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quinta-feira, agosto 26, 2010

ESCÂNDALO DA QUEBRA DE SIGILO DA RECEITA FEDERAL: ESQUEMA ATINGE OUTRAS PESSOAS PRÓXIMAS DE JOSÉ SERRA.

Da Folha de São Paulo desta quinta-feira. Transcrevo na íntegra. Vejam:
O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, não foi a única pessoa ligada ao partido a ter o sigilo fiscal violado dentro da Receita Federal.

No mesmo dia, no mesmo lugar e de forma sequencial, os dados de outras três pessoas próximas ao candidato da sigla à Presidência, José Serra, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram acessados irregularmente em um terminal do fisco na agência de Mauá (SP).

Entre 12h27 e 12h43 de 8 outubro de 2009 foram impressas as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra.

Outras quatro pessoas tiveram o sigilo quebrado nas mesma circunstâncias, sendo ao menos duas filiadas a partidos políticos.

As informações foram levantadas pela Corregedoria-Geral da Receita, que abriu investigação interna para apurar a quebra do sigilo de Eduardo Jorge, revelada pela Folha em junho.

As cópias das declarações do imposto de Eduardo Jorge (dos exercícios de 2005 a 2009) faziam parte de um dossiê organizado por um "grupo de inteligência" que atuou na pré-campanha da candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) -que nega todas as acusações.

De acordo com a corregedoria, as declarações de IR do vice-presidente do PSDB foram acessadas e impressas juntamente com as demais.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Receita informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Anteontem, a Justiça Federal autorizou Eduardo Jorge a ter acesso a todo o trabalho da corregedoria do fisco. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal também investigam o caso.

Todos os dados das pessoas ligadas ao PSDB foram acessados com a senha da analista fiscal Antonia Aparecida Neves Silva, mas a partir do computador de Adeildda Ferreira dos Santos, servidora do Serpro cedida à Receita. 

ALVOS DO DOSSIÊ
As duas estão lotadas na agência do fisco de Mauá.


Além de não haver motivação justificada até agora para nenhuma das consultas, os endereços fiscais dos quatro tucanos estão fora da alçada da agência de Mauá.

Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio e Preciado moram em São Paulo capital. Eduardo Jorge, no Rio.

Os quatro eram alvos do dossiê montado pelo grupo que atuou na pré-campanha de Dilma.

Uma das pilhas de papéis do dossiê contém dados da CPI do Banestado (2003-2004), como operações financeiras registradas entre 1997 e 2001 em nome de empresas que pertenciam ou pertenceram a Ricardo Sérgio, ex-arrecadador informal da campanha de Serra ao Senado em 1994.
Os documentos também tratam de movimentações financeiras do empresário Gregorio Marin.


Preciado, casado com uma prima do presidenciável e sócio de Serra até 1995 em um imóvel.

O terceiro volume dos documentos abrange negócios da filha de Serra, Verônica. A Folha manuseou, mas não obteve cópia dos papéis nem conseguiu verificar sua autenticidade. Eles tratam de operações contábeis feitas por empresa ligada a Verônica e seu marido.

Como a "Veja" revelou em maio, o esquema de inteligência da pré-campanha de Dilma foi desfeito após o vazamento da movimentação do grupo. Antes de ser desmontada, contudo, a equipe reuniu o dossiê contra aliados e parentes de Serra.

A Corregedoria também identificou acessos imotivados aos dados de Amauri Jacintho Baragatti (que foi filiado ao PSDB de São Paulo e, segundo seu assessor, hoje está no PT); do sindicalista Gilmar José Argenta e da mulher dele, Carla Estevão de Andrade Argenta; e de Ronaldo de Souza, empresário morto há dois anos e ex-sócio de Ricardo Sérgio.

Gilmar é da direção do sindicato dos trabalhadores da limpeza urbana de São Paulo, ligado à UGT (União Geral dos Trabalhadores)-entidade que organizou evento para Serra na atual campanha. Da folha de São Paulo desta quinta-feira  

2 comentários:

Anônimo disse...

Escândalo pra quem Aluízio? Só pra nós, do clubinho dos 3%. O País está anestesiado, não liga mais para escândalos. O esquema lulista de poder neutralizou o que restava de pudor entre os cidadãos brasileiros. Não temos mais oposição formal, só a oposição permitida (Serra). O negócio agora é "inventar" esquemas para se defender da sanha desta nova burguesia de origem sindical. É o que resta ao cidadão privado: zelar para que a carga tributária não o puna ainda mais. E zelar pela própria segurança, pois sabemos que Lula-Dilma nada farão pela segurança, eles só têm a ganhar com ela, como sempre fizeram os comunistas. O quadro é feio, irmão! Logo, logo as garras deles se voltarão contra os resistentes da Internet e nem poderemos mais sequer reclamar do governo. É a ditadura perfeita profetizada pelo demônio Antonio Gramsci em todo o seu explendor maligno.
Fernando José - SP

Anônimo disse...

Aluizio, acabam de sair mais: Família Klein (Casas Bahia) e Ana Maria Braga...