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terça-feira, novembro 24, 2009

LULA E SEUS SEQUAZES BANALIZAM O MAL


Fotos do site Folha: para o mundo ver que nem todos concordam com Lula
Transcrevo artigo do governador de São Paulo, José Serra, intitulado "Visita indesejável", publicado na Folha de São Paulo desta segunda-feira, a respeito da recepção de Lula ao terrorista presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Ilustram o post flagrantes dos protestos contra a vergonhosa condescendência do governo de Lula a esse estafeta dos sanguinários aiatolás que dominam o Irã e que prometem destruir o Estado de Israel e o povo judeu.
Eis o artigo de José Serra:
É DESCONFORTÁVEL recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.
O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.
Como reagiríamos se apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?
A acusação nesse caso não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a presidente Cristina Kirchner?
Democracia e direitos humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova República?
O extremismo e o gosto de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças, mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal absoluto?
As contradições não param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e, juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas atividades de proliferação?
Enfim, trata-se da indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo brasileiro.
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5 comentários:

lis disse...

Serra estava inspirado. Foi muito feliz no texto. Costumo acompanhar um político que conheço que , por acaso...é judeu! Ontem ele estava tão indignado que hoje nem apareceu no Twitter. Acompanhe Walter Feldman Aluizio!

Abs

Aluizio Amorim disse...

Salve, Lis!
Vou seguir sim. Abração e obrigado pela postagem do comentário.

Unknown disse...

Por vafor não permitão que o Brasil seja uma sucursal desse monstro Ahmadinejad....
Negar o que é fato .... temos que nos unir para não permitir que o auto entitulado " Filho do Brasil" faça do nosso país o que ele quiser!!!!

Aluizio Amorim disse...

Lorem,
não é o "filho do Brasil", mas sim o "filho do barril 51"...hehehe...Lutarei até a última letra contra esse bando de celerados. Obrigado pelo seu comentário e apoio à cauda da liberdade, da democracia e do devido respeito a Israel e ao povo judeu.

Anônimo disse...

Fora Lula, entregar do Brasil a facínoras!