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sábado, maio 01, 2010

A FARRA DA ANTROPOLOGIA OPORTUNISTA

Lula em Gambá Serra do Sol: brincando de índio
Aqui na íntegra a excelente reportagem da revista Veja que foi às bancas neste sábado alertando para o fato de que critérios frouxos para a delimitação de reservas indígenas e quilombos ajudam a negordar as contas de organizações não governamentais e diminuem ainda mais o território destinado aos brasileiros que querem produzir.

Na foto acima a pose ridícula de Lula com um cocar na cabeça provavelmente ornamentado com penas de galinha tingidas, ou seja, aves oriundas de um desses grandes frigoríficos que colocam comida na mesa dos brasileiros e, evidentemente, as galináceas também são degustadas por esses índios de araque.

É bom que vocês leiam esta reportagem. Já imaginaram a Dilma presidente do Brasil? Dizem os entendidos que Lula é light perto do que se passa na cabeça dessa mulher que já engraxou fuzil de terrorista com óleo de mocotó. Não se enganem! Ela fará aquele esquema Dilminha paz e amor. Todos já estão cansados de conhecer tal estratégia marketeira. Mais quatro anos de poder aos petralhas bye, bye, Brasil. Seremos um país de "carambolas" (O títul do post é o mesmo da reportagem que está na Veja). Leiam:

As dimensões continentais do Brasil costumam ser apontadas como um dos alicerces da prosperidade presente e futura do país. As vastidões férteis e inexploradas garantiriam a ampliação do agronegócio e do peso da nação no comércio mundial. Mas essas avaliações nunca levam em conta a parcela do território que não é nem será explorada, porque já foi demarcada para proteção ambiental ou de grupos específicos da população.

Áreas de preservação ecológica, reservas indígenas e supostos antigos quilombos abarcam, hoje, 77,6% da extensão do Brasil. Se a conta incluir também os assentamentos de reforma agrária, as cidades, os portos, as estradas e outras obras de infraestrutura, o total alcança 90,6% do território nacional. Ou seja, as próximas gerações terão de se contentar em ocupar uma porção do tamanho de São Paulo e Minas Gerais. E esse naco poderá ficar ainda menor. O governo pretende criar outras 1 514 reservas e destinar mais 50 000 lotes para a reforma agrária. Juntos, eles consumirão uma área equivalente à de Pernambuco. A maior parte será entregue a índios e comunidades de remanescentes de quilombos. Com a intenção de proteger e preservar a cultura de povos nativos e expiar os pecados da escravatura, a legislação brasileira instaurou um rito sumário no processo de delimitação dessas áreas.

Os motivos, pretensamente nobres, abriram espaço para que surgisse uma verdadeira indústria de demarcação. Pelas leis atuQais, uma comunidade depende apenas de duas coisas para ser considerada indígena ou quilombola: uma declaração de seus integrantes e um laudo antropológico. A maioria desses laudos é elaborada sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção. Alguns relatórios ressuscitaram povos extintos há mais de 300 anos. Outros encontraram etnias em estados da federação nos quais não há registro histórico de que elas tenham vivido lá. Ou acharam quilombos em regiões que só vieram a abrigar negros depois que a escravatura havia sido abolida. Nesta reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antropólogos, ativistas políticos e religiosos se associaram a agentes públicos para montar processos e criar reservas. Parte delas destrói perspectivas econômicas de toda uma região, como ocorreu em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo. Outras levam as tintas do teatro do absurdo. Exemplo disso é o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, que englobou uma vila criada em 1907 e pôs seus moradores em situação de despejo. A solução para mantê-los lá foi declarar a área um quilombo do qual não há registro histórico. Certas iniciativas são motivadas pela ideia maluca de que o território brasileiro deveria pertencer apenas aos índios, tese refutada pelo Supremo Tribunal Federal. Há, ainda, os que advogam a criação de reservas indígenas como meio de preservar o ambiente. E há também – ou principalmente – aqueles que, a pretexto de proteger este ou aquele aspecto, querem tão somente faturar. "Diante desse quadro, é preciso dar um basta imediato nos processos de demarcação", como já advertiu há quatro anos o antropólogo Mércio Pereira Gomes, ex-presidente da Funai e professor da Universidade Federal Fluminense.

Os laudos antropológicos são encomendados e pagos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Mas muitos dos antropólogos que os elaboram são arregimentados em organizações não governamentais (ONGs) que sobrevivem do sucesso nas demarcações. A quantidade de dinheiro que elas recebem está diretamente relacionada ao número de índios ou quilombolas que alegam defender. Para várias dessas entidades, portanto, criar uma reserva indígena ou um quilombo é uma forma de angariar recursos de outras organizações estrangeiras e mesmo do governo brasileiro. Não é por outro motivo que apenas a causa indígena já tenha arregimentado 242 ONGs. Em dez anos, a União repassou para essas entidades 700 milhões de reais. A terceira maior beneficiária foi o Conselho Indígena de Roraima (CIR).

A instituição foi criada por padres católicos de Roraima com o objetivo de promover a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, um escândalo de proporções literalmente amazônicas. Instituída em 2005, ela abrange 7,5% do território do estado e significou a destruição de cidades, de lavouras e um ponto final no desenvolvimento do norte de Roraima – que, no total, passou a ter 46% de sua área constituída por reservas indígenas. Em dez anos, o CIR recebeu nada menos que 88 milhões de reais da União, mais do que a quantia repassada à delegacia da Funai de Roraima no mesmo período. Não é preciso dizer que a organização nem sequer prestou contas de como gastou esse dinheiro.

A ganância e a falta de controle propiciaram o surgimento de uma aberração científica. Antropólogos e indigenistas brasileiros inventaram o conceito de "índios ressurgidos". Eles seriam herdeiros de tribos extintas há 200 ou 300 anos. Os laudos que atestam sua legitimidade não se preocupam em certificar se esses grupos mantêm vínculos históricos ou culturais com suas pretensas raízes. Apresentam somente reivindicações de seus integrantes e argumentos estapafúrdios para justificá-las. A leniência com que a Funai analisa tais processos permitiu que comunidades espalhadas pelo país passassem a se apresentar como tribos desaparecidas. As regiões Nordeste e Norte lideram os pedidos de reconhecimento apresentados à Funai. Em dez anos, a população que se declara indígena triplicou. Em 2000, o Ceará contava com seis povos indígenas. Hoje, tem doze.

Na Bahia, catorze populações reivindicam reservas. Na Amazônia, quarenta grupos de ribeirinhos de repente se descobriram índios. Em vários desses grupos, ninguém é capaz de apontar um ancestral indígena nem de citar costumes tribais. VEJA deparou com comunidades usando cocares comprados em lojas de artesanato. Em uma delas, há pessoas que aderiram à macumba, um culto africano, pensando que se tratasse da religião do extinto povo anacé. No Pará, um padre ensina aos ribeirinhos católicos como dançar em honra aos deuses daqueles que seriam seus antepassados.

Casos assim escandalizam até estudiosos benevolentes, que aceitam a tese dos "índios ressurgidos". "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente de cultura indígena original", diz o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Declarar-se índio, no entanto, além de fácil, é uma farra. No governo do PT, basta ser reconhecido como índio para ganhar Bolsa Família e cesta básica. O governo gasta 250% mais com a saúde de um índio – verdadeiro ou das Organizações Tabajara – do que com a de um cidadão que (ainda) não decidiu virar índio. O paradoxo é que, em certas regiões, é preciso ser visto como índio para ter acesso a benesses da civilização.

As "tribos" têm direito a escolas próprias, o que pode ser considerado um luxo no interior do Norte e do Nordeste, onde milhões de crianças têm de andar quilômetros até a sala de aula mais próxima. "Aqui, só tinha escola até a 8ª série e a duas horas de distância. Depois que a gente se tornou índio, tudo ficou diferente, mais perto", diz Magnólia da Silva, neotupinambá baiana. Isso para não falar da segurança fornecida pela Polícia Federal, que protege as terras de invasões e conflitos agrários. "Essas vantagens fizeram as pessoas assumir artificialmente uma condição étnica, a fim de obter serviços que deveriam ser universais", constata o sociólogo Demétrio Magnoli.

A indústria da demarcação enxergou nas pequenas comunidades negras mais uma maneira de sair do vermelho e ficar no azul. Para se ter uma ideia, em 1995, na localidade de Oriximiná, no Pará, o governo federal reconheceu oficialmente a existência de uma comunidade remanescente de um quilombo – e, assim, concedeu um pedaço de terra aos supostos herdeiros dos supostos escravos que supostamente viviam ali. Desde então, foram instituídas outras 171 áreas semelhantes em diversas regiões.

Em boa parte delas, os critérios usados foram tão arbitrários quanto os que permitiram a explosão de reservas indígenas. Também no caso dos remanescentes de quilombolas, a principal prova exigida para a demarcação é a autodeclaração. Como era de esperar, passou a ser mais negócio se dizer negro do que mulato. "Desde que o governo começou a financiar esse tipo de segregação racial, os mestiços que moram perto de quilombos passaram a se declarar negros para não perder dinheiro", diz a presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, Helderli Alves. Índio que não é índio, negro que não é negro, reservas que abrangem quase 80% do território nacional e podem alcançar uma área ainda maior: o Brasil é mesmo um país único. Para espertinhos e espertalhões.

Assinantes da Veja podem ver AQUI os quadros e boxes que ilustram e complementam esta reportagem

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11 comentários:

Paulo Henrique disse...

Quer vergonha! Como costumo dizer, à frente, o atraso.
abs

Anônimo disse...

Reportagem mentirosa sem um pingo de fundamentação empiríca. Além de colocar palavras na boca de Viveiros de Castro. Ele deveria processar a
Veja e pedir retratamento.
Se vocês querem continuar a ler esta revista de quinta, o azar é seus.
Querendo ou não o país continuará a mudar!

LM

Anônimo disse...

É, Anônimo LM, "querendo ou não o país continuará a mudar". E ninguém vai pedir RETRATAMENTO por essas mudaçãos.

zzz disse...

Seria um deleite para as reinaldetes e olavetes se o governo Brasileiro fosse realmente comprometer qualquer coisa próxima de 70% para índios, quilombolas, áreas de conservação, assentamentos agrários, etc... infelizmente a informação presente na reportagem é absolutamente falaciosa e desmentida em dois segundos de pesquisa no Google. Vocês querem os militares de volta a qualquer custo, nem que seja através de uma campanha de desinformação absurda como essa. Mas vocês não os terão.

Anônimo disse...

PARABÉNS PELA REPORTGEM!!
ISSO SIM É A VERDADE DO BRASIL. GENTE QUE SE DIZ ÍNDIO E NEGRO PRA GANHAR TERRA DOS OUTROS. NO BRASIL É ASSIM, SER ÍNDIO DE MENTIRA OU INTEGRANTE DO MST É QUE É UM GRANDE NEGÓCIO. O GOVERNO VEM FECHANDO OS OLHOS DIANTE DE TODAS ESSAS BARBARIDADES. ACORDA BRASIL!!! BANDO DE CRIMINOSOS, ISSO SIM É QUE ESSES QUE SE DIZEM ÍNDIOS SÃO!! PARABÉNS PELA REPORTAGEM!

Anônimo disse...

Os dados da reportagem são da Embrapa!! EMBRAPA! Reportagem maravilhosa e totalmente verdadeira. Sempre que a imprensa fala algo contra esses radicais da esquerda começam a falar que é tudo forjado. kkkkkk;. É até cômico isso, agora até a Embrapa perdeu a credibilidade e a revista mais séria do país tb.??? kkkkkkkkk

Anônimo disse...

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u576647.shtml

Dados da Embrapa dizem o contrário, não?

Ah, esqueci... os pesquisadores da EMBRAPA devem ser comunistas infiltrados, bem como o jornalista da folha que publicou essa matéria.

cristiane disse...

Que foi? Um argumento bem fundamentado não serve para ser veiculado em seu blog? Tem nada não, pelo menos você que apontou a matéria como excelente sabe da pilantragem e interesses escusos que estão inerentes a mesma. Valeu!

Aluizio Amorim disse...

Ah, tá bom. A revista Veja inventou tudo que está na reportagem.

mvsmotta disse...

Sim, inventou e forjou dados e a declaração do Eduardo Viveiro de Castro afim de fazer os gostos de uma parcela da população preconceituosa e atrasada que é essa que leva a revista Veja a sério...

DANILO disse...

Tudo muda nada e estático.Cultura muda.Mas os absurdos que a veja falou são algo que corrobora com muito fazendeiro que ainda assina índio e só os consideral uteis como ferramenta de exploração para pagar baixos sálarios.
pESSIMA MATERIA VEJA !