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sábado, abril 10, 2010

JORNALÕES FAZEM SALADA PARA DIMINUIR SERRA PRESIDENTE. MAS AQUI HÁ UM TEXTO QUE REFLETE O JORNALISMO SEM MILITÂNCIA

Serra discursa no grande evento da oposição em Brasilia
O que andei lendo nos sites do grandes jornais - Folha e Estadão - a respeito do lançamento Serra Presidente, parece mais press-releases do Franklin Martins. É algo acintoso, típico do jornalismo "companheiro" que domina a imprensa brasileira. Já disse aqui que o lulismo já destruiu o humor e também destroçou o jornalismo. Sobra muito pouco. E este pouco está na revista Veja ou em seu site.

Tanto é que pincei de lá e reproduzo após este prólogo, uma matéria da reportagem da revista que analisa os dois discursos de José Serra, ou seja, aquele de sua despedida do Governo de São Paulo e o que proferiu no lançamento de sua candidatura neste sábado.

O texto está correto e procura destacar quais os eixos centrais da campanha tucana. Trata-se de informação séria e correta e que também não procura misturar o evento que o PT fez de forma paralela justamente para pegar carona e turvar a festa dos tucanos.

Ora, a grande notícia deste sábado, o fato, a novidade, é a oficialização da candidatura de José Serra. Nada contra que os jornais cubram o evento dos adversários de Serra. Mas o que não pode é querer forçar um paralelo entre os dois, dar a mesma dimensão a ambos os fatos. Isto é mistificação barata, é proselitismo político em favor de Lula, Dilma e seus sequazes.

E isto, pelo que se vê aqui, o site da revista Veja não fez. Ou melhor, fez jornalismo como deve ser feito reportando objetivamente aquilo que é um fato. Eis o texto do site da Veja que merece ser lido. É um ótimo e sucinto conjunto de informações:

Os discursos que José Serra fez neste sábado em Brasília, no primeiro ato de sua futura candidatura presidencial, e em sua despedida do governo de São Paulo, no dia 31 de março, têm uma estrutura muito parecida e tocam em pontos centrais da campanha do tucano.

Não por acaso, uma espécie de mote da candidatura de Serra - "O Brasil pode Mais" - foi utilizado nos dois eventos. Na despedida do governo de São Paulo, a expressão finalizou o discurso. No evento deste sábado, em Brasília, foi a abertura da fala do tucano – que repetiu a frase cinco vezes, finalizando o discurso novamente com ela.

Segundo os tucanos, os dois eventos mostram de forma clara o norte do pensamento de Serra e de temas de sua campanha.

Confira o que o candidato disse nas duas ocasiões sobre os seguintes temas:

1) Crítica a bravatas – Uma crítica indireta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que, quando estava na oposição, fazia muita bravata.

São Paulo: Mas, de um lado ou do outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas. Nunca investi no "quanto pior melhor".

Brasília: Mas, para isso, temos de enfrentar os problemas nacionais e resolvê-los, sem ceder à demagogia, às bravatas ou à politicagem. E esse é um bom momento para reafirmarmos nossos valores.

2) Governos e pessoas – Nos dois eventos, Serra usou a expressão "brio profissional".

São Paulo: Eu acho que os governos, como as pessoas, têm que ter caráter. Caráter e índole. E este caráter se expressa na maneira de ser e na maneira de agir. Eu acho que os governos, como as pessoas, têm que ter personalidade, têm que ter brio profissional.

Brasília: Honestidade, verdade, caráter, honra, coragem, coerência, brio profissional, perseverança são essenciais ao exercício da política e do Poder. É nisso que eu acredito e é assim que eu ajo e continuarei agindo. Este é o momento de falar claro, para que ninguém se engane sobre as minhas crenças e valores.

3) Alma – Serra quer marcar a ideia de que sua intenção é melhorar a vida dos mais pobres. Ele afirmou ter feito um "governo popular".

São Paulo: Mas eu acho, também, que o governo, como as pessoas, tem que ter alma, minha gente. Aquela força imaterial que os impulsiona e diz a forma, alma. A nossa alma, a alma deste governo que inspira todas as nossas ações, essa vontade de melhorar a vida das pessoas.

Brasília: Governos, como as pessoas, têm que ter alma. E a alma que inspira nossas ações é a vontade de melhorar a vida das pessoas que dependem do estudo e do trabalho, da Saúde e da Segurança. Amparar os que estão desamparados.

4) Visita ao Rodoanel - É uma das vitrines da administração do tucano em São Paulo e foi inaugurada no fim de março.

São Paulo: E quando eu fui lá, ontem (na data de inauguração do Rodoanel), francamente, eu nem sabia que esse painel, este muro, já tinha ficado pronto. Mas, a emoção me dominou quando, no fim da solenidade de inauguração, aquela onda, a movimentação, o operário me pegou e me mostrou, orgulhoso, onde estava o nome dele. "Olha, meu nome está aqui".

Brasília: Eu a vi outro dia, na inauguração do Rodoanel, quando um dos operários fez questão de me mostrar, com orgulho, seu nome no mural que eu mandei fazer para exibir a identidade de todos os trabalhadores que fizeram aquela obra espetacular. Por que o mural? Por justo reconhecimento e porque eu sabia que despertaria neles o orgulho de, quem sabe, exercer a profissão. Um momento de revelação a si mesmos de que eles são os verdadeiros construtores nesta nação.

5) "Maracutaia" – Dando voz a uma crítica recorrente da oposição, de que o governo Lula permite a impunidade de seus aliados, Serra disse não tolerar "roubalheira".

São Paulo: Aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito.

Brasília: O Brasil não tem dono. O Brasil pertence aos brasileiros que trabalham; aos brasileiros que estudam; aos brasileiros que querem subir na vida; aos brasileiros que acreditam no esforço; aos brasileiros que não se deixam corromper; aos brasileiros que não toleram os malfeitos; aos brasileiros que não dispõem de uma "boquinha"; aos brasileiros que exigem ética na vida pública porque são decentes; aos brasileiros que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.

6) Falanges do ódio – Serra usou a expressão nos dois eventos, depois que foi alvo de greves com cunho político no fim de seu mandato.

São Paulo: Jamais mobilizei falanges de ódio. Jamais dei meu apoio a uma proposta, a uma ação política, porque elas seriam prejudiciais aos meus oponentes. Não sou assim. Não ajo assim. Não entendo assim o debate político. E nisso não vou mudar. Ainda que venha ser alvo dessas mesmas falanges. Ao eventual ódio, eu reajo com serenidade de quem tem São Paulo e o Brasil no coração.

Brasília: Como falei no início, esta será uma caminhada longa e difícil. Mas manteremos nosso comportamento a favor do Brasil. Às provocações, vamos responder com serenidade; às falanges do ódio que insistem em dividir a nação vamos responder com nosso trabalho presente e nossa crença no futuro. Vamos responder sempre dizendo a verdade. Aliás, quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles.

Fotos do site do Estadão -- CLIQUE SOBRE AS FOTOS PARA VÊLAS AMPLIADAS

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2 comentários:

pentefino disse...

Prezado guerreiro Aluísio:

Não dá prá comparar. Chega a ser covardia.

JOSÉ SERRA É UM ESTADISTA

DILMALACA RUIMSELF É O EXCREMENTO DO MOLUSCO.

Aluizio Amorim disse...

Sim, vc tem razão. Não há como comparar. É covardia! O Serra é hoje o político mais bem preparado do Brasil. Ninguém é perfeito. Mas o Serra dá um banho! Sabe muito bem o que diz; é meticuloso e atiladíssimo!