (http://www.infectologia.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia&noticiaId=9346). O problema é quando a ideologia deixa turva, e rota, a ciência.

Unknown disse...

Obrigado pela entrevista Aluizio! Espalhei ela por alguns lugares da internet, além de encaminhar via email à familiares e amigos.

Anônimo disse...

Pois vejam que ironia.
Dr. Edison contraiu a gripe H1N1
Iria palestrar em Pelotas quando ficou doente.

Rezamos para que ele se recupere plenamente.

Leiam no link: http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=6&noticia=2520