Aqui o texto integral da coluna do Diogo Mainardi na edição de Natal da revista Veja que foi às bancas nesta quinta-feira.
Os dois juntos, na mesma chapa. Quem? José Serra e Marina Silva. Isso mesmo: José Serra, presidente, e Marina Silva, vice-presidente.
A ideia ainda é embrionária. Só é debatida no interior de um grupelho do PSDB. Mas ganhou impulso na semana passada, depois que Aécio Neves renunciou à candidatura presidencial e assoprou para a imprensa petista que rejeita terminantemente uma vaga de vice-presidente na chapa de José Serra - a chamada chapa puro-sangue. Apesar de todos os apelos do PSDB, Aécio Neves repetiu aos seus interlocutores que pretende candidatar-se ao Senado e dedicar-se integralmente à campanha para eleger seu sucessor em Minas Gerais, Antonio Anastasia.
Uma chapa presidencial formada por José Serra e Marina Silva - a chapa cabocla ou, melhor ainda, a chapa mameluca - embaralharia a campanha de 2010, pegando o PT no contrapé e enterrando de vez a desastrada candidatura de Dilma Rousseff. O plano petista de contrapor Lula a Fernando Henrique Cardoso - o único atributo que, depois de muito empenho, os marqueteiros conseguiram arrumar para Dilma Rousseff - iria para o beleléu, considerando que Marina Silva, por mais de cinco anos, também fez parte do governo Lula. E a impostura bolivariana de que o PSDB defende o interesse dos ricos e o PT defende o interesse dos pobres seria imediatamente desmascarada. Em matéria de pobreza, ninguém pode competir com Marina Silva.
José Serra e Marina Silva saíram do armário duas semanas atrás, em Copenhague, na COP15. Um elogiou o outro, um apoiou as propostas do outro. Eles conseguiram até deter o aquecimento global, congelando o Hemisfério Norte e matando de frio algumas dezenas de poloneses. José Serra já está com a campanha presidencial pronta. O que ele representa é a "continuidade sem continuísmo". Para o eleitorado, ele manterá as conquistas de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, e ainda poderá dar um passinho adiante. Apesar de atemorizar os banqueiros, José Serra é capaz de sossegar o lulista mais conservador.
Se Marina Silva concordasse em se unir a ele, sua candidatura ganharia também um aspecto mais moderno, um caráter mais inovador.
Marina Silva, por outro lado, como candidata a vice-presidente poderia dar um sentido prático à sua plataforma ambiental, coordenando essa área no futuro governo José Serra.
Reinaldo Azevedo, em seu blog na Veja on-line, disse que Marina Silva, mais do que candidata a presidente, é candidata a santa. Cruzei com ela recentemente e confirmo: ela levita. Elegendo-se na chapa de José Serra, ela teria a possibilidade de, finalmente, voltar a pisar no chão.
quinta-feira, dezembro 24, 2009
DIOGO MAINARDI: A chapa cabocla
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Postado por
Aluizio Amorim
às
12/24/2009 12:55:00 PM
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Um comentário:
Está todo mundo esperando o primeiro sinal de seriedade dos venerados blogeiros para então se manifestar. Por enquanto ninguém tem certeza se os blogueiros estão falando sério ou se estão de gozação quanto ao assunto Serra / Marina Silva.
Bando de maria-vai-com-as-outras!
Já disse e repito! Serra / Silva e não existe outra opção!
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´´SERRA DISPARA. JORNALISTAS ESCAMOTEIAM.
Anônimo disse...
Esquecendo-se das filiações e olhando-se apenas pelo lado da impressão de idoneidade e confiabilidade que se pode ter de outro ser humano, só duas pessoas nesse momento teriam meu voto. José Serra e Marina Silva!
J
11 Dezembro, 2009``
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