O relatório já estava prontinho para ser apresentado ontem, durante solenidade no 5º Fórum Urbano Mundial, que acontece no Rio. Não fosse a ação dos técnicos da prefeitura paulista esse papelucho da ONU já estaria sendo transformado em propaganda do PT contra José Serra.
A matéria está no site do Estadão (transcrevo dou o link abaixo) e, como não poderia deixar de ser, o enfoque relega a denúncia da Prefeitura de São Paulo e abre com as declarações de um burocrata da ONU, o mexicano Eduardo Moreno, responsável pelo relatório.
Aduladora de ditadores - remember o caso Zelaya em Honduras e o silêncio sobre os presos políticos cubanos - a ONU extrapola suas funções, se é que tem alguma função, e age de forma política e ideológica numa intromissão deplorável na campanha eleitoral que se trava no Brasil.
Todos sabem que as gestões de José Serra na Prefeitura de São Paulo tiveram ampla aprovação da população e tanto é que o desempenho do então Prefeito o conduzio ao governo paulista cuja performance, agora, o encaminha para a Presidência da República.
Em boa hora a equipe do Prefeito Gilberto Kassab denunciou a manobra do relatório fajuto. Tanto é que a ONU prorrogou sua divulgação.
Vejam o que diz a matéria do Estadão, cujo viés é eminetemente em favor dos interesses políticos do PT, a começar pelo título: "Coordenador de pesquisa da ONU sobre habitação em SP nega viés partidário". Leiam:
O mexicano Eduardo Moreno, coordenador da pesquisa feita pelo do Programa para Assentamentos Humanos das Nações Unidas (ONU-Habitat) sobre a cidade de São Paulo, defendeu ontem as conclusões apresentadas pelo estudo e negou que documento tenha viés ideológico ou partidário.
A Prefeitura de São Paulo apresentou uma série de reclamações sobre o documento, acusando-o, principalmente, de fazer elogios à administração da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e de omitir informações sobre a gestões de José Serra. A queixa fez com que a ONU-Habitat adiasse para junho o lançamento do relatório, que deveria ter sido apresentado ontem, durante solenidade no 5º Fórum Urbano Mundial, que acontece no Rio.
Moreno afirmou que o texto foi elaborado a partir de fatos analisados por um grupo de pesquisadores e compilados por um consultor independente, o inglês Christopher Horwood.
"O que eles estão a reclamar é que tem uma certa posição ideológica (no estudo). Minha resposta é que vejo fatos", afirmou Moreno. "O que não vamos fazer de nenhuma maneira é entrar num debate ideológico ou político. Essa não é a posição da ONU", concluiu o coordenador, destacando ainda que se houver confirmação de dado ou fato errado na pesquisa, o texto poderá ser alterado.
A posição de Moreno se opõe à postura do representante do escritório regional do Habitat, Alberto Paranhos, que deu razão às reclamações da prefeitura. "O que Alberto diz é correto até certo ponto. A tônica dessa série de relatórios não é deixar ao final deixar a municipalidade expressar o que ela quer. Se a prefeitura quer escrever um livro sobre São Paulo que o faça", disse Moreno.
Para a superintendente de Habitação Popular da Prefeitura de São Paulo, Elisabete França, o relatório é "nonsense" e um desrespeito à cidade. "A minha impressão é que o senhor Moreno confiou demais no seu consultor, que cometeu graves erros na sua avaliação", disse a superintendente.
Apesar da polêmica, a pesquisa São Paulo: Um Conto de Duas Cidades apresenta uma quadro positivo da cidade. Mesmo com disparidades críticas entre os bairros mais ricos e mais pobres, a divisão social no município está diminuindo - de acordo com o texto da ONU-Habitat. Moema, Pinheiros, Jardim Paulista, Perdizes e Itaim Bibi têm índices de desenvolvimento humano similares a de países como Suécia e Canadá. Do outro lado, Marsilac, Parelheiros, Lajeado, Jardim Ângela e Iguatemi se comparam ao Azerbaijão. "Indicadores de violência, redução de pobreza e cobertura de serviços básicos mostram que há tendência de redução de desigualdade", avaliou Moreno. Do site do Estadão
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