Em visita à capital do Mato Grosso, o presidenciável José Serra (PSDB), elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (29) e reforçou as acusações contra a suposta ajuda da Bolívia a narcotraficantes. Adotou o comedimento apenas para dizer que a falta de um candidato a vice em sua chapa, após meses de negociações, não será problema para sua tentativa de chegar ao Palácio do Planalto.
Antes de aparecer empatado nas pesquisas de intenção de voto com a petista Dilma Rousseff, Serra evitava atacar Lula - um presidente com 76% de aprovação popular. Recebeu até críticas de aliados por isso, como o ex-presidente Itamar Franco (PPS). Neste sábado, foi mais direto nos ataques: "O presidente da República é o culpado pela falta de segurança, porque ele é o corresponsável", disse.
Em seguida, reforçou as críticas à área da saúde. "Acabou o ativismo e o dinamismo no Ministério da Saúde. É preciso criar um fundo para pagar bem o médico, para que possam ir aos municipios mais distantes. Precisa-se de dinheiro, mas precisa melhorar a gestão. É preciso entusiasmo, mobilização", afirmou o pré-candidato tucano, que prometeu ainda fazer um governo de unidade nacional se vencer.
"Vou fazer um governo de união nacional, governando para todas e todos, e para todas as regiões", prometeu o tucano, que tem ao seu lado oficialmente apenas o Democratas e o PPS, também oposicionistas.
Depois disso, o ex-governador de São Paulo - Estado que viu a violência aumentar no primeiro trimestre deste ano -, voltou à carga contra o presidente da Bolívia, Evo Morales. Nesta semana, o tucano acusou o mandatário do país vizinho de "no mínimo" fazer vistas grossas para o tráfico de drogas que age no Brasil e passa pela fronteira sem nenhuma fiscalização.
"Parece que virou política de governo, mandar coca e destruir nossa juventude. Noventa por cento da cocaína consumida no Brasil vem da Bolívia", atacou Serra. Segundo ele, Morales abandonou um programa de erradicação da planta de coca no país vizinho. "Ele é cúmplice porque expandiu em três vezes a produção (...) A coca precisa parar de entrar no Brasil, porque está destruindo a juventude brasileira", afirmou.
O tucano ainda se comprometeu a indicar um jurista para o cargo de ministro da Justiça se for eleito. Essa pasta trata da Polícia Federal, que tem, entre outras atribuições, a obrigação de fiscalizar fronteiras. Para o presidenciável, é preciso indicar pessoas que têm experiência para a pasta, "como membros do Ministério Público, porque os políticos só fazem relações [institucionais] com os tribunais, e não pensam em políticas de segurança". Do site UOL
5 comentários:
Aluizio,
repare a malandragem do repórter mal caráter, politicamente correto: "Depois disso, o ex-governador de São Paulo - Estado que viu a violência aumentar no primeiro trimestre deste ano -, voltou à carga contra o presidente da Bolívia, Evo Morales."
A mensgem subliminar do abestado: se o Serra não consegue diminuir a violência nem em São Paulo, que moral tem para falar da Bolívia, que moral tem para propor soluções para a segurança pública no Brasil se por acaso ele for eleito?
Como você sempre diz: Fogo nos botocudos!!!
Exato, Honório.
A sabujice chegou a um ponto nojento. É uma mentira. Há dados q provam que SP diminuiu assassinatos sob gov Serra. Trata-se, como se vê, do jornalismo companheiro em ação.
Plano Nacional de Combate ao Crack
Ora, comenta-se, e com razão, que esse "plano" é uma espécie de PAC do combate às drogas, notabilizando-se pela arregimentação de propostas já existentes e pelo oportunismo eleitoreiro (a associação da imagem da candidata biônica ao plano, feita dias antes, em comercial de televisão, não deixa margem à dúvida quanto a isto).
Melhor faria o nosso desgoverno se, além de instrumentalizar politicamente o tema, revisasse o apoio que tem dado para que o governo boliviano continue a aumentar a produção de coca e a exportá-la para cá. Com financiamento do contribuinte brasileiro e para a desgraça da nossa juventude.
Creio, enfim, que um tema como este, de tanto potencial explosivo, não deveria ser tratado, pelo nosso desgoverno, com a mesma falta de seriedade com que ele vem tratando, por exemplo, a bomba do Irã.
O Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel, tem uma grande responsabilidade em relação ao narcotráfico na América do Sul, pelo apoio dado às Farc e a governos que se beneficiam de algum modo do tráfico, como é o caso da Venezuela e da Bolívia.
Há também o dinheiro manchado de sangue dos narcotraficantes por trás da eleição de vários dos presidentes ligados ao Foro. Houve, neste sentido, denúncias em relação à Argentina, ao Equador e, mesmo, ao Brasil (a campanha de Lula de 2002 teria recebido dinheiro das Farc, numa denúncia jamais apurada).
Ou seja, há fatos e suspeitas da maior gravidade rondando esses governos ligados ao facinoroso Foro de São Paulo. Não é estranhável, então, que alguns, como é o caso do Tambosi, estejam usando a denominação Narcoamérica do Sul para referir-se a esta parte do mundo.
Aluízio, o El Tiempo está com a apuração dos votos em real time.
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