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terça-feira, novembro 23, 2010

MÁFIA DO LIXO: POR QUE PALOCCI FOI PROCESSADO E O MP PEDIU CONDENÇÃO A 225 ANOS DE PRISÃO?

Em seu capítulo 9, o livro O Chefe, de autoria do jornalista Ivo Patarra, assim descreve o caso da Máfia do Lixo que levou o Ministério Público a pedir 225 anos de prisão para o então prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci, agora cotado como homem forte do governo da Dilma. Nesta terça-feira, conforme post abaixo, o STJ absolveu Palocci. Leiam aqui os parágrafos iniciais do caso que está no livro de Patarra com link ao final para leitura integral do capítulo:

Morto Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André (SP), Lula escolheu um outro prefeito para substituí-lo na coordenação da campanha, durante o processo eleitoral de 2002: Antonio Palocci (PT), de Ribeirão Preto (SP). Eleito presidente da República, Lula nomeou Antonio Palocci seu ministro da Fazenda. No primeiro mandato (2003-2006), ele foi um dos mais influentes auxiliares do Governo Federal. Fez parte do chamado "núcleo duro" de Lula, juntamente com os ministros José Dirceu (PT-SP) e Luiz Gushiken (PT-SP). A dupla caiu em 2005, após envolvimento no escândalo do mensalão.

Antonio Palocci também caiu, mas só no ano seguinte, em decorrência do crime de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O funcionário o acusara de frequentar uma mansão em Brasília, alugada pela chamada "república de Ribeirão Preto". O casarão servia para festas com garotas de programa. Palocci suspeitou que o caseiro o denunciara por ter sido subornado pela oposição. Achou que comprovaria a propina ao pôr as mãos em extratos bancários. Mas a desconfiança não procedia. O pai do caseiro dera o dinheiro. Além do mais, não haveria o que justificasse quebrar o sigilo.

Antes de ser afastado, porém, Palocci sofreu diversas acusações por atos de ilegalidade em Ribeirão Preto. As denúncias de corrupção eram ainda mais graves que a quebra do sigilo. Afinal, ao longo da trajetória do PT a ética na política foi propagada, em alto e bom som, como sendo a bandeira mais importante do partido. Apesar disso, Lula protegeu Palocci o quanto pôde. 

Poucos dias antes do segundo turno das eleições que reelegeram Lula em 2006, o Ministério Público de São Paulo denunciou Palocci, recém-eleito deputado federal. Promotores pediram à Justiça a sua prisão preventiva por crimes de formação de quadrilha, peculato e adulteração de documentos públicos. Acusaram-no de chefia r o grupo que fraudou contratos de limpeza pública na Prefeitura de Ribeirão, provocando prejuízos de R$ 30,7 milhões. A ação criminal pediu a condenação do ex-ministro a 225 anos de prisão. Clique AQUI  para ler o capítulo completo

4 comentários:

Anônimo disse...

Pô meu, tá tudo podre?
tudo contaminado?
cadê as FFAA pra Varrer essa gente do puder???
será que teremos que chamar o Bin Laden pra soltar uma bombinhas e acordar essa gente???
Assim não Dá,
Assim não Pode!

Anônimo disse...

Se o governo anterior foi carregado de falcatruas posso imaginar já o que vem pela frente, a começar pela presidente eleita que é de uma lisura só.Estamos perdidos com tanto ladrão em volta.

Anônimo disse...

Ainda não vivemos uma ditadura propriamente dita.

Mas não se pode fazer vista grossa para o fato de que o conjunto dos movimentos destes que estão no poder apontam inevitavelmente para tal. Vejamos:
. as tentativas de se estabelecer o "controle social da imprensa", ou seja, censura;
. o (CNJ) Conselho Nacional de Jornalismo que se pretendeu implantar, mais censura;
. a ANCINAV que também se tentou criar pra controlar a produção cultural;
. a clara intenção do partido único e hegemônico;
. a mais absoluta ausência de discernimento quanto ao que é governo e ao que é partido, quanto ao que é exclusivamente público e ao que é privado;
. o aparelhamento do Estado levado às últimas conseqüências, com objetivos muito claros e pouco republicanos, isso pra não dizer de seus efeitos deletérios na qualidade dos serviços públicos, da corrupção etc;
. o desrespeito e mesmo desprezo pelas instituições que dão corpo e alma à Democracia;
. a reiterada (e até debochada) transgressão às regras Democráticas e do jogo eleitoral;
. a utilização da mentira mais deslavada pra enganar a população em geral e os eleitores em particular;
. a desonestidade intelectual ao negar tudo o que os outros presidentes fizeram;
. a apropriação indébita das realizações dos outros presidentes como se suas fossem;
. o populismo messiânico que se busca estabelecer;
. a volta do personalismo tão retrógrado e que se julgava coisa do passado;
. a intolerância à divergência;
. a incitação à violência;
- a tentativa maniqueísta de dividir o país entre pobres e ricos, jogar uns contra os outros gerando ódio na população;
. o desejo explícito do extermínio das oposições;
. a utilização da máquina estatal, inclusive informações confidenciais, para fins eleitorais e de perseguição política.
. no plano internacional, as “afinidades eletivas” do atual presidente (e dá que se elegeu) com ‘governantes’ com clara vocação autoritária tais como: Hugo Chávez, Evo Morales, Fidel Castro, Cristina Kirchner e Mahmoud Ahmadinejad;


Enfim, todo esse conjunto de ações apontam para o quê? Democracia? Não, apontam claramente para uma ditadura totalitária, com o perdão da redundância.
É assim que eu vejo a situação hoje em nosso país. Por isso que eu digo: o que está em jogo é uma opção (ou não) pela manutenção da Democracia e das liberdades a ela inerentes.

(Artigo escrito e enviado a este blog por Rodrigo Borges de Campos Netto, cientista político, Brasília- DF)

... disse...

Que curriculo o dele, hein? Digno de um petralha iMundo mesmo.