Quércia lutava desde 1997 contra câncer |
O ex-governador paulista e presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia (foto), que morreu na manhã desta sexta, 24, às 7h40, no Hospital Sírio-Libanês, será velado no hall principal do Palácio dos Bandeirantes, às 14h, informa nota oficial do governo paulista.
A cerimônia será aberta ao público até às 18 horas, depois deste horário, será restrita a familiares e amigos do peemedebista. O enterro ocorrerá amanhã, por volta das 9 horas, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
A assessoria do ex-governador disse também que, desde sua última internação no hospital no final do mês passado, ele vinha se mantendo consciente e, nesta quinta, seu estado de saúde piorou.
Ainda não há informações oficiais sobre o que motivou o agravamento de sua situação e nem a causa da morte.
A mulher do peemedebista, Alaíde Quércia, e seus quatro filhos seguem no hospital Sírio-libanês para definir os detalhes do enterro.
Uma das primeiras a chegar ao hospital, após a confirmação da morte de Quércia, foi a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio (PMDB), uma de suas principais aliadas. Ela lamentou a perda do amigo. 'Foi um grande amigo, um ser humano de excepcionais qualidades', disse emocionada. 'Ele deixa uma lacuna no coração de todos que o conheceram, é uma lacuna que não tem como ser preenchida', resumiu.
Há seis dias, Orestes Quércia deu entrada no Hospital Sírio-Libanês para dar continuidade ao tratamento. Ele realizou uma nova sessão de quimioterapia e permanecia internado. No dia 19 de dezembro, o ex-governador foi para a UTI.
Para tratar da doença, o ex-governador desistiu de disputar uma cadeira para o Senado, chegando a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Com a renúncia, Quércia declarou apoio o candidato eleito pelo PSDB, Aloysio Nunes Ferreira.
Quércia sofria com a doença desde 1997. Na época, ele decidiu realizar um tratamento de radioterapia, descartando a cirurgia para retirada do tumor. Do portal do Estadão
DESDE CRIANÇA, UM LUTADOR
Descendente de imigrantes italianos, Quércia nasceu em 18 de agosto de 1938, em Pedregulho, no interior de São Paulo. Filho de Otávio e Isaura, pequenos comerciantes em Igaçaba, começou a trabalhar cedo, aos sete anos de idade, como atendente no armazém da família. Depois foi fazer arreios na selaria do pai. Improvisou uma oficina para recuperar e revender bicicletas quebradas, início de sua trajetória empresarial. Trabalhou como escriturário, locutor de rádio e repórter de jornal, juntando economias para iniciar seus próprios negócios. Fundou a firma Irmãos Quércia para exploração de dois armazéns em Campinas e, em seguida, se lançou no ramo de imóveis, que se tornaria sua principal atividade.
Escolheu cursar direito na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas. Na faculdade coordenou o jornal do centro acadêmico. Trabalhou como locutor entre 1959 e 1963 nas rádios Cultura e Brasil, além de trabalhar no Jornal de Campinas e na sucursal do jornal Última Hora.
Começou na política em 1963, quando foi eleito vereador em Campinas pelo Partido Libertador. Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) após o Ato Institucional nº 2. Pelo MDB, em 1966, foi eleito deputado estadual. Voltou para Campinas em 1969 para assumir a prefeitura da cidade.
Nas décadas de 70 e 80, Quércia tornou-se um dos políticos mais influentes no estado conquistando apoio de políticos do interior. Em novembro de 1974, venceu a disputa ao Senado. Em setembro de 1979, apresentou proposta de emenda constitucional convocando uma assembleia nacional constituinte. Em Campinas, no mesmo ano, fundou o Jornal Hoje, publicação posteriormente incorporada ao Diário do Povo.
Já no PMDB, em 1982, foi eleito vice-governador na chapa de André Franco Montoro. Em novembro de 1986, derrotou Paulo Maluf na disputa pelo governo do Estado.
Após a série de vitórias nas urnas que teve seu ápice no governo do Estado, o peemedebista não venceu nenhuma outra eleição. Concorreu à Presidência da República em 1994, mas ficou em quarto lugar. Em 1998, tentou voltar ao governo de São Paulo, mas recebeu apenas 4,3% dos votos válidos.
No governo paulista, Quércia investiu na reforma de estradas, construiu o Memorial da América Latina e criou a Secretaria do Menor, investiu no saneamento básico, inaugurou linhas de metrô, mas endividou o Estado e saiu do governo sob acusação de ter quebrado o Banespa (Banco do Estado de São Paulo). O político também atuou como empresário nos ramos imobiliário e de comunicação, além de investir no setor agropecuário. Após deixar o cargo de governador, Quércia foi presidente nacional do PMDB entre 1991 e 1993.
Em 2010, chegou a lançar candidatura ao Senado. Enquanto o seu partido articulou uma aliança para a eleição de Dilma Rousseff, Quércia e o PMDB paulista ratificaram o apoio já estabelecido ao PSDB, que lançou José Serra como candidato. Em setembro, o peemedebista anunciou, por meio de carta, a desistência da candidatura. O motivo da desistência foi o diagnóstico do retorno de um tumor de próstata que havia sido tratado há mais de 10 anos. Do portal do Diário Catarinense
A cerimônia será aberta ao público até às 18 horas, depois deste horário, será restrita a familiares e amigos do peemedebista. O enterro ocorrerá amanhã, por volta das 9 horas, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
A assessoria do ex-governador disse também que, desde sua última internação no hospital no final do mês passado, ele vinha se mantendo consciente e, nesta quinta, seu estado de saúde piorou.
Ainda não há informações oficiais sobre o que motivou o agravamento de sua situação e nem a causa da morte.
A mulher do peemedebista, Alaíde Quércia, e seus quatro filhos seguem no hospital Sírio-libanês para definir os detalhes do enterro.
Uma das primeiras a chegar ao hospital, após a confirmação da morte de Quércia, foi a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio (PMDB), uma de suas principais aliadas. Ela lamentou a perda do amigo. 'Foi um grande amigo, um ser humano de excepcionais qualidades', disse emocionada. 'Ele deixa uma lacuna no coração de todos que o conheceram, é uma lacuna que não tem como ser preenchida', resumiu.
Há seis dias, Orestes Quércia deu entrada no Hospital Sírio-Libanês para dar continuidade ao tratamento. Ele realizou uma nova sessão de quimioterapia e permanecia internado. No dia 19 de dezembro, o ex-governador foi para a UTI.
Para tratar da doença, o ex-governador desistiu de disputar uma cadeira para o Senado, chegando a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Com a renúncia, Quércia declarou apoio o candidato eleito pelo PSDB, Aloysio Nunes Ferreira.
Quércia sofria com a doença desde 1997. Na época, ele decidiu realizar um tratamento de radioterapia, descartando a cirurgia para retirada do tumor. Do portal do Estadão
DESDE CRIANÇA, UM LUTADOR
Descendente de imigrantes italianos, Quércia nasceu em 18 de agosto de 1938, em Pedregulho, no interior de São Paulo. Filho de Otávio e Isaura, pequenos comerciantes em Igaçaba, começou a trabalhar cedo, aos sete anos de idade, como atendente no armazém da família. Depois foi fazer arreios na selaria do pai. Improvisou uma oficina para recuperar e revender bicicletas quebradas, início de sua trajetória empresarial. Trabalhou como escriturário, locutor de rádio e repórter de jornal, juntando economias para iniciar seus próprios negócios. Fundou a firma Irmãos Quércia para exploração de dois armazéns em Campinas e, em seguida, se lançou no ramo de imóveis, que se tornaria sua principal atividade.
Escolheu cursar direito na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas. Na faculdade coordenou o jornal do centro acadêmico. Trabalhou como locutor entre 1959 e 1963 nas rádios Cultura e Brasil, além de trabalhar no Jornal de Campinas e na sucursal do jornal Última Hora.
Começou na política em 1963, quando foi eleito vereador em Campinas pelo Partido Libertador. Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) após o Ato Institucional nº 2. Pelo MDB, em 1966, foi eleito deputado estadual. Voltou para Campinas em 1969 para assumir a prefeitura da cidade.
Nas décadas de 70 e 80, Quércia tornou-se um dos políticos mais influentes no estado conquistando apoio de políticos do interior. Em novembro de 1974, venceu a disputa ao Senado. Em setembro de 1979, apresentou proposta de emenda constitucional convocando uma assembleia nacional constituinte. Em Campinas, no mesmo ano, fundou o Jornal Hoje, publicação posteriormente incorporada ao Diário do Povo.
Já no PMDB, em 1982, foi eleito vice-governador na chapa de André Franco Montoro. Em novembro de 1986, derrotou Paulo Maluf na disputa pelo governo do Estado.
Após a série de vitórias nas urnas que teve seu ápice no governo do Estado, o peemedebista não venceu nenhuma outra eleição. Concorreu à Presidência da República em 1994, mas ficou em quarto lugar. Em 1998, tentou voltar ao governo de São Paulo, mas recebeu apenas 4,3% dos votos válidos.
No governo paulista, Quércia investiu na reforma de estradas, construiu o Memorial da América Latina e criou a Secretaria do Menor, investiu no saneamento básico, inaugurou linhas de metrô, mas endividou o Estado e saiu do governo sob acusação de ter quebrado o Banespa (Banco do Estado de São Paulo). O político também atuou como empresário nos ramos imobiliário e de comunicação, além de investir no setor agropecuário. Após deixar o cargo de governador, Quércia foi presidente nacional do PMDB entre 1991 e 1993.
Em 2010, chegou a lançar candidatura ao Senado. Enquanto o seu partido articulou uma aliança para a eleição de Dilma Rousseff, Quércia e o PMDB paulista ratificaram o apoio já estabelecido ao PSDB, que lançou José Serra como candidato. Em setembro, o peemedebista anunciou, por meio de carta, a desistência da candidatura. O motivo da desistência foi o diagnóstico do retorno de um tumor de próstata que havia sido tratado há mais de 10 anos. Do portal do Diário Catarinense
3 comentários:
O anjo da morte levou mais um politico brasileiro...Quando será que levará os corruptos esquerdistas?
Já foi tarde. O Sarney é que tá demorando.
Sei que todo mundo que morre vira bonzinho, só fazia o bem, essas coisas (é a minha esperança de ser elogiado um dia). Mas nosso falecido tem uma das histórias politico-administrativas mais 'dark side' que já li...
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