Portanto, considero imprescindível a leitura deste artigo do professor Luiz Nazário que acaba de ser veiculado pelo site Pletz (link permanente na coluna ao lado com banner da bandeira de Israel). Em poucas linhas Nazário diz tudo. Leiam:
A 11 de junho de 2010, o ex-presidente cubano Fidel Castro, supostamente ainda vivo, escreveu, com a autoridade moral do ditador decrépito que transformou a ilha de Cuba num enorme campo de concentração, um artigo acusando os judeus de serem os novos nazistas: “A suástica do Führer parece ser a bandeira hoje de Israel. [...] Israel prepara um ataque nuclear contra o Irã com a mesma sanha com que as tropas israelenses atacaram há duas semanas a frota humanitária pró-palestina. O ódio do Estado de Israel contra os palestinos é tal que não vacilaria em enviar um milhão e meio de homens, mulheres e crianças dos territórios palestinos para os fornos crematórios em que judeus de todas as idades foram exterminados pelos nazistas.”.
Após a queda do Muro de Berlim e o fim do comunismo, o sistema nazista passou a ser visto com outros olhos pela esquerda: assim como o nazismo, o comunismo também havia sido derrotado pelo capitalismo. Os modelos fracassados tinham mais essa nova identidade. O progresso das chamadas democracias burguesas contrastava com o fracasso clamoroso do nazismo e, agora, do comumismo.
Globalizada, a militância raivosa passou a identificar o capitalismo vencedor com os EUA e Israel e a manifestar cada vez mais abertamente o desejo de eliminar, aniquilar, riscar do mapa o Estado Judeu. Claro, é sempre mais gratificante atacar as minorias, golpear os mais fracos.
Contudo, a esquerda nazista manteve em seu programa, como um álibi, o velho e saudável ódio ao nazismo. Como ela conseguiu conciliar um ódio libertário com seu novo ódio reacionário? A fórmula encontrada foi, depois de distinguir os sionistas dos judeus, assimilar os judeus sionistas aos nazistas e os palestinos aos judeus – mas aos judeus sionistas, que anseiam retornar à Palestina. Assim a esquerda nazista pode odiar os nazistas no passado enquanto assume a herança do nazismo no presente.
Essa esquerda realizou algo que parecia impossível: ser nazista hoje evocando o antinazismo de ontem. Aliando-se a ditadores e genocidas, violadores de direitos humanos, a esquerda nazista já supera largamente o neonazismo em manifestações antissemitas. Engels e August Bebel diziam que o antissemitismo era o socialismo dos idiotas. Não previram que o socialismo, historicamente fracassado, se tornaria apenas o último refúgio dos idiotas.
Um comentário:
Essa corja do pt nunca me enganou. São pra lá de comunistas - disse isso desde o primeiro dia...
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