O Cesar Maia faz um resumo de sua coluna da Folha (Chavismo por aqui?) no ex-Blog desta quarta-feira. Sua análise procede e realmente certos sinais chavistas emitidos a partir do arraial petralha são preocupantes. Vejam:
1. O PT tem dois vetores. De um lado, o sindicalismo, social-liberal por natureza, na dialética empregado-empregador, e pela sólida posição da CUT em sindicatos de bens duráveis de consumo, não estatizáveis. Em crises, reduzem-se os impostos. Do outro lado, a esquerda -dita- de origem revolucionária, que controlou a direção do partido até o "mensalão", quando caiu, arrastando a anterior. A partir daí, os sindicalistas assumiram a direção do partido. O comando do PT pelo sindicalismo e a presença hegemônica em postos-chave do governo, do presidente aos fundos de pensão, conselhos do FGTS e do FAT, são um duplo poder. O Bolsa Família caiu como uma luva por sua marca social-liberal de igualação do ponto de partida. Com isso, associa a distância sindicalismo e marginalizados.
2. Aliás, a transposição de líderes sindicais a dirigentes partidários foi criticada por Lênin em seu "O Que Fazer" (1902). E Marx e Engels nunca integraram os marginalizados ao proletariado e repetiam que o lumpemproletariado era a massa de manobra do capital ("Manifesto", 1848). Os poderes, partidário e governamental, assumidos pelos sindicalistas da CUT, do ponto de vista da estabilidade política, não gera riscos, por sua natureza social-liberal.
3. Porém, como forma de sinalizar aos militantes do PT um sentido tático nas ações de governo, usa-se a política externa em relação ao hemisfério Sul. Por sorte, Chávez radicalizou na frente, e a parte visível da política externa brasileira foi a moderação do presidente. Por mais sinais chavistas dados pelo co-chanceler-sul, o Brasil foi empurrado para o centro por Chávez.
4. Quando Lula indicou uma candidata da -dita- esquerda revolucionária para presidente, criou uma sensação de descontinuidade no caso de vitória. Os meses foram mudando essa sensação, e veio um certo alívio. Até a informação de que o coordenador-geral da sua campanha será o co-chanceler-sul, ostensivamente mesclado ao chavismo. O desdobramento pós-eleitoral dos coordenadores-gerais de campanha é sempre uma posição destacada no governo (Sergio Motta, Dirceu-Palocci). Dessa forma, o que se pode esperar dessa decisão, de proximidade orgânica com o chavismo, é a certeza disso, e desde agora. Uma notícia preocupante para os que têm a democracia como estratégia, e não só como tática.
quarta-feira, outubro 21, 2009
ARRAIAL PETRALHA EMITE SINAIS CHAVISTAS
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Postado por
Aluizio Amorim
às
10/21/2009 10:11:00 AM
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2 comentários:
Golpe sandinista na Nicarágua
http://www.nicaraguahoy.info/dir_cgi/topics.cgi?op=view_cat;cat=NoticiasGenerales
A farra do Zelaya e sua quadrilha na nossa embaixada e nós pagamos a conta:
http://voselsoberano.com/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=1579:zelaya-cumple-4-semanas-encerrado-en-embajada-de-brasil-con-cerco-militar&catid=1:noticias-generales
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