O governo do presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, negou neste sábado que pretenda lançar um ataque militar contra a Venezuela, como havia denunciado o presidente do país vizinho, Hugo Chávez.
"A Colômbia jamais pensou em atacar ao povo irmão da República Bolivariana da Venezuela, como disse o presidente desse país em um claro engano a sua própria nação", enfatizou um comunicado oficial lido pelo Secretário de Imprensa do Executivo colombiano, César Velásquez.
O porta-voz acrescentou ainda que a Colômbia apelou aos canais de direito internacional "e seguirá insistindo nesses mecanismos para que sejam adotados os instrumentos que façam com que o governo venezuelano cumpra com a obrigação de não abrigar terroristas colombianos".
Mobilização na Venezuela
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, informou nesta sexta-feira (30) que enviou unidades militares - aéreas e de infantaria - para a fronteira com a Colômbia, porque o presidente colombiano, Álvaro Uribe, é "capaz de qualquer coisa".
"Mobilizamos unidades militares, aéreas (...), de infantaria, mas em silêncio porque não queremos alterar ninguém, a população", disse Chávez em entrevista à televisão estatal VTV, sem dar detalhes sobre os efetivos enviados à zona de fronteira.
"Uribe é capaz de qualquer coisa nestes dias que lhe restam (de governo). Isto se tornou uma ameaça de guerra, mas nós não queremos a guerra", acrescentou Chávez, que na semana passada rompeu relações com a Colômbia, após Bogotá denunciar na Organização dos Estados Americanos (OEA) a presença de mais de 1.500 guerrilheiros colombianos no território da Venezuela.
O presidente venezuelano revelou ainda que um helicóptero colombiano violou na quinta-feira o espaço aéreo da Venezuela, durante 5 minutos, na zona de fronteira dos Estados de Zulia e Táchira.
Sobre a presença de guerrilheiros colombianos na Venezuela, Chávez garantiu que não há qualquer rebelde, mas admitiu que "paramilitares" operam no lado venezuelano da fronteira. "São paramilitares e não guerrilheiros" procedentes da Colômbia.
Denúncia
Uribe defendeu na sexta-feira (30) sua posição ao afirmar que "é preciso ter ousadia para denunciar internacionalmente os terroristas". "Há que ter ousadia para respeitar a comunidade internacional, ser franco para apresentar nossas queixas".
O presidente colombiano entrega o poder no próximo dia 7 de agosto a seu ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos.
Pouco tempo depois das declarações de Chávez sobre a mobilização de tropas, o governo colombiano comunicou o início das operações, neste sábado, de uma base militar encarregada de vigiar o espaço aéreo na fronteira com a Venezuela e combater as guerrilhas das Farc e ELN na região.
A base está situada em Yopal, capital do departamento de Casanare, e será inaugurada pessoalmente pelo presidente Álvaro Uribe, anunciou a Força Aérea Colombiana (FAC).
"Esta unidade abrange os departamentos de Arauca (fronteira com Venezuela) e Casanare, sobre uma área total de 69.000 km2, e contará com aeronaves de transporte, inteligência e combate", incluindo aviões e helicópteros.
A base dará proteção aérea à infra-estrutura petroleira nesta região do país, e auxiliará no combate "aos diferentes grupos narcoterroristas que agem nesta parte do território colombiano, como as Frentes 28, 45 e 10 das Farc, e as quadrilhas de José David Suárez e Adonai Ardila Pinilla, do ELN". Do site G1
2 comentários:
Quem fala em guerra é Chaves, Uribe nao disse essa palavra. Como distorcem os fatos, a esquerda bolivariana de araque.
Veja no site do Ministério do Exterior a algazara que o lula está fazendo: no dia 30.07.2010 doou 500 mil dólares para refugiados da colômbia no Equador. Isso é dinheiro entregue à Farc, pois na colômbia só tem fugido quem é guerrilheiro.
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