Por Nilson Borges Filho (*)
Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba, uma simpática cidade paulista situada no Vale do Paraiba. Radicou-se em Sobral, no Ceará, e à sombra do pai fez carreira política. Jovem, ainda, candidatou-se à vaga de vice-presidente na diretoria da UNE, representando a direita do movimento estudantil. Ingressou na ARENA, partido político que dava sustentação ao regime militar. Com a reforma partidária, mudou-se de mala e cuia para o PDS, sucedâneo da ARENA.
Como havia uma onda oposicionista ao regime dos generais, Ciro, sem se fazer de rogado, pulou o muro e assinou a ficha do PMDB. Aquele rapaz de porte esguio, com pose de lorde inglês, foi adotado por Tasso Jereissati, dono de uma das maiores fortunas do Ceará e político promissor. A carreira política de Ciro Gomes sempre esteve associada a Tasso. Foi prefeito de Fortaleza e depois governador do Ceará. Substituindo a quem mesmo? Claro, ele mesmo, Tasso Jereissati – agora Senador da República.
Nessa época, Ciro ainda não havia se iniciado como o menino maluquinho, aquela criança birrenta, que faz beicinho, bate os pés, desobediente e faz o tipo malcriado. Enfim, aquele adolescente, o rebelde sem causa. Anos mais tarde, acompanhando o chefe, ajudou na fundação do PSDB. Foi ministro da Fazenda de Itamar Franco. Indicado mesmo por quem? Claro, ele mesmo, Tasso Jereissati. Quando Fernando Henrique assumiu a presidência da República, convocou Pedro Malan para assumir a pasta da Fazenda e ofereceu o ministério da Saúde para Ciro Gomes.
Sentindo-se relegado a segundo plano, o menino maluquinho passou a dirigir a sua metralhadora giratória contra tudo e contra todos. O menino mimado do Ceará, movido por ressentimentos obscuros, elegeu FHC e o seu entorno, para despejar toda a sua fustração.
Nesse entorno, estava José Serra. Apesar disso tudo, tanto Serra como FHC nunca deram a mínima bola para os ataques do “enfant terrible” do polígono da seca. Ciro Gomes, representando ainda o papel do menino mauzinho, pulou para o PPS e depois – já que ninguem é de ferro – para o PSB.
Tentou o apoio de Lula para sair candidato à presidência. O presidente – bem ao seu estilo – inflou o ego de Ciro e o mandou seguir em frente. Bobagem, Lula já tinha a sua candidata, a chefe da Casa Civil do seu governo. Ciro insistiu e partiu para o confronto, postulando sua candidatura pelo PSB, partido da base aliada do governo federal e que tem no controle o governador Eduardo Campos de Pernambuco. Lula deu a ordem, Ciro foi rifado e saiu batendo na “fouxidão moral do PMDB e do PT”, consórcio de siglas que apoia Dilma Rousseff.
Em entrevistas, chamou os dois partidos de “corruptos” e que, politica e administrativamente, “Serra era mais preparado do que a candidata petista”. Sequer votou em Dilma no primeiro turno. Justificou o voto. Como o resultado das eleições não foi bem o que esperava o PT, Lula mandou chamar o ex-arenista, o ex-pedessista, o ex-peemedebista, o ex-tucano, o ex-pepessista e o atual pessebista para participar da coordenação de campanha da candidata de Lula. Não se sabe se Ciro foi escalado para acabar com a “frouxidão moral” do consórcio PT/PMDB.
O certo é que a campanha de Dilma está nas mãos do PT e de Lula. Na verdade, dizem que Ciro foi convocado para fazer o que mais gosta: atacar os governos de FHC e a pessoa de José Serra, jogando pesado nas baixarias. Como não seria de bom tom e como o eleitor não reageria bem se os ataques partissem de Dilma, Lula contratou a boca podre de Ciro Gomes. Em troca, caso Dilma se eleja, o menino maluquinho levará um ministério ou a presidência de uma estatal. E a “frouxidão moral”? Deixa pra mais tarde. Quem sabe em 2014.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito, foi professor da UFSC e da UFMG
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Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba, uma simpática cidade paulista situada no Vale do Paraiba. Radicou-se em Sobral, no Ceará, e à sombra do pai fez carreira política. Jovem, ainda, candidatou-se à vaga de vice-presidente na diretoria da UNE, representando a direita do movimento estudantil. Ingressou na ARENA, partido político que dava sustentação ao regime militar. Com a reforma partidária, mudou-se de mala e cuia para o PDS, sucedâneo da ARENA.
Como havia uma onda oposicionista ao regime dos generais, Ciro, sem se fazer de rogado, pulou o muro e assinou a ficha do PMDB. Aquele rapaz de porte esguio, com pose de lorde inglês, foi adotado por Tasso Jereissati, dono de uma das maiores fortunas do Ceará e político promissor. A carreira política de Ciro Gomes sempre esteve associada a Tasso. Foi prefeito de Fortaleza e depois governador do Ceará. Substituindo a quem mesmo? Claro, ele mesmo, Tasso Jereissati – agora Senador da República.
Nessa época, Ciro ainda não havia se iniciado como o menino maluquinho, aquela criança birrenta, que faz beicinho, bate os pés, desobediente e faz o tipo malcriado. Enfim, aquele adolescente, o rebelde sem causa. Anos mais tarde, acompanhando o chefe, ajudou na fundação do PSDB. Foi ministro da Fazenda de Itamar Franco. Indicado mesmo por quem? Claro, ele mesmo, Tasso Jereissati. Quando Fernando Henrique assumiu a presidência da República, convocou Pedro Malan para assumir a pasta da Fazenda e ofereceu o ministério da Saúde para Ciro Gomes.
Sentindo-se relegado a segundo plano, o menino maluquinho passou a dirigir a sua metralhadora giratória contra tudo e contra todos. O menino mimado do Ceará, movido por ressentimentos obscuros, elegeu FHC e o seu entorno, para despejar toda a sua fustração.
Nesse entorno, estava José Serra. Apesar disso tudo, tanto Serra como FHC nunca deram a mínima bola para os ataques do “enfant terrible” do polígono da seca. Ciro Gomes, representando ainda o papel do menino mauzinho, pulou para o PPS e depois – já que ninguem é de ferro – para o PSB.
Tentou o apoio de Lula para sair candidato à presidência. O presidente – bem ao seu estilo – inflou o ego de Ciro e o mandou seguir em frente. Bobagem, Lula já tinha a sua candidata, a chefe da Casa Civil do seu governo. Ciro insistiu e partiu para o confronto, postulando sua candidatura pelo PSB, partido da base aliada do governo federal e que tem no controle o governador Eduardo Campos de Pernambuco. Lula deu a ordem, Ciro foi rifado e saiu batendo na “fouxidão moral do PMDB e do PT”, consórcio de siglas que apoia Dilma Rousseff.
Em entrevistas, chamou os dois partidos de “corruptos” e que, politica e administrativamente, “Serra era mais preparado do que a candidata petista”. Sequer votou em Dilma no primeiro turno. Justificou o voto. Como o resultado das eleições não foi bem o que esperava o PT, Lula mandou chamar o ex-arenista, o ex-pedessista, o ex-peemedebista, o ex-tucano, o ex-pepessista e o atual pessebista para participar da coordenação de campanha da candidata de Lula. Não se sabe se Ciro foi escalado para acabar com a “frouxidão moral” do consórcio PT/PMDB.
O certo é que a campanha de Dilma está nas mãos do PT e de Lula. Na verdade, dizem que Ciro foi convocado para fazer o que mais gosta: atacar os governos de FHC e a pessoa de José Serra, jogando pesado nas baixarias. Como não seria de bom tom e como o eleitor não reageria bem se os ataques partissem de Dilma, Lula contratou a boca podre de Ciro Gomes. Em troca, caso Dilma se eleja, o menino maluquinho levará um ministério ou a presidência de uma estatal. E a “frouxidão moral”? Deixa pra mais tarde. Quem sabe em 2014.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito, foi professor da UFSC e da UFMG
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Um comentário:
Cirodog, senta, agora pega a bolinha, traz aqui.........bom menino......vai ganhar um ossinho....au au au au!
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