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sexta-feira, junho 04, 2010

OU O JUDICIÁRIO ENQUADRA O LULA OU FICARÁ DESMORALIZADO. LEMBRAM CASO JACKSON LAGO?

O Augusto Nunes tem um site no portal da revista Veja. É dos poucos que jornalistas que costuma ir diretamente ao ponto, sem ficar rodeando o palácio do Lula e a mansão da Dilma. Está lá agora na sua coluna um post perfeito, quando ele aponta uma contradição fantástica do Tribunal Superior Eleitoral que cassou a candidatura do governador Jackson Lago, do Maranhão, justamente porque seu antecessor transformou uma mesa de autoridades em palanque eleitoral, puxando votos para Lago, então em campanha. E o Lula?

Reproduzo após este prólogo, na íntegra, o artigo de Augusto Nunes que é terminativo. Sem apelação. Recomendo aos que utilizam a internet como meio de informação que coloquem o site do Augusto Nunes nos favoritos. Aos que já se acosstumaram com a internet vão ver o quanto são ridículos os grandes jornais do país atualmente e que acabam muitas vezes dando meia informação para posarem como isentos ou imparciais. Certas notícias veiculadas de forma acrítica, sem uma correta contextualização, transferem muitas vezes ao leitor uma informação enviesada.

Agora leiam o artigo do Augusto Nunes:

Em 15 de abril de 2009, por 5 votos a 2, o Tribunal Superior Eleitoral puniu com a cassação do mandato o governador do Maranhão, Jackson Lago, eleito pelo PDT. A maioria dos ministros decidiu-se pelo castigo depois da exibição do vídeo que documentou uma solenidade oficial realizada no município de Codó durante a campanha de 2006. No meio do discurso, o então governador José Reinaldo Tavares transformou a mesa das autoridades em palanque e declarou apoio a Lago. Isso não pode, entendeu o TSE. É abuso do poder político.

(Autonomeado Primeiro Cabo Eleitoral em 2007, o presidente da República improvisa um comício por dia para apoiar enfaticamente a candidatura de Dilma Rousseff)

Em 21 de novembro de 2008, o TSE impôs ao governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, o mesmo castigo que aplicaria a Jackson Lago cinco meses mais tarde. Por unanimidade, os ministros decidiram que Cunha Lima, reeleito pelo PSDB, incorrera em “abuso do poder econômico e político” ao usar a máquina do Estado na campanha de 2006. O tribunal considerou particularmente grave a distribuição de 35 mil cheques, somando R$ 3,5 milhões, por uma fundação subordinada ao gabinete do governador.

(Há pelo menos dois anos, Lula e Dilma vêm usando como gazuas eleitorais o dinheiro do Orçamento, do PAC e dos programas sociais. Em vez dos cheques de Cunha Lima, distribuem verbas, contratos, licitações espertas, cestas básicas e bolsa-esmola)

Em 26 de junho de 2009, Marcelo Miranda completou a trinca de governadores punidos por motivos semelhantes em menos de sete meses. Para continuar no cargo mais cobiçado do Tocantins, o candidato do PMDB animou a temporada de caça ao voto com a distribuição de milhares de cargos comissionados. Ganhou nas urnas por larga vantagem. Perdeu no TSE por unanimidade.

(Confrontada com o obsceno aparelhamento do Estado em curso há mais de sete anos, a esperteza de Marcelo Miranda parece peraltice de coroinha. É mais fácil encontrar uma ararinha-azul que um petista desempregado. Os companheiros da base alugada também se arranjaram na vida. Os morubixabas ganharam diretorias em estatais ─ incluída aquela da Petrobras que fura poço. A multidão dos comuns tem salário garantido)

No relato sobre os três casos exemplares, o repórter Fernando Mello, de VEJA.com, incluiu o preciso resumo da ópera produzido pelo ministro Carlos Ayres Britto, então presidente do TSE, tão logo terminou o julgamento de Jackson Lago: “Cinco votos concluíram pelo abuso do poder político, revestido de potencialidade para influenciar o resultado do pleito. Ficou assentado um entrelace de administrações na perspectiva de forçar o eleitorado a dar sequência de trabalho que somente seria assegurada se o governador de então fizesse o seu sucessor”.

De meia em meia hora, Lula e a sucessora que inventou avisam que o Brasil estará em perigo se a candidata for derrotada. O porão dos dossiês cafajestes foi reativado. A fábrica de mentiras já funciona sem intervalos para descanso. A rede escolar paulista acaba de ser inundadas por uma tempestade de panfletos que celebram proezas imaginárias do governo federal. Lula coleciona delinquências que afrontam o cargo que ocupa e a Justiça eleitoral. Oficialmente, a campanha nem começou.

Não existem brasileiros acima da lei. Existem os cumpridores da lei e os fora-da-lei. O presidente se incluiu acintosamente na segunda categoria e reduziu a contraventores aprendizes os governadores cassados. É preciso detê-lo agora. Ou o Judiciário enquadra Lula ou Lula desmoraliza o Judiciário.

Não existe uma terceira opção.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Aluízio, vem aí a bomba-petralha! Numa das edições do JN desta semana foi noticiada a possibilidade de produção de energia a partir da lama. É uma excelente notícia para o Brasil, onde Lula e seus petralhas aloprados já dominam toda a tecnologia de processamento da lama: além de produzir lama aos borbotões, estão em adiantado processo de enriquecer na lama, ops!, de enriquecer a lama!