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segunda-feira, outubro 26, 2009

URUGUAIOS DECIDEM MANTER LEI DE ANISTIA

Na votação deste domingo, 25, os uruguaios rejeitaram a anulação da lei que anistiou os militares que cometeram violações aos direitos humanos durante a ditadura militar (1973-1985). Luis Puig, porta-voz da Coordenadoria pela Nulidade da Lei de Caducidade admitiu o fracasso do plebiscito, assinalou que "a luta pela verdade e pela justiça não termina nem se menospreza" com o resultado desfavorável, segundo apontaram pesquisas de boca-de-urna.

"O tema da memória e da justiça teve um grande apoio nos jovens uruguaios", disse Puig, também secretário de Direitos Humanos da principal central operária do Uruguai. Era preciso superar 50% dos votos emitidos para conseguir a nulidade da Lei de Caducidade, mas segundo as pesquisas manuseadas pela coordenadoria não ultrapassaram 48%.

A Lei de Caducidade foi aprovada em 1986 no fim do regime cívico-militar (1973-1985) e já foi referendada em um primeiro plebiscito em 1989. A nulidade da Lei de Caducidade tinha se transformado em um motivo de disputa na campanha eleitoral, com acusações cruzadas de utilização eleitoreira de um assunto tão delicado.
Do site do Estadão

MEU COMENTÁRIO: Embora ainda não tenha realizado uma pesquisa mais aprofundada na grande mídia internacional, as informações que estão nos sites dos jornalões brasileiros deixam transparecer que o esquerdismo latino-americano está desconsolado face ao resultado - ainda extra-oficial - da eleição presidencial no Uruguai.

E sobressai, de modo especial, o plebiscito que foi realizado junto com a eleição presidencial que pretendia anular a Lei de Anistia, que anistiou os líderes do governo militar. Os uruguaios não concordaram em anular esta lei, o que demonstra que não estão a fim de açular um revanchismo sem qualquer sentido.

E notem esta matéria que está no Estadão que entrevista o coordenador da campanha pela derrogada da lei, Luiz Puig, que afirma com todas as letras que o plebiscito "fracassou".

Ora, como fracassou? A votação foi realizada e a maioria dos uruguaios não concordou.

Para o esquerdismo é assim. Só é aceitável eleições cujo resultado lhe seja favorável.

Nota-se que a eleição presidencial do Uruguai, independente de seu resultado final, indica uma mudança de rumo na política latino-americana.

Os oposicionistas que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, já sinalizaram que unirão suas forças no segundo turno e têm tudo para lograr a vitória.

Entretanto, a grande imprensa brasileira escamoteia esta análise. Ainda há muita gente de olho na bolsa ditadura dentro das redações dos veículos de comunicação brasileiros. Prevalece um silêncio estratégico com vistas à bolada de dinheiro contida na bolsa-ditadutra.

Pouco lhes interessa se a Constituição é pisoteada, se um bando de tiranetes comuno-botocudos se eternizará no poder.

No decorrer do dia voltarei a este assunto.

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Um comentário:

Cris disse...

Aluzio,

O mais cômico foi ver no G1 as chamadas durante o dia:

"Lei da Anistia será derrubada, segundo as pesquisas de boca de urna"

"Mojica leva no 1o turno, segundo pesquisas"

VEXAME! O que era apresentado como notícia não passava de torcida!