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quinta-feira, dezembro 17, 2009

ARRUDA, A FESTA PRIMITIVA E O ESQUERDISMO

O patrocínio do governo do Distrito Federal para a escola de samba Beija-Flor fazer seu desfile no carnaval de 2010, no Rio, virou uma disputa entre os deputados "mensaleiros", o carnavalesco Joãosinho Trinta e o grupo político do vice-governador Paulo Octávio (DEM), responsável pelas festividades dos 50 anos de Brasília no ano que vem.

Os parlamentares envolvidos no chamado "mensalão do DEM", liderados pelo deputado Leonardo Prudente (DEM), atravessaram a negociação para superfaturar a verba e negociar propina com o governo do DF e uma das mais vitoriosas escolas de samba do Rio. "É um dinheiro maldito", afirma Joãosinho Trinta, que também tentou ganhar dinheiro no negócio, mas foi passado para trás.Antes de entrar na negociação, deputados como Prudente - flagrado colocando nas meias propina do "mensalão do DEM" - criticavam publicamente o patrocínio à Beija-Flor, comandada pelo bicheiro Anísio Abraão David. Após as conversas com o governo e a escola, silenciaram.

A ofensiva dos parlamentares foi desencadeada numa reunião em setembro na casa de Prudente num bairro nobre de Brasília. Além do parlamentar, outros três colegas de Câmara Legislativa estavam presentes: Júnior Brunelli (PSC), notabilizado pela "oração da propina", Rogério Ulysses (PSB) e Batista (PRP). Eles queriam dobrar o patrocínio negociado de R$ 3 milhões do governo à agremiação de Nilópolis, que vai contar na avenida a história dos 50 anos de Brasília. Em troca, não usariam a Câmara Legislativa para atrapalhar a iniciativa. Leia MAIS

MEU COMENTÁRIO: A corrupção, venha de onde vier, é algum repugnante, uma nódoa que mancha de forma indelével o Brasil, um dos países que estão nas lista dos mais corruptos do planeta, fato que envergonha os cidadãos decentes, honestos e trabalhadores, uma minoria, é verdade.

Agora é descoberto que o esquema de propina alcança também o carnaval carioca, essa festa primitiva e anti-higiênica que se transformou no emblema do Brasil. Trata-se da carnavalização de um escândalo que surgiu em Brasília e agora se alastra para o Rio de Janeiro, sede dos festejos botocudos.

Mas sou obrigado a fazer reparos ao texto dessa reportagem que está no site do jornal O Estado de São Paulo e que não destoa das produzidas pelas redações dos outros veículos de comunicação.

Refiro-me ao fato de que insistem em qualificar essa rede de corrupção descoberta no Distrito Federal de "mensalão", num claro esforço de tentar igualá-lo ao famigerado escândalo patrocinado pela bandalha do PT. O mensalão, neologismo criado pelo ex-deputado Robeto Jefferson que denunciou esse a roubalheira, referia-se ao fato de que deputados federais e senadores eram "gratificados" mensalmente pela turma de José Dirceu, para que aprovassem todos os projetos de interesse do governo do PT. Tanto é que Dirceu teve que renunciar ao cargo de Ministro e teve seu mandato de deputado federal cassado, respondendo a processo que se encontra no Supremo juntamente com mais 39 acusados pela Procuradoria Geral da República.

No caso do escândalo de Brasília, não se trata de mensalão. A canalha esquerdista que domina a redação dos jornais iniste em repetir o designativo "Mensalão do DEM". Trata-se, aqui, de um esquema de propinas e que envolve, além de políticos do DEM, parlamentares dos nanicos PSC, PSB e PRP por exemplo, legendas de aluguel que juntamente com a banda podre do PMDB dão sustentação ao governo de Lula.

Portanto, não corresponde à verdade qualificar a deletéria rede de propinas de "mensalão". Nota-se de forma clara a intenção de fazer passar à opinião pública o surrado mantra segundo o qual todos os políticos e todos os partidos são iguais. Não são. Basta fazer apenas uma indagação: a quais interesses serve tal assertiva?

E tem mais: ainda que as iniqüidades sejam dominantes no mundos dos humanos, é o altruísmo de poucos que não permite que apodreça todo o tecido social.

Um comentário:

Leandro disse...

O que o brasileiro esquece é que o pior mensalão de todos os tempos, denunciado por Roberto Jefferson, acabou em pizza. Por isso prefiro políticos que não tem envolvimento com roubalheira como essas. Aécio pode ser uma boa alternativa.